SOBRE PAIS E LIVROS
Denize Vicente –
Rio de Janeiro - RJ
Helen Keller ficou
cega e surda quando tinha um ano e meio. Se você tem um filho pode perceber o
que isso significa. Se não tem um filho estou certa de que consegue imaginar...
Ela ficou cega e
surda em decorrência de uma doença, à época conhecida como "febre
cerebral". Helen lutou contra as trevas e venceu, porque nenhuma de suas
dificuldades e limitações impediu que se tornasse escritora, bacharel em
Filosofia e conferencista de renome, premiadíssima em todo o mundo, inclusive
no Brasil, onde esteve em 1953.
Quando tinha sete anos
de idade, "a professora" Anne Sullivan foi morar na casa de Helen
para ensinar a menina a ler e escrever, indicação de Alexander Graham Bell -
isso!, aquele do telefone. Anne havia se curado da cegueira após nove cirurgias
e também havia estudado numa escola para cegos. Helen a chamava de
"professora" e foram muito amigas até que a morte de Anne as
separou...
Eu li sobre a vida
de Helen Keller quando tinha uns oito, dez anos, talvez. Meu pai havia comprado
um livro lindo, de capa dura, bordas vinho e letras douradas, publicado por
"Seleções do Reader's Digest" e chamado "Grandes Vidas Grandes Obras".
Foto de um exemplar - edição de Portugal. |
A história de Helen Keller, e
uma de suas frases ("Não se pode concordar em rastejar quando se
sente o ímpeto de voar"), e a história
do menino do copo de leite (que com fome, mas com vergonha, pediu um copo
de água e ganhou um de leite, e que mais tarde, tendo se tornado médico, salvou
a vida da mesma mulher que o havia alimentado...) nunca saíram da minha cabeça.
E este post, além
de querer fazer você lembrar, por Helen Keller, que as melhores e mais belas
coisas do mundo não podem ser vistas, nem sequer tocadas, e que elas devem ser
sentidas com o coração, é também para lhe dizer que aquilo que uma criança
aprende ela jamais esquece.
Dê bons livros de
presente para suas crianças – e "suas crianças" podem ser seus
filhos, os filhos dos seus filhos, seus vizinhos, seus sobrinhos, os meninos da
rua, do orfanato, da igreja. Suas crianças precisam aprender o melhor. E se
você pode oferecer um livro, estará alimentando sua criança muito mais do que nas
vezes em que, simplesmente, lhe dá um doce. Não perca a chance.
Meu pai é um grande
exemplo pra mim. Um homem sábio, atencioso, e que sempre fez o seu melhor para
que seus filhos tivessem o melhor. Há muitas, muitas coisas que me fazem ter orgulho
do meu pai. Uma delas, apenas uma delas eu contei pra vocês hoje: meu pai
sempre nos mostrou, com seu exemplo, que “um país se faz com homens e livros” (Monteiro Lobato).
Ele nos deu livros e enciclopédias, quando éramos crianças. Até hoje assina pra
cada um de nós e nos entrega a cada trimestre um guia de estudos da Bíblia, chamado
“Lição da Escola Sabatina”. A gente já trabalha e já poderia pagar do próprio
bolso, mas é muito, muito significativo que meu pai continue cuidando da nossa
educação, mesmo quando já somos grandes. Isso é uma coisa que aquece o coração de um filho...
Obrigada, pai. Meu exemplo,
meu herói!
A todos os pais,
desejo, desde hoje, um domingo fantástico, ao lado das suas crianças – grandes ou
pequenas.
FELIZ DIA DOS PAIS!
Agradeço a Deus as conquistas obtidas por Sua graça, bem como, a bênção dos filhos que nos deu.
ResponderExcluirGlória ao Senhor!!!
Texto maravilhoso!
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