A ARTE DE VIVER DA FÉ
Denize Vicente - Cidade Maravilhosa/RJ
Sabe a história daquela pobre senhorinha que morava numa
casinha bem simples com sua netinha que estava doente, bem doente?
Pois é. Sem dinheiro pra pagar uma consulta médica e
vendo que apesar de seus muitos cuidados a menininha só piorava, a vovó
decidiu, com muita dor no coração, deixar a menina sozinha, em casa, enquanto
ia a pé até a cidade mais próxima, em busca de ajuda no único hospital público
da região.
Chegando lá, foi informada de que os médicos não
poderiam ir até a sua casa; ela teria que levar a menina para ser examinada.
Desesperada, porque sabia que sua neta não conseguiria nem
se levantar da cama, voltou pra casa. No caminho, passou em frente a uma igreja
e resolveu entrar.
Algumas senhoras estavam ajoelhadas fazendo suas orações.
Ela também se ajoelhou. Ouviu as orações daquelas mulheres, e quando teve
oportunidade aproveitou - também levantou sua voz e disse:
- “Olá, Deus, sou eu, a Maria. Olha, a minha neta está
muito doente. Eu gostaria que o Senhor fosse lá curá-la. Por favor. Anote aí,
Deus, o endereço.”
As mulheres da igreja estranharam o jeito daquela
oração, mas continuaram ouvindo.
- “É muito fácil; é só o Senhor seguir o caminho das
pedras e, quando passar o rio com a ponte, o Senhor entra na segunda estradinha
de barro. Passa a vendinha. A minha casa é o último barraquinho daquela
ruazinha.”
As senhoras que estavam ouvindo se esforçaram pra não
rir...
Ela continuou: - “Olha Deus, a porta tá trancada, mas a
chave fica embaixo do tapetinho vermelho na entrada. Por favor, Senhor, cure a
minha netinha. Obrigado.”.
E quando todas achavam que havia acabado, ela
complementou: - “Ah! Senhor, por favor, não se esqueça de colocar a chave de
novo embaixo do tapetinho vermelho, senão eu não consigo entrar em casa. Muito
obrigada, obrigada mesmo.”.
Depois que a Dona Maria foi embora, as outras senhoras
soltaram o riso e ficaram comentando como é triste descobrir que as pessoas não
sabem nem orar.
Mas, Dona Maria, ao chegar a sua humilde residência não pôde
se conter de tanta alegria, ao ver a menina sentada no chão, brincando com suas
bonecas.
- “Menina, você já está de pé?!”
E a menina, olhando carinhosamente para a avó, disse: -
“Um médico esteve aqui, vovó. Deu-me um beijo na testa e disse que eu ia ficar
boa. E eu fiquei boa. Ele era tão bonito, vó! Sua roupa era tão branquinha que
parecia até que brilhava. Ah, ele mandou lhe dizer que foi fácil achar a nossa
casa e que ele ia deixar a chave debaixo do tapetinho vermelho, do jeitinho que
você pediu.".
Bem, essa história é um conto, uma parábola, ou aconteceu
de verdade?
Não sei lhe dizer. Mas, falando sério, não faz muita
diferença pra mim, porque a lição que eu aprendi com ela é a mesma: a fé salva.
Eu poderia terminar o post de hoje exatamente aqui, mas
eu seria um pouco irresponsável se não lhe dissesse que não é fé em qualquer um
nem em qualquer coisa...
Tem uma música do Paralamas que diz assim: “A arte de
viver da fé / Só não se sabe fé em que”. Quando você não sabe em que ou em quem
deve colocar a sua fé... só com muita arte, mesmo! E a arte é bela, é
necessária e essencial; só que não salva. Sabe a fé que faz grandes coisas, a
fé que age, a fé que faz diferença? Não adianta ter apenas “fé na vida, fé no
homem, fé no que virá”... É preciso mais. Acertar o alvo. Mirar no certo. Ter
fé no Deus que tudo pode. Eu creio num Deus que tá de olho em tudo, de ouvido
aberto e mãos estendidas; que nem sempre
me dá o que eu quero, mas sempre tem o que eu espero, isto é, o que é melhor pra
mim. Pode ser assim com você também e com todos os que nós amamos.
"A fé é a certeza de que vamos receber as coisas
que esperamos e a prova de que existem coisas que não podemos ver."
“...
antes de vocês pedirem, o Pai de vocês já sabe o que vocês precisam.”
Heróis da Fé (clique AQUI se quiser conhecê-los)
Maravilha!Amei tudo inclusive o nome da avozinha. Parabéns... abraço forte.
ResponderExcluirNé? ☺️
ExcluirAh se tivéssemos fé do tamanho de um grão de mostarda ...
ResponderExcluirPois é... moveríamos montanhas. Acho até que moveríamos o mundo!
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