“COLOCA ÁGUA NO FEIJÃO, QUE EU TÔ CHEGANDO.”
Maria Paula - Niterói-RJ
Casa cheia, falatório intenso. Mesa arrumada, fartura e muita prosa. Um “fala de cá”, um “conversa de lá”. Desliga a TV, que hoje ela é desnecessária. O som familiar das vozes de nossos amados preenche muito melhor o ambiente do que a fala não interativa da TV para os telespectadores.
Maria Paula - Niterói-RJ
Casa cheia, falatório intenso. Mesa arrumada, fartura e muita prosa. Um “fala de cá”, um “conversa de lá”. Desliga a TV, que hoje ela é desnecessária. O som familiar das vozes de nossos amados preenche muito melhor o ambiente do que a fala não interativa da TV para os telespectadores.
Essa cena, provavelmente, também seja
conhecida de vocês. As ocasiões são várias: aniversários, datas comemorativas,
férias ou, simplesmente, saudade. A saudade pede a companhia dos que amamos. A
saudade pede a gritaria dos familiares reunidos e as risadas tão saudáveis e
contagiosas. E, claro, também pede comida. Não que fome e saudade andem juntas,
embora ambas apontem para uma falta, mas é que comer junto tem um significado
afetivo muito importante. Assim, quando comemos a comida dos que amamos, nos
sentimos amados também. E quando cozinhamos para eles expressamos nosso afeto.
Pensando nisso, não é absurdo nem estranho
saber que durante o ministério de Jesus Ele dedicou tempo para comer junto com
as pessoas e que deixou promessas de que, um dia, cearemos com Ele. Disse,
ainda, que nos está preparando uma mesa e, antes de partir, sentou com Seus
discípulos, como quem senta à mesa com os familiares e, ali, comeu com eles.
Deixou-nos, assim, algumas importantes lições a esse respeito. Ensinou-nos, por
exemplo, a repartir o pão com o nosso próximo; a dividir com o outro parte
importante da nossa rotina, dando a ele a noção de pertencimento, de comunidade;
a sermos humildes, cedendo o lugar de maior importância e sentando no lugar de
menor destaque, à mesa; a servir e saber ser servido, tendo sempre gratidão.
Graças a Deus pelos almoços de família e
por tudo o que podemos aprender com eles! Graças a Deus pela visita inesperada
que chega em cima da hora e desperta em nós, rapidamente, o espírito de
serviço. Graças a Deus pelas conversas que conseguimos ter à mesa e pelos laços
que criamos e aprofundamos quando comemos com os que amamos ou com os que aprendemos
a amar, quando dividimos o pão.
No mais, coloca água no feijão que Ele tá chegando! Que
Ele seja sempre o convidado especial de nossas refeições e nos faça entender o
verdadeiro significado desse rito social.
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