quarta-feira, 21 de outubro de 2015

É A VIDA?!

É A VIDA?!
(Por Eduardo Santos)

Já parou alguma vez para pensar em como a vida cotidiana está extremamente corrida? Emendamos uma segunda-feira na outra; começamos o mês e, quando menos se espera, ele já está terminando; desfrutamos as férias deste ano já planejando as do próximo; acordamos esperando poder voltar a dormir. Creio que não seja só eu que acho isso bem esquisito!

Vivemos correndo de um lado para o outro. Corremos atrás de melhores condições financeiras, de vida, de alimentação etc. E o mais perturbador é que, ao alcançarmos aquilo que desejávamos, o ritmo frenético do nosso mundo nos força a correr atrás de novas coisas. É como se essa maratona fosse interminável; na verdade, ela é!

Espero que não venha a ser mal interpretado. Não estou criticando o ato de sonharmos com coisas melhores sempre, de jeito nenhum. Penso que ter esse hábito é saudável. Mas, neste exato momento, quero pensar junto com você sobre a proposta de vida que temos. Pode ser?

Agora mesmo me veio à mente um slogan que retrata bem o mundo contemporâneo: “Nunca desliga.”. E o fato de nunca desligar faz com que a todo o momento surjam coisas novas, tornando-nos obsoletos a cada instante e, de repente, este seja o combustível que promove toda essa correria: nunca estar ultrapassado; afinal, o ultrapassado hoje em dia só serve para ser jogado fora!

Só que não nos atentamos nem fechamos os olhos para as consequências desse novo estilo de vida. Mas, no fim das contas, toda escolha tem suas consequências. Sim, você leu a palavra “escolha”! Consciente ou inconscientemente, fazemos escolhas em todas as situações do nosso dia a dia, não sendo diferente quando acompanhamos esse ritmo acelerado. Por muitas vezes, para conseguir entrar na dança, começamos nos privar de hobbies, contatos, um tempo de descanso, um tempo para si, e por aí vai...

Pra enxergar as consequências, não precisamos ir muito longe: estafa excessiva, stress, intolerância e, principalmente, depressão. A lista real é bem maior do que essa e é claro que nem todos apresentam todos esses males - além do mais, os níveis também variam de caso para caso. Mas a grande pergunta que fica é: se essas coisas que deixamos para trás, assumidamente, nos fazem bem e as consequências de deixá-las são tão desastrosas, por que insistimos em abrir mão delas? Infelizmente, não sei responder essa pergunta, mas devo dizer que todos deveriam tomar tempo para reviver algumas práticas passadas, de vez em quando.

Tomei a iniciativa de assim fazer, desde o mês de setembro.
Há algumas semanas, participei de um acampamento, coisa que já não fazia há mais de um ano. Estava aquém dos que participei anteriormente, mas, mesmo assim, surtiu um baita efeito.

Uma semana depois, foi a vez da música. Cheguei cedo da faculdade, um dia, e comecei a me lembrar de algumas músicas que eu tocava, antigamente, quando ainda tinha tempo de ensaiar. Por muito tempo participei de um grupo de flautas doces tocando flauta contralto e, tempos depois, me dediquei à flauta transversa. Passei o fim da tarde tocando, já não era como antes, me faltava um pouco de treino, mas a sensação foi e é inenarrável.

Felizmente, o único efeito que precisava tratar era o cansaço sem medida, mesmo. E devo dizer que essa singela experiência retirou dos meus ombros um peso bem grande, só pelo que ela representou para mim.

Mas, além do cansaço físico, essa batida insana também provoca outro tipo mais complicado de remediar. Para ele, existe um convite que diz o seguinte: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”. (Mateus 11:28-30).

Jesus conhece o mundo em que vivemos, não só porque Ele viveu aqui, mas porque nos acompanha todos os dias e vê as nossas lutas. Ele é o único capaz de nos ajudar com nosso cansaço, nossas dores e tristezas. É nossa única fonte de força, nosso refrigério. Podemos buscar em outros lugares, pessoas, atividades, mas sempre teremos que voltar, pois o efeito deles é passageiro. Quando vamos a Jesus, voltamos a Ele; não por falta de efetividade, mas porque Sua companhia passa a ser imprescindível ao nosso viver.

Você está vivendo os efeitos deste mundo? Não perca tempo, corra para os braços de Cristo. Afinal, Ele é nosso pastor que refrigera nossa alma! (Salmos 23)

Bom restante de semana e forte abraço!

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