quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

GENEALOGIAS


GENEALOGIAS
Filipe Souza – Porto - Portugal

A construção de nossa identidade está intimamente relacionada ao conhecimento de nossas origens, nossa ascendência, nossos antepassados, nossa história. Você conhece o nome dos seus antepassados? Até quantas gerações? Recentemente, comecei a pesquisar um pouco  a respeito de minha origem genealógica. Como vocês sabem, me chamo Filipe. Sou filho da Lucineide, que é filha da Olga, que é filha do José, que é filho do Manuel, que é filho do Francisco. Assim, Francisco é o nome do meu tetravô. Consegui ter acesso a esses dados após uma busca de aproximadamente dois anos. Conversei com muitos parentes e acabei descobrindo detalhes interessantes...

José, o pai da minha avó, veio de Portugal para o Brasil no início do século XX. Minha avó contava que ele se despediu de sua mãe, que dizia para ele: “Não vai, José... Não vai, José!” Ele ia subindo o morro “de gatinho”, e rumou para o Brasil. Infelizmente, ele nunca teve dinheiro suficiente para rever a sua mãezinha. Segundo uma prima me contou, ele ia até o porto no Rio de Janeiro e pedia que o mar levasse suas lágrimas para sua querida mãezinha.

Apesar de ele não contar muito sobre o seu passado, encontrei em dois livros os detalhes que faltavam para descobrir o seu local de nascimento. No primeiro, um livro de memórias doado por uma de suas filhas, encontrei grifado o seu local de origem: freguesia de Arcozelo, no Concelho de Ponte de Lima, em Portugal; no segundo, encontrei o seu ano de nascimento: 1889. Essa data estava registrada na contracapa de sua Bíblia.

Capela Santa Marinha de Arcozelo,
local de batismo
do meu bisavô José Fernandes.
Após uma rápida troca de e-mails com o arquivo distrital responsável pelo armazenamento dessas informações no Distrito de Ponte de Lima, recebi um e-mail informando que haviam encontrado a certidão de batismo de meu bisavô. 

Na certidão constava ainda o nome dos seus pais e o nome dos seus avós. Que alegria! 

De posse dessas informações, planejei uma visita ao município de nascimento do meu bisavô, o que resultou na viagem que estou realizando agora a Portugal, na companhia dos meus pais.

Ponte sobre o Rio Lima. Família.


Azulejo com o nome da freguesia de Arcozelo, onde meu bisavô nasceu. 


Ponte sobre o Rio Lima, que dá nome ao concelho de Ponte de Lima.

Nos tempos bíblicos, conhecer o nome de seus antepassados era algo muito importante. Isso é evidenciado em vários capítulos de genealogias escritos na Bíblia. Nunca tive muito interesse na leitura desses capítulos até que comecei a pesquisar a história dos meus próprios antepassados.

Nas Escrituras Sagradas, a principal genealogia é a de Jesus Cristo. Ela é descrita duas vezes nos livros de Mateus e Lucas. Apesar de as demais genealogias contidas na Bíblia quase não fazerem menção ao nome de mulheres, a genealogia de Mateus faz menção ao nome de cinco mulheres: Tamar, Raabe, Rute, Bate-Seba e Maria.

Curiosamente, o nome dessas mulheres não está relacionado a bons retrospectos. Tamar ficou grávida de gêmeos de seu próprio sogro, Judá; Raabe era praticante do meretrício; Rute era moabita, um povo concebido a partir de um relacionamento incestuoso entre Ló e uma de suas filhas; e Bate-Seba, mulher de Urias, um dos mais valentes soldados de Davi, que engravidou do rei Davi enquanto o seu marido estava servindo fielmente ao rei em um campo de batalha. Por fim, encontramos o nome de Maria, que apesar de hoje ser enaltecida, na época de Jesus tinha fama de mãe solteira de um filho bastardo.

Assim como foi intencionalmente incluído na genealogia de Cristo o nome de pessoas de moral maculada, manchada pelo pecado, mas que foram redimidas por Deus, Ele também deseja restaurar a nossa identidade. Não importa se você ou nossos pais tenham manchado o Seu nome, Deus promete nos dar um novo nome. Ele afirma: “Ao vencedor darei do maná escondido. Também lhe darei uma pedra branca com um novo nome nela inscrito, conhecido apenas por aquele que o recebe.” Apocalipse 2:17 (Nova Versão Internacional)

Você deseja receber esse novo nome dado por Deus? Então vamos nos preparar juntos para esse dia!


Um comentário:

  1. Que bacana, Felipe! Muito legal você fazer essa pesquisa sobre um assunto que sempre achei interessante mas nunca tive essa iniciativa. No meu caso eu teria que procurar registros de meus antepassados em pelo menos dois países da Europa e algumas tribos indígenas aqui no Brasil. Kkkkk que mistura!!! Mas brincadeiras a parte, como não vou correr atrás em saber de minha genealogia, vou querer mesmo é ter um novo nome dado por Deus. Vou quer por dois motivos: 1° terei a certeza que nunca mais vou deixar de existir. E assim poderei ficar pra sempre ao lado de Jesus, a quem amo D+, e em 2° porque tô doido pra me livrar desse nome que meu pai me deu: Ney Robson kkkkkk bem, tenho que concordar que ainda e melhor que o que minha mãe queria me registar: Demétrio Heleno. Deus me salvou!!! Parabéns pelo belo texto de hoje. Vou passar a te seguir. Grande abraço, fique com Deus e faca uma ótima viagem de retorno.

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