quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

LUZ, CÂMERA, AÇÃO!


LUZ, CÂMERA, AÇÃO!
(por Eduardo Santos)


E disse Deus: Haja luz; e houve luz.” (Gênesis 1:3).

Quando eu era criança, sempre tive vontade de instalar aquele sistema de acendimento de luz por palmas no meu quarto. Lendo esse texto, percebo como sonhava baixo.

É isso. Estamos diante do primeiro dia da criação. Eu costumava enxergar esse dia como sendo a preparação da grande maravilha que é o nosso mundo, o lançar das bases. Neste momento é que vejo meu eu de hoje falando pro meu eu do passado: “Sabe de nada, inocente...”. Digo isto por causa dos versos 1 e 2 (falaremos deles depois). Voltando ao texto de hoje, ele é claro e objetivo, Deus falou e aconteceu.

Aparentemente, não há muito que se explorar no primeiro dia. Mas esse dia reserva uma sutileza interessante. É provável que a esta altura você esteja se perguntando: “Legal, mas de onde vem essa luz se não existia sol ainda?”. Passei certo tempo me perguntando isso também; no final, acendeu uma lampadazinha sobre minha cabeça, e acho que encontrei minha resposta ou algo que esteja na direção correta. Encontramos, no relato bíblico, outra passagem que nos mostra que a luz citada em Gênesis 1:3, na verdade, é um símbolo da presença Divina1; sabe onde? Em Apocalipse 21:23-24, que diz assim: E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. E as nações dos salvos andarão à sua luz; (...)”. Então, essa é a sutileza? - você deve estar se perguntando. Felizmente, não.

Existe uma palavra que passa despercebida, pelo menos nas exigências que a atitude requer. Já se deu conta de que a maior parte da criação, inclusive o aparecimento da luz, aconteceu pela FALA de Deus?! Ah, a fala de Deus ou suas melodiosas ondas sonoras. Isso me faz lembrar de minhas aulas de física clássica do ensino médio. A onda é uma perturbação, uma forma de transporte de informação e energia sem transportar massa com elas.2,3 Um exemplo clássico é o de Leonardo da Vinci quando ele, ao falar sobre a onda do mar, diz que “(...) é frequente que a onda de água fuja do seu local de origem, enquanto a água não; (...)”.3

Dentre os tipos de onda existentes, estamos falando sobre ondas sonoras que são ondas mecânicas. Isso quer dizer que a sua transmissão e o resultado dela dependem, profundamente, do meio por onde vão passar. Quer ver um exemplo? Costumamos conversar ou cantar em nosso dia a dia; neste caso, o meio é o ar, uma mistura, a grosso modo, de nitrogênio e oxigênio (substâncias químicas). Mas você já experimentou fazer essas coisas em baixo d’água? (agora, o meio é a água) Viu como o resultado é diferente?

Pra que toda essa baboseira? Pra que reviver momentos traumáticos que deveriam ficar esquecidos no passado, ou adiantar o sofrimento daqueles que ainda não passaram por essa experiência? Bom, esse foi nosso primeiro uso da solução de ninidrina (ver texto “Digitais”). Sabe o motivo de críticos de cinema reclamarem daqueles filmes e séries de ficção científica que mostram explosões extremamente barulhentas no espaço? Não existe som no vácuo!

Não existem provas para afirmarmos com certeza e com enorme riqueza de detalhes como realmente ocorreu a criação, o que se tem são apenas teorias de como pode ter acontecido. No entanto, salientar essa descoberta científica (lei física) me faz ver que Deus foi tão cuidadoso com sua criação que deixou todo o material necessário pronto, de antemão, a fim de que, quando realizasse sua criação, ela saísse perfeita. Consigo enxergar que Deus fez tudo planejado e pensou nos mínimos detalhes, mesmo que a necessidade fosse apenas preencher o ambiente com gás (não necessariamente a mesma composição gasosa comentada acima).

Quero deixar claro que esse pensamento não exclui a possibilidade de Deus não ter preenchido de gás o ambiente, afinal, Ele é onipotente e não pode ser restringido por uma mera lei natural que Ele mesmo criou. Seguindo a lei da física ou não, deve-se notar que Deus, que é eterno, não nos fez desvairadamente; Ele se deu tempo pra planejar minúcias que, às vezes, nem descobrimos ainda. É mais ou menos o que os fatos apresentados nos versículos 1 e 2 me indicam.

O primeiro dia termina com a seguinte frase:

E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.
E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.”
Gênesis 1:4-5).

Se Ele viu que era bom, #quemsoueupradiscordar?


_______________________
Referências:
1.     Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. Vol. 1, Pág. 190
2.     Ramalho
3.     Halliday

10 comentários:

  1. Respostas
    1. Obrigado, Jackson! Bom mesmo é poder contemplar essa beleza de natureza! Abraços!

      Excluir
  2. Show! Falta muito para o segundo dia da criação? Rs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Hahaha. Falta um pouquinho, Pamela, mas, enquanto isso, você pode ir aproveitando os outros textos da semana.rs =D

      Excluir
  3. Cada vez tenho mais certeza: Deus está nos detalhes. Deus é um Deus de detalhes.
    Seu texto confirma isso de forma espetacular!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É verdade, Suzi. Ele deixou essa obra maravilhosa e, no final, deu aquela assinada no canto do quadro. Basta observar que encontraremos ela em muitos lugares! Obrigado pelo elogio!

      Excluir
  4. Apesar de ter levado zero em química e física, consigo entender como nosso Deus é fantástico.
    Parabéns pelo texto.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Hahaha...Isso acontece às vezes, Amigão. Mas aqui não se tira zero em nada. Vamos falar uma linguagem que não assuste ninguém! Obrigado pelo elogio. Abraços!

      Excluir
  5. Muito bom! Uma bela reflexão..

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado, Barbara. Gostaria de te convidar a participar com seus comentários e suas reflexões sobre o assunto nos próximos textos também. Foi muito bom ter sua participação! Abraços.

      Excluir

O que você acha?