NATAL
Por Jackson Valoni
Mais de dois mil anos se passaram
desde que ecoou pelo céu de Belém a canção de anjos que festejavam o nascimento
do “Verbo que se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” (João 1:14). A “imagem do Deus invisível” (Colossenses 1:15) que desde “antes da fundação do
mundo” (I Pedro 1:20) já demonstrava seu amor, que desde
“antes dos tempos eternos” (II
Timóteo 1:9) já se fazia
existir, se apresentava ao mundo, na forma de bebê recém-nascido.
Era noite. Pastores de ovelhas cuidavam
de seus rebanhos nas colinas de Belém até que foram visitados por um “anjo do
Senhor” (Lucas 2:9) que lhes deu a notícia mais
importante da História: “Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o
governo está sobre os seus ombros” (Isaías 9:6). Eis o
Messias, o tão esperado Redentor do mundo nasceu!
Admirados com a notícia, os simples pastores viriam
uma cena ainda mais gloriosa. Uma multidão de anjos se une ao primeiro
mensageiro celestial e o hino angelical é entoado:
“Glória a Deus
nas maiores alturas,
e paz na Terra
entre os homens,
a quem Ele
quer bem!” (Lucas 2:14)
Não haveria como conter a gratidão de
testemunhar tão sublime e verdadeira adoração ao Criador. Os anjos iluminaram a
planície daquela região e o brilho do céu inundou os corações dos homens. Se
tivéssemos o desejo de nos encontrar com o Salvador como os pastores
apressadamente fizeram, nossa vida seria um testemunho constante sobre as
bênçãos do Céu.
Tão felizes quanto os pastores, havia
homens sábios, de um país distante, que conheciam as escrituras sagradas e
sabiam que havia chegado “a plenitude dos tempos” (Gálatas 4:4) para o nascimento do grande e verdadeiro Rei. Caminharam
longa distância até a presença de Jesus, guiados pela estrela que também
poderia ser confundida como uma hoste de anjos que voavam até a presença do
Deus-Filho.
“Aquele que cair sobre
esta pedra será despedaçado...”
(Mateus 21:44). Grande é o nosso Deus que faz com que grandes e pequenos se prostrem
diante de Sua glória. Simples pastores e sábios do Oriente adoraram Emanuel,
cujo nome traduz Sua essência: Deus conosco. (Isaías 7:14)
Desde o Jardim do Éden se ouviu falar
no Redentor, que viria à Terra, em forma humana, para anunciar a maior verdade
da História: Deus é amor.
“... Ele não tinha qualquer beleza ou
majestade que nos atraísse, nada em sua aparência para que o desejássemos.” (Isaías 53:2) Se antes era exigido que um animalzinho fosse morto para
redimir as iniquidades do pecador, assim nasceu o Salvador, como um “cordeiro
sem defeito nem mancha” (I
Pedro 1:19), protegido
por panos tão simples quanto o berço improvisado em que ele repousava, indigno
de abrigar o Rei dos Reis.
O Criador do Universo se encontrava
num lugar em que animais vinham se alimentar, lugar impróprio para um Ser tão
importante.
O Menino Jesus era sadio, “sem
defeito nem mancha”, e assim era possível que Ele crescesse em “sabedoria e em
estatura, e em graça para com Deus e os homens”. (Lucas 2:52)
Ao entrar no mundo, disse: "... um
corpo me formaste” (Hebreus
10:5). Sua divindade foi ocultada em Sua
forma humana. Se houvesse aparecido com a glória que possuía com o Pai antes
que o mundo existisse, não conseguiríamos resistir à luz de Sua presença.
Cristo passou por todas as provas que
o ser humano enfrenta, caso contrário, o inimigo se apressaria em apresentar o
poder de Deus como insuficiente a nós. “Por isso convinha que em tudo fosse
semelhante aos irmãos” (Hebreus
2:17), “como nós, em tudo foi tentado”. (Hebreus 4:15)
“Ele tinha a natureza de Deus, mas
não tentou ficar igual a Deus. Pelo contrário, Ele abriu mão de tudo o que era
seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos...” (Filipenses 2: 6, 7)
“Jesus Se propôs que nenhuma atração de
natureza terrena levasse homens ao Seu lado. Unicamente a beleza da verdade
celeste devia atrair os que O seguissem.”
“O Desejado de Todas as Nações” (Ageu 2:7), “Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe
da Paz” (Isaías 9:6), “Leão da Tribo de Judá” (Apocalipse 5:5), “Brilhante Estrela da Manhã” (Apocalipse 22:16), “Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo” (João
1:29), “Sol da Justiça” (Malaquias 4:2), “Autor da Vida” (Atos 3:15) ou, simplesmente, Jesus.
“O exercício da força é contrário aos
princípios do governo de Deus; Ele deseja unicamente o serviço de amor; e o
amor não se pode impor; não pode ser conquistado pela força ou pela autoridade.
Só o amor desperta o amor. Conhecer a Deus é amá-lO.”
Conhecer
Jesus é tudo. Permita-se homenageá-lO daqui em diante.
Feliz
Natal!
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Referência:
O Desejado de Todas as
Nações, White, Ellen G., Ed. Casa Publicadora
Brasileira, Cap. 1 a 6.
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