terça-feira, 6 de março de 2018

UMA CANTATA INESQUECÍVEL


UMA CANTATA INESQUECÍVEL
Airton Sousa – Direto de Paciência - Rio

Eu nunca vou me esquecer deste Natal que passou... E aquela cantata ficará nas minhas lembranças como uma das melhores que eu já assisti, e, mais ainda, porque eu tive a oportunidade de participar e de cuidar de muitos detalhes da produção, ajudando a escrever o texto, produzindo as camisetas e fazendo a divulgação do evento. Um grande momento foi quando minha irmã Ieda, diretora do coral Angeluz, me convidou para ser o narrador da cantata. Eu fiz uma cara de humilde, perguntando se ela estava certa daquilo, se tinha certeza do convite, mas por dentro eu estava muito convicto de que eu deveria mesmo ser o narrador e de que eu não perderia aquela oportunidade por nada... e disse “sim!”.

Nas apresentações na igreja houve algumas encenações - a cena dos reis magos, a dos pastores, e a cena da mulher pecadora que lava os pés de Jesus com um perfume num vaso de alabastro. As pessoas participaram ativamente e com muita alegria e disposição. Entre essas pessoas estava o Carlos. Muito conhecido como Carlão, ele tem uma voz de locutor muito bonita, além de ter um talento especial para falar, cantar e fazer amigos. Acontece que na cantata ele estava na equipe de encenação dos reis magos - o que, confesso, era muito pouco para o talento dele... Eu pensei em ceder a narração para ele, mas aí eu lembrei que ele já participou de muitas cantatas de Natal, de Páscoa... e é claro que não se incomodaria de ficar só como rei mago, dessa vez.

No dia da apresentação principal em nossa igreja, o Carlão lá estava cumprindo seu papel de rei mago, feliz da vida, e eu feliz da vida cumprindo meu papel de narrador da cantata. Feliz mesmo! Até o momento em que a minha outra irmã, a Bete, veio falar comigo, no final de tudo:
- Como você teve coragem de narrar a cantata com o Carlão presente?
- Mas, Bete, ele estava na equipe de encenação...
- Não interessa, trocasse de lugar com ele!
E a Bete tinha razão, o Carlão é muito bom mesmo - mas eu não podia perder aquela oportunidade...

Há uma frase na Bíblia (Salmos 25:12) que diz: ”Aqueles que temem ao Senhor, aprenderão com ele o caminho que devem seguir.”. Diariamente, Deus nos dá oportunidades que nós deixamos de abraçar. Todos os dias temos o livre arbítrio para escolher entre o bem e o mal... Se você pudesse fazer um levantamento das vezes que tomou decisões, qual seria o resultado?
O bem ou o mal?
A sabedoria ou a idiotice?
O certo ou o errado?
Isto ou aquilo?
Casar ou comprar uma bicicleta?
Fazer Medicina ou Teologia, ou virar jogador de futebol?

Um amigo me disse: “Todas as decisões que eu tomei eram erradas; eu não acerto uma!”.

Saber viver é saber decidir. Às vezes são pequenas decisões que mudarão nossa vida para sempre. E por isso devemos ficar atentos aos detalhes.

Peça a Deus orientação para Ele instruir você quanto ao caminho que deve escolher.
Ore e não tenha medo de arriscar.
Se você perder a oportunidade, ainda assim não desanime. 
Olhe para frente com esperança de que outra oportunidade irá aparecer e Deus o ajudará em suas escolhas.

Mas, voltando à cantata, eu disse a minha irmã, alguns dias depois:  Eu poderia ter passado a vez para o Carlão, mas, pra mim, aquela era minha chance única de participar de uma cantata e eu não sei quando apareceria outra oportunidade dessas...

Quer saber?
Se o Cid Moreira aparecesse, naquela noite, eu não cederia a vez.





Bom dia, e até a próxima terça!

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