sexta-feira, 10 de agosto de 2018

SOBRE PAIS E LIVROS

SOBRE PAIS E LIVROS
Denize Vicente – Rio de Janeiro - RJ

Helen Keller ficou cega e surda quando tinha um ano e meio. Se você tem um filho pode perceber o que isso significa. Se não tem um filho estou certa de que consegue imaginar...

Ela ficou cega e surda em decorrência de uma doença, à época conhecida como "febre cerebral". Helen lutou contra as trevas e venceu, porque nenhuma de suas dificuldades e limitações impediu que se tornasse escritora, bacharel em Filosofia e conferencista de renome, premiadíssima em todo o mundo, inclusive no Brasil, onde esteve em 1953.

Quando tinha sete anos de idade, "a professora" Anne Sullivan foi morar na casa de Helen para ensinar a menina a ler e escrever, indicação de Alexander Graham Bell - isso!, aquele do telefone. Anne havia se curado da cegueira após nove cirurgias e também havia estudado numa escola para cegos. Helen a chamava de "professora" e foram muito amigas até que a morte de Anne as separou...

Eu li sobre a vida de Helen Keller quando tinha uns oito, dez anos, talvez. Meu pai havia comprado um livro lindo, de capa dura, bordas vinho e letras douradas, publicado por "Seleções do Reader's Digest" e chamado "Grandes Vidas Grandes Obras".

Foto de um exemplar - edição de Portugal.
  
A história de Helen Keller, e uma de suas frases ("Não se pode concordar em rastejar quando se sente o ímpeto de voar"), e a história do menino do copo de leite  (que com fome, mas com vergonha, pediu um copo de água e ganhou um de leite, e que mais tarde, tendo se tornado médico, salvou a vida da mesma mulher que o havia alimentado...) nunca saíram da minha cabeça.

E este post, além de querer fazer você lembrar, por Helen Keller, que as melhores e mais belas coisas do mundo não podem ser vistas, nem sequer tocadas, e que elas devem ser sentidas com o coração, é também para lhe dizer que aquilo que uma criança aprende ela jamais esquece.

Dê bons livros de presente para suas crianças – e "suas crianças" podem ser seus filhos, os filhos dos seus filhos, seus vizinhos, seus sobrinhos, os meninos da rua, do orfanato, da igreja. Suas crianças precisam aprender o melhor. E se você pode oferecer um livro, estará alimentando sua criança muito mais do que nas vezes em que, simplesmente, lhe dá um doce. Não perca a chance.

Meu pai é um grande exemplo pra mim. Um homem sábio, atencioso, e que sempre fez o seu melhor para que seus filhos tivessem o melhor. Há muitas, muitas coisas que me fazem ter orgulho do meu pai. Uma delas, apenas uma delas eu contei pra vocês hoje: meu pai sempre nos mostrou, com seu exemplo, que “um país se faz com homens e livros” (Monteiro Lobato). Ele nos deu livros e enciclopédias, quando éramos crianças. Até hoje assina pra cada um de nós e nos entrega a cada trimestre um guia de estudos da Bíblia, chamado “Lição da Escola Sabatina”. A gente já trabalha e já poderia pagar do próprio bolso, mas é muito, muito significativo que meu pai continue cuidando da nossa educação, mesmo quando já somos grandes. Isso é uma coisa que aquece o coração de um filho...

Obrigada, pai. Meu exemplo, meu herói!
A todos os pais, desejo, desde hoje, um domingo fantástico, ao lado das suas crianças – grandes ou pequenas.

FELIZ DIA DOS PAIS!



2 comentários:

  1. Agradeço a Deus as conquistas obtidas por Sua graça, bem como, a bênção dos filhos que nos deu.
    Glória ao Senhor!!!

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