segunda-feira, 11 de março de 2019

LUZ DE GELADEIRA - PARTE 1

LUZ DE GELADEIRA - PARTE 1
Eduardo Dudu Santos - Sankt Peter am Hart, Bogenhofen, Áustria

Alguns dias atrás, talvez semanas, ouvi uma frase dita por um amigo meu que não saiu mais da minha cabeça. Falávamos sobre temperatura e clima e eu dizia que, como carioca da gema, era inimaginável, para mim, pensar num dia ensolarado que não fosse quente ou no mínimo agradável (leia-se, aqui, agradável para alguém acostumado com o “Rio 40 graus”). Depois de muito falar sobre isso, ele chegou à conclusão dele e que deu origem à tal frase da qual falei: “o sol daí (onde estou) é que nem luz de geladeira”.

geladeira

Rimos um pouco, mas essa frase tem um significado bastante profundo! Pensei em escrever uma reflexão sobre isso, mas eu ‘tava muito ocupado para dar espaço à inspiração e empurrei com a barriga. Até que, passadas essas duas semanas, acabo de ouvir outra reflexão sobre o mesmo tema... Então resolvi tomar vergonha na cara e sentar para escrever.

Falar sobre luz é uma tarefa bastante fácil. Hoje em dia tem luz para todos os gostos e funções: fria, quente, neon, ornamental, térmica... e por aí vai. Pensando melhor, talvez a grande disponibilidade torne a tarefa mais difícil, não verdade... então não vamos perder o foco.

Conta-se que, certa vez (Mateus 5:14), Jesus definiu Seus discípulos como sendo “a luz do mundo”. Felizmente, não existiam tantos tipos de luz... Na verdade, Jesus falava sobre a lamparina de óleo. Existem algumas características dessa lamparina que Cristo desejava que Seus seguidores desenvolvessem também.

Para deixar mais claro para nós, Ele saiu da linguagem metafórica e usou um exemplo prático: Ele mesmo. Em João 8:12, Jesus diz ser a luz do mundo, e nós temos um resumo detalhado de Sua vida e ações. Sendo Ele “a verdadeira luz do mundo” e tendo Ele convidado Seus discípulos para também o serem, a conclusão lógica é: os que O seguem precisam viver de forma a suprir a grande necessidade do mundo.

 
Alguma vez você já precisou, de verdade, de luz para clarear algum ambiente? Eu já. Muitas vezes. Mas nem sempre admiti essa necessidade...

Certa vez, acordei no meio da noite querendo beber água. Acreditava que seria capaz de chegar até a cozinha sem acender as luzes - afinal, contava com minha acuidade visual e com o fato de morar na mesma casa há dez anos. Para mim, era óbvio que eu completaria minha missão noturna! No fim, eu estava certo, mas concluí a noite com uma baita dor de cabeça e uma nova cicatriz...

Não foi à toa que Cristo ressaltou nossa profunda necessidade de luz neste mundo de trevas.

Jesus esteve neste mundo por pouco tempo – talvez menos tempo do que muitos de nós passaremos aqui - e teve como objetivo evidenciar as verdadeiras doutrinas bíblicas. Usou diversos métodos para mostrar a vontade divina sem se desviar nem para a direita nem para a esquerda. Essa talvez seja a característica mais marcante da luz; as imperfeições, os defeitos, as incoerências, os desajustes são expostos e podem ser corrigidos.

Sem dúvida, essa foi uma das qualidades que Jesus Cristo desejou ver em Seus discípulos, mas, certamente, não só essa... Mas isso é tema para o próximo texto.

Se quiser descobrir, não desgrude!
Até o próximo!



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