LUZ DE GELADEIRA - PARTE 1
Eduardo Dudu Santos
- Sankt Peter am Hart, Bogenhofen, Áustria
Alguns dias atrás,
talvez semanas, ouvi uma frase dita por um amigo meu que não saiu mais da minha
cabeça. Falávamos sobre temperatura e clima e eu dizia que, como carioca da
gema, era inimaginável, para mim, pensar num dia ensolarado que não fosse
quente ou no mínimo agradável (leia-se, aqui, agradável para alguém acostumado
com o “Rio 40 graus”). Depois de muito falar sobre isso, ele chegou à conclusão
dele e que deu origem à tal frase da qual falei: “o sol daí (onde estou) é que
nem luz de geladeira”.
Rimos um pouco, mas
essa frase tem um significado bastante profundo! Pensei em escrever uma
reflexão sobre isso, mas eu ‘tava muito ocupado para dar espaço à inspiração e
empurrei com a barriga. Até que, passadas essas duas semanas, acabo de ouvir
outra reflexão sobre o mesmo tema... Então resolvi tomar vergonha na cara e
sentar para escrever.
Falar sobre luz é
uma tarefa bastante fácil. Hoje em dia tem luz para todos os gostos e funções:
fria, quente, neon, ornamental, térmica... e por aí vai. Pensando melhor,
talvez a grande disponibilidade torne a tarefa mais difícil, não verdade... então
não vamos perder o foco.
Conta-se que, certa
vez (Mateus 5:14), Jesus definiu Seus discípulos como sendo “a luz do mundo”. Felizmente, não
existiam tantos tipos de luz... Na verdade, Jesus falava sobre a lamparina de
óleo. Existem algumas características dessa lamparina que Cristo desejava que Seus
seguidores desenvolvessem também.
Para deixar mais
claro para nós, Ele saiu da linguagem metafórica e usou um exemplo prático: Ele
mesmo. Em João 8:12, Jesus diz ser a luz do mundo, e nós temos um resumo
detalhado de Sua vida e ações. Sendo Ele “a verdadeira luz do mundo” e tendo
Ele convidado Seus discípulos para também o serem, a conclusão lógica é: os que
O seguem precisam viver de forma a suprir a
grande necessidade do mundo.
Alguma vez você já
precisou, de verdade, de luz para
clarear algum ambiente? Eu já. Muitas vezes. Mas nem sempre admiti essa
necessidade...
Certa vez, acordei
no meio da noite querendo beber água. Acreditava que seria capaz de chegar até
a cozinha sem acender as luzes - afinal, contava com minha acuidade visual e
com o fato de morar na mesma casa há dez anos. Para mim, era óbvio que eu completaria
minha missão noturna! No fim, eu estava certo, mas concluí a noite com uma
baita dor de cabeça e uma nova cicatriz...
Não foi à toa que
Cristo ressaltou nossa profunda necessidade de luz neste mundo de trevas.
Jesus esteve neste
mundo por pouco tempo – talvez menos
tempo do que muitos de nós passaremos aqui - e teve como objetivo
evidenciar as verdadeiras doutrinas bíblicas. Usou diversos métodos para
mostrar a vontade divina sem se desviar nem para a direita nem para a esquerda.
Essa talvez seja a característica mais marcante da luz; as imperfeições, os
defeitos, as incoerências, os desajustes são expostos e podem ser corrigidos.
Sem dúvida, essa
foi uma das qualidades que Jesus Cristo desejou ver em Seus discípulos,
mas, certamente, não só essa... Mas isso é tema para o próximo texto.
Se quiser
descobrir, não desgrude!
Até o próximo!
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