terça-feira, 1 de setembro de 2015

TUDO SEM SENTIDO! NADA FAZ SENTIDO! - (Parte 2)



TUDO SEM SENTIDO! NADA FAZ SENTIDO! (Parte 2)
(Por Airton Sousa)

Cresci numa família muito pobre; cinco irmãos, na época; os três mais novos vieram depois. Nossa rotina era bem simples: durante a semana, escola; aos sábados, igreja; domingo, praia. A praia mais próxima de casa era a Praia de Sepetiba, a uns 20 ou 30 minutos de ônibus. Era o dia mais feliz. E o castigo para as coisas erradas que fazíamos durante a semana era ficar sem praia no final dela. Minha mãe preparava frango com farofa, arroz e refresco. Quando o dinheiro dava, havia refrigerantes e com muita sorte a gente ganhava picolé. Que coisa feliz! Que alegria era o domingo!

A gente foi crescendo e descobrindo que as pessoas riam da gente e nos chamavam de “farofeiros”.
- Mãe, o que é farofeiro?
- Ah, filho... isso é besteira de gente que não é feliz.

A descoberta veio com a idade e foi uma grande decepção para todos nós.  "Farofeiro! Farofeiro!". Com o tempo, perdi a vontade de ir à praia com a família. "Que brega!" Preferia ficar em casa vendo TV, ou lendo. "Farofeiro nunca mais."  "Tô fora!"

Naquela época, anos 70 e anos 80, havia uma expectativa social, e a grande questão girava entre o “ser” e o “ter”, sendo que era mais importante ter do que ser. Depois veio a era do consumismo. E agora estamos na era das aparências. Quando se fala em praia, hoje, a primeira coisa que vem à cabeça: "Tenho que ir ao shopping comprar uma bermuda nova". "Não posso repetir o que usei no verão passado". E tudo tem que combinar. Óculos de marca, boné de marca. Se possível, uma prancha enorme em cima do carro, só pra fazer uma “preza” na estrada. Não esquecer a dieta para o próximo verão e dá-lhe detox e comprimidos “seca barriga”.

Você é o que aparenta e nem precisa ter. Farofa? Nem pensar, meu caro. O mundo valoriza as pessoas que estão tentando impressionar. E as pessoas que estão tentando impressionar também se impressionam.

No livro de Eclesiastes, Salomão conta de sua busca pela felicidade nas riquezas e aparências e depois de velho o autor chega à conclusão: “Quando avaliei tudo que as minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento” (Eclesiastes 2:11). “Tudo sem sentido! Tudo sem sentido! Nada faz sentido!” (Eclesiastes 12:8).

O que faz sentido é ser feliz, e Jesus Cristo citou a listinha dele sobre quem é verdadeiramente feliz:
              
1. Feliz é o pobre de espírito e não a pessoa autossuficiente, arrogante, soberba.
2. Feliz é o que chora e não aquele que é durão, insensível.
3. Feliz é o pacificador, aquele que não apenas evita contendas, mas busca apaziguar os ânimos exaltados.
4. Feliz é o puro de coração.
5. Feliz é o perseguido por causa da justiça e não aquele que procura levar vantagem em tudo.
6. Feliz é o humilde, pois será exaltado.

E disse, ainda, que quem ganha a sua vida a perde; mas o que a perde, esse é o que a ganha.
                              
Meu desejo para hoje é que possamos aprender a ser intensos e felizes, conforme a vida vai nos pedindo, ensinando e acrescentando.

“Fiquem alegres e felizes, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês…” (Mateus 5:12)

Vamos continuar este papo amanhã.

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