quarta-feira, 30 de março de 2016

E AGORA, QUEM PODERÁ NOS DEFENDER?!


E AGORA, QUEM PODERÁ NOS DEFENDER?!
(Por João Octávio Barbosa)

Hoje é aniversário do Batman. Em 30 de março de 1939, o número 27 da revista Detective Comics introduz o Homem-Morcego. Passados 77 anos, ele ainda está na moda. No final da semana passada estreou o filme dele com o Super-Homem. Acho filmes de super-heróis meio chatos pela obviedade do roteiro. Quem diria que logo nesse iam fazer diferente, e ele ia morrer na batalha final!? Ihhhh... você não sabia? Mandei um spoiler legal agora, então. “Foi mals aê”!

A humanidade sempre apreciou valorizar personagens reais ou fictícios que se mostrem acima das demais pessoas. A figura do herói está presente em todas as culturas. Uma característica importante do herói é o destemor. É vital para as massas que surja alguém, no meio da multidão, que guie o resto do grupo com valentia. E assim introduzimos o nosso Perfil Sem Curtidas de hoje: Jeroboão.

OK, com esse nome ele está mais próximo de ser um obreiro assembleiano da 4ª geração do que um protagonista da Marvel, mas ele foi heroicamente constituído líder de uma nação e é dele que vamos aprender hoje. Sigam-me os bons. Para uma viagem mais segura, visite I Reis 11:26-40; 12:20; 13:10; 13:33 e 14:20, numa Bíblia em sua casa ou aqui pela internet.

O Rei Salomão havia se corrompido espiritualmente e Deus viu em Jeroboão o homem certo para substituí-lo.

Jeroboão era um desses caras “funcionário do mês”. Um desses que são síndicos dos seus condomínios, e impõe o respeito em toda a vizinhança. Diácono da igreja, que chega primeiro e senta no primeiro banco. E fazia isso tudo enquanto Salomão vivia uma crise estilo “celebridade sem controle”: mulheres, bebida, idolatria. Jeroboão era Capitão América, Salomão era Homem de Ferro.

Um belo dia Jeroboão recebe uma notícia chocante de um profeta: ele seria feito Rei! Mesmo sem ser filho ou parente de Salomão. 

É perseguido pelo rei, foge, mas volta quando Salomão morre e seu filho está prestes a assumir o trono.

No momento da sucessão real, Jeroboão já é um grande líder popular. Mas foi humilde e esperou com fé as profecias se cumprirem, sem tentar alterar o cenário à força. Ele ainda era o homem em quem Deus confiava para substituir Davi como rei amigo de Deus.

E eis que o povo se rebela contra o sucessor legítimo do Rei Salomão, seu filho Roboão. Aí, dez das doze tribos de Israel se tornam independentes e escolhem Jeroboão seu líder monárquico. Que honra! É chegado o grande momento! E qual é a primeira coisa que Jeroboão faz com o poder? Agarra-se a ele com tanta força que esquece o Deus que lhe confiou a bênção! Com medo de o povo abandoná-lo (mas eles tinham acabado de escolhê-lo!), ele falsifica completamente o sistema de adoração a Deus, e joga o povo numa idolatria maior que a vista com aquele rei corrupto que ele deveria substituir (justamente por isso). Deus não mais importava. Seu poder, sim.

Quão iguais a Jeroboão muitos de nós somos hoje? Não abrindo mão das coisas terrenas, mas, sim, do Deus todo poderoso, que nos proporcionou essas mesmas coisas terrenas! Não estou falando de ricos e poderosos, pois até mendigos podem ser egoístas a ponto de amar mais o quase nada que tem do que a Jesus. Reflita sobre o que é mais importante do que Deus para você hoje. Não vá ao próximo parágrafo antes disso.


E Jeroboão também ilustra outro “crime espiritual” muito comum nos tempos atuais. A espiritualidade “tá fundo, tá raso”. Ele foi alertado por Deus sobre o que estava fazendo errado, por intermédio de um profeta que, por pregar a verdade, recebeu ordem de prisão. Mas a mão do rei que apontou para esse profeta foi imediatamente imobilizada por punição divina. E a quem o rei recorre em busca de cura? A Deus! Que Deus? O Deus que ele decidiu ignorar e desautorizar perante o seu reino. Como assim?

E isso acontece de novo mais para frente, quando seu filho fica doente e ele não pensa em outro nome para socorrê-lo além do profeta de Deus, que lhe contara, muitos anos antes, quando ele era um cristão sincero, que ele um dia seria rei. Jeroboão exemplifica o cristão interessado em milagres, em bênçãos instantâneas, sem nenhum tipo de compromisso com Deus e, pior ainda: sem nenhuma sinceridade em seu arrependimento. De que vale ser cristão assim?

Jeroboão é um exemplo extremamente negativo de tudo o que uma pessoa pode fazer para se “desgraçar totalmente” (I Reis 13:34) aos olhos de Deus. Jeroboão nos ensina com sua espiritualidade superficial. Sempre que tinha necessidade de um milagre, recorria a Deus, abandonando-o logo em seguida, quando era atendido. Não podemos ser assim.

Herói fraco. Deus é forte.

Não peço que concordem, espero que reflitam!
PS: Não tem spoiler. Nem vi o filme; estava brincando.


Desafio do JOBS: Que neto de Saul ficou impedido de andar com 5 anos?
Resposta semana que vem.
Resposta da semana passada: Jeroboão (I Reis 12:20-13:10).

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