É A VIDA?!
(Por
Eduardo Santos)
Já parou alguma vez
para pensar em como a vida cotidiana está extremamente corrida? Emendamos uma
segunda-feira na outra; começamos o mês e, quando menos se espera, ele já está
terminando; desfrutamos as férias deste ano já planejando as do próximo;
acordamos esperando poder voltar a dormir. Creio que não seja só eu que acho
isso bem esquisito!
Vivemos correndo de
um lado para o outro. Corremos atrás de melhores condições financeiras, de
vida, de alimentação etc. E o mais perturbador é que, ao alcançarmos aquilo que
desejávamos, o ritmo frenético do nosso mundo nos força a correr atrás de novas
coisas. É como se essa maratona fosse interminável; na verdade, ela é!
Espero que não
venha a ser mal interpretado. Não estou criticando o ato de sonharmos com
coisas melhores sempre, de jeito nenhum. Penso que ter esse hábito é saudável.
Mas, neste exato momento, quero pensar junto com você sobre a proposta de vida
que temos. Pode ser?
Agora mesmo me veio
à mente um slogan que retrata bem o mundo contemporâneo: “Nunca desliga.”. E o fato de nunca desligar faz com que a todo o
momento surjam coisas novas, tornando-nos obsoletos a cada instante e, de
repente, este seja o combustível que promove toda essa correria: nunca estar
ultrapassado; afinal, o ultrapassado hoje em dia só serve para ser jogado fora!
Só que não nos
atentamos nem fechamos os olhos para as consequências desse novo estilo de vida.
Mas, no fim das contas, toda escolha tem suas consequências. Sim, você leu a
palavra “escolha”! Consciente ou inconscientemente, fazemos escolhas em todas as
situações do nosso dia a dia, não sendo diferente quando acompanhamos esse
ritmo acelerado. Por muitas vezes, para conseguir entrar na dança, começamos
nos privar de hobbies, contatos, um
tempo de descanso, um tempo para si, e por aí vai...
Pra enxergar as
consequências, não precisamos ir muito longe: estafa excessiva, stress,
intolerância e, principalmente, depressão. A lista real é bem maior do que essa
e é claro que nem todos apresentam todos esses males - além do mais, os níveis
também variam de caso para caso. Mas a grande pergunta que fica é: se essas
coisas que deixamos para trás, assumidamente, nos fazem bem e as consequências
de deixá-las são tão desastrosas, por que insistimos em abrir mão delas? Infelizmente,
não sei responder essa pergunta, mas devo dizer que todos deveriam tomar tempo
para reviver algumas práticas passadas, de vez em quando.
Tomei a iniciativa
de assim fazer, desde o mês de setembro.
Há algumas semanas,
participei de um acampamento, coisa que já não fazia há mais de um ano. Estava
aquém dos que participei anteriormente, mas, mesmo assim, surtiu um baita
efeito.
Uma semana depois, foi
a vez da música. Cheguei cedo da faculdade, um dia, e comecei a me lembrar de
algumas músicas que eu tocava, antigamente, quando ainda tinha tempo de
ensaiar. Por muito tempo participei de um grupo de flautas doces tocando flauta
contralto e, tempos depois, me dediquei à flauta transversa. Passei o fim da
tarde tocando, já não era como antes, me faltava um pouco de treino, mas a
sensação foi e é inenarrável.
Felizmente, o único
efeito que precisava tratar era o cansaço sem medida, mesmo. E devo dizer que
essa singela experiência retirou dos meus ombros um peso bem grande, só pelo
que ela representou para mim.
Mas, além do
cansaço físico, essa batida insana também provoca outro tipo mais complicado de
remediar. Para ele, existe um convite que diz o seguinte: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim,
que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas
almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”. (Mateus 11:28-30).
Jesus conhece o mundo em que vivemos, não
só porque Ele viveu aqui, mas porque nos acompanha todos os dias e vê as nossas
lutas. Ele é o único capaz de nos ajudar com nosso cansaço, nossas dores e
tristezas. É nossa única fonte de força, nosso refrigério. Podemos buscar em
outros lugares, pessoas, atividades, mas sempre teremos que voltar, pois o efeito
deles é passageiro. Quando vamos a Jesus, voltamos a Ele; não por falta de
efetividade, mas porque Sua companhia passa a ser imprescindível ao nosso
viver.
Você está vivendo os efeitos deste mundo?
Não perca tempo, corra para os braços de Cristo. Afinal, Ele é nosso pastor que
refrigera nossa alma! (Salmos 23)
Bom restante de semana e forte abraço!
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