LUZ, CÂMERA, AÇÃO!
(por Eduardo Santos)
“E disse Deus: Haja luz; e houve luz.” (Gênesis 1:3).
Quando eu era
criança, sempre tive vontade de instalar aquele sistema de acendimento de luz
por palmas no meu quarto. Lendo esse texto, percebo como sonhava baixo.
É isso. Estamos
diante do primeiro dia da criação. Eu costumava enxergar esse dia como sendo a
preparação da grande maravilha que é o nosso mundo, o lançar das bases. Neste
momento é que vejo meu eu de hoje falando pro meu eu do passado: “Sabe de nada,
inocente...”. Digo isto por causa dos versos 1 e 2 (falaremos deles depois). Voltando
ao texto de hoje, ele é claro e objetivo, Deus falou e aconteceu.
Aparentemente,
não há muito que se explorar no primeiro dia. Mas esse dia reserva uma sutileza
interessante. É provável que a esta altura você esteja se perguntando: “Legal,
mas de onde vem essa luz se não existia sol ainda?”. Passei certo tempo me
perguntando isso também; no final, acendeu uma lampadazinha sobre minha cabeça,
e acho que encontrei minha resposta ou algo que esteja na direção correta.
Encontramos, no relato bíblico, outra passagem que nos mostra que a luz citada
em Gênesis 1:3, na verdade, é um símbolo da presença Divina1; sabe
onde? Em Apocalipse 21:23-24, que diz assim: “E a cidade não necessita de
sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem
iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. E as nações dos salvos andarão à sua
luz; (...)”. Então, essa
é a sutileza? - você deve estar se perguntando. Felizmente, não.
Existe uma
palavra que passa despercebida, pelo menos nas exigências que a atitude requer.
Já se deu conta de que a maior parte da criação, inclusive o aparecimento da
luz, aconteceu pela FALA de Deus?! Ah, a fala de Deus ou suas melodiosas ondas
sonoras. Isso me faz lembrar de minhas aulas de física clássica do ensino
médio. A onda é uma perturbação, uma forma de transporte de informação e
energia sem transportar massa com elas.2,3 Um exemplo clássico é o
de Leonardo da Vinci quando ele, ao falar sobre a onda do mar, diz que “(...) é frequente que a onda de água fuja do
seu local de origem, enquanto a água não; (...)”.3
Dentre os tipos
de onda existentes, estamos falando sobre ondas sonoras que são ondas
mecânicas. Isso quer dizer que a sua transmissão e o resultado dela dependem,
profundamente, do meio por onde vão passar. Quer ver um exemplo? Costumamos
conversar ou cantar em nosso dia a dia; neste caso, o meio é o ar, uma mistura,
a grosso modo, de nitrogênio e oxigênio (substâncias químicas). Mas você já
experimentou fazer essas coisas em baixo d’água? (agora, o meio é a água) Viu
como o resultado é diferente?
Pra que toda essa
baboseira? Pra que reviver momentos traumáticos que deveriam ficar esquecidos
no passado, ou adiantar o sofrimento daqueles que ainda não passaram por essa
experiência? Bom, esse foi nosso primeiro uso da solução de ninidrina (ver
texto “Digitais”). Sabe o motivo de críticos de cinema reclamarem daqueles filmes
e séries de ficção científica que mostram explosões extremamente barulhentas no
espaço? Não existe som no vácuo!
Não existem
provas para afirmarmos com certeza e com enorme riqueza de detalhes como
realmente ocorreu a criação, o que se tem são apenas teorias de como pode ter
acontecido. No entanto, salientar essa descoberta científica (lei física) me
faz ver que Deus foi tão cuidadoso com sua criação que deixou todo o material
necessário pronto, de antemão, a fim de que, quando realizasse sua criação, ela
saísse perfeita. Consigo enxergar que Deus fez tudo planejado e pensou nos
mínimos detalhes, mesmo que a necessidade fosse apenas preencher o ambiente com
gás (não necessariamente a mesma composição gasosa comentada acima).
Quero deixar
claro que esse pensamento não exclui a possibilidade de Deus não ter preenchido
de gás o ambiente, afinal, Ele é onipotente e não pode ser restringido por uma
mera lei natural que Ele mesmo criou. Seguindo a lei da física ou não, deve-se
notar que Deus, que é eterno, não nos fez desvairadamente; Ele se deu tempo pra
planejar minúcias que, às vezes, nem descobrimos ainda. É mais ou menos o que
os fatos apresentados nos versículos 1 e 2 me indicam.
“E viu Deus que era boa a luz;
e fez Deus separação entre a luz e as trevas.
E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.” Gênesis 1:4-5).
E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.” Gênesis 1:4-5).
Se
Ele viu que era bom, #quemsoueupradiscordar?
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Referências:
1.
Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. Vol. 1, Pág. 190
2.
Ramalho
3.
Halliday
Caraca, muito bom!
ResponderExcluirObrigado, Jackson! Bom mesmo é poder contemplar essa beleza de natureza! Abraços!
ExcluirShow! Falta muito para o segundo dia da criação? Rs
ResponderExcluirHahaha. Falta um pouquinho, Pamela, mas, enquanto isso, você pode ir aproveitando os outros textos da semana.rs =D
ExcluirCada vez tenho mais certeza: Deus está nos detalhes. Deus é um Deus de detalhes.
ResponderExcluirSeu texto confirma isso de forma espetacular!
É verdade, Suzi. Ele deixou essa obra maravilhosa e, no final, deu aquela assinada no canto do quadro. Basta observar que encontraremos ela em muitos lugares! Obrigado pelo elogio!
ExcluirApesar de ter levado zero em química e física, consigo entender como nosso Deus é fantástico.
ResponderExcluirParabéns pelo texto.
Hahaha...Isso acontece às vezes, Amigão. Mas aqui não se tira zero em nada. Vamos falar uma linguagem que não assuste ninguém! Obrigado pelo elogio. Abraços!
ExcluirMuito bom! Uma bela reflexão..
ResponderExcluirObrigado, Barbara. Gostaria de te convidar a participar com seus comentários e suas reflexões sobre o assunto nos próximos textos também. Foi muito bom ter sua participação! Abraços.
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