12 ANOS DE ESCRAVIDÃO
João
Octávio Barbosa – Bento Ribeiro City - RJ
É
o ano de 1841. Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor) é um escravo liberto, que
vive em paz ao lado da esposa e filhos. Um dia, após aceitar um trabalho que o
leva a outra cidade, ele é sequestrado e acorrentado. Vendido como se fosse um
escravo, Solomon precisa superar humilhações físicas e emocionais para
sobreviver. Ao longo de doze anos ele passa por dois senhores, Ford (Benedict
Cumberbatch) e Edwin Epps (Michael Fassbender), que, cada um à sua maneira,
exploram seus serviços.¹
Você
já viu em livros de história, novelas, e coisas parecidas com essas, como os
negros eram maltratados naquele tempo. Eram vistos como mercadorias, com muitas
punições físicas e humilhações de todo tipo.
No
filme, Solomon, que nem era mais escravo, foi traído por alguém em quem
confiava, vendido para longe de casa, e mesmo que se destacasse por suas
qualidades em qualquer lugar onde fosse parar, sua situação parecia sempre
estar a um passo do insuportável.
É
muito impressionante o paralelo com a história de um personagem bíblico muito
famoso, chamado José. Não o pai de Jesus; um que viveu muito antes. Convido
você que não conhece a história de José do Egito, mas viu o filme “12 anos de
escravidão”, para que repare nas coincidências:
Estas
são as gerações de Jacó. Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas
com seus irmãos; (...) Passando, pois, os mercadores midianitas, tiraram e
alçaram a José da cova, e venderam José por vinte moedas de prata, aos
ismaelitas, os quais levaram José ao Egito.
Gênesis 37: 2 e 28
E
José era da idade de trinta anos quando se apresentou a Faraó, rei do Egito.
Gênesis 41:46
Gênesis 41:46
Dos
17 aos 30 anos, ou seja, em 13 anos, apenas um a mais que Solomon, José teve
seu “tempo de escravidão”. Em parte, literalmente. Homem livre que era, foi
vendido para ser escravo de um povo estranho, à traição, assim como Solomon.
Ao
chegar à casa do primeiro dono, se destacou e virou referência de capacidade
diferenciada. Salomon também! Porém, José fez inimizades poderosas (esposa do
seu dono), assim como Salomon, que brigou com seu feitor!
De
lá, José foi para a cadeia, onde passou anos no inferno. Do primeiro dono,
Solomon passou para um pior, mais violento e ameaçador! Porém, José, após longo
13 anos, teve sua redenção, através do auxílio de alguém que ele ajudou, e de
escravo virou até rei. Salomon teve uma carta enviada a seus amigos pelo auxílio
de um quase estranho, e pôde voltar para sua casa... lá ele era rei também.
Incrível,
não é? A vida imita a arte, a arte imita a vida. Todos passamos por momentos
angustiantes e, alguns, por tormentos tão dolorosos quanto José e Solomon.
Talvez, infelizmente, até você. Mas olha como José considerou o seu tempo de angústia
de forma madura e sem rancor. Vamos ler o que ele disse para os seus irmãos (os
mesmos que o tinham vendido como escravo) quando ele já era rei:
Agora,
pois, não fiquem tristes, nem se sintam culpados por terem me vendido para cá
como escravo, porque para um bem maior, a conservação das suas vidas que Deus
me enviou para cá (tradução livre).
Gênesis 45:5
SPOILER FINAL.
José mais que perdoou seus traidores; ele conseguiu compreender que aquilo
tinha sido necessário para que anos depois as coisas ficassem melhores para
todo mundo. Além disso, ele observou que tudo aquilo fora obra de Deus para o
bem geral. Todos os seus 13 anos de sofrimento passaram a fazer sentido!
Se
você tem angústias na sua vida, entregue-as nas mãos de Deus; Ele saberá cuidar
de você, fazendo com o que os momentos ruins sejam mais suportáveis, e até
mesmo dando a você uma compreensão, num tempo bem breve, de quanto essa época
foi importante para o seu crescimento.
Entregue
seu caminho ao Senhor, confie nele, e o mais ele fará!
Não
peço que concordem, espero que reflitam!
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