E AGORA, QUEM PODERÁ NOS DEFENDER?!
(Por
João Octávio Barbosa)
Hoje
é aniversário do Batman. Em 30 de março de 1939, o número 27 da revista Detective
Comics introduz o Homem-Morcego. Passados 77 anos, ele ainda está na moda.
No final da semana passada estreou o filme dele com o Super-Homem. Acho filmes
de super-heróis meio chatos pela obviedade do roteiro. Quem diria que logo
nesse iam fazer diferente, e ele ia morrer na batalha final!? Ihhhh... você não
sabia? Mandei um spoiler legal agora,
então. “Foi mals aê”!
A
humanidade sempre apreciou valorizar personagens reais ou fictícios que se
mostrem acima das demais pessoas. A figura do herói está presente em todas as
culturas. Uma característica importante do herói é o destemor. É vital para as
massas que surja alguém, no meio da multidão, que guie o resto do grupo com
valentia. E assim introduzimos o nosso Perfil Sem Curtidas de hoje: Jeroboão.
OK,
com esse nome ele está mais próximo de ser um obreiro assembleiano da 4ª geração
do que um protagonista da Marvel, mas ele foi heroicamente constituído líder de
uma nação e é dele que vamos aprender hoje. Sigam-me os bons. Para uma viagem
mais segura, visite I Reis 11:26-40; 12:20; 13:10; 13:33 e 14:20, numa Bíblia
em sua casa ou aqui pela internet.
O
Rei Salomão havia se corrompido espiritualmente e Deus viu em Jeroboão o homem
certo para substituí-lo.
Jeroboão
era um desses caras “funcionário do mês”. Um desses que são síndicos dos seus
condomínios, e impõe o respeito em toda a vizinhança. Diácono da igreja, que
chega primeiro e senta no primeiro banco. E fazia isso tudo enquanto Salomão
vivia uma crise estilo “celebridade sem controle”: mulheres, bebida, idolatria.
Jeroboão era Capitão América, Salomão era Homem de Ferro.
Um
belo dia Jeroboão recebe uma notícia chocante de um profeta: ele seria feito
Rei! Mesmo sem ser filho ou parente de Salomão.
É
perseguido pelo rei, foge, mas volta quando Salomão morre e seu filho está
prestes a assumir o trono.
No
momento da sucessão real, Jeroboão já é um grande líder popular. Mas foi
humilde e esperou com fé as profecias se cumprirem, sem tentar alterar o
cenário à força. Ele ainda era o homem em quem Deus confiava para substituir Davi
como rei amigo de Deus.
E
eis que o povo se rebela contra o sucessor legítimo do Rei Salomão, seu filho
Roboão. Aí, dez das doze tribos de Israel se tornam independentes e escolhem Jeroboão
seu líder monárquico. Que honra! É chegado o grande momento! E qual é a
primeira coisa que Jeroboão faz com o poder? Agarra-se a ele com tanta força
que esquece o Deus que lhe confiou a bênção! Com medo de o povo abandoná-lo
(mas eles tinham acabado de escolhê-lo!), ele falsifica completamente o sistema
de adoração a Deus, e joga o povo numa idolatria maior que a vista com aquele
rei corrupto que ele deveria substituir (justamente por isso). Deus não mais
importava. Seu poder, sim.
Quão
iguais a Jeroboão muitos de nós somos hoje? Não abrindo mão das coisas
terrenas, mas, sim, do Deus todo poderoso, que nos proporcionou essas mesmas
coisas terrenas! Não estou falando de ricos e poderosos, pois até mendigos
podem ser egoístas a ponto de amar mais o quase nada que tem do que a Jesus.
Reflita sobre o que é mais importante do que Deus para você hoje. Não vá ao
próximo parágrafo antes disso.
E
Jeroboão também ilustra outro “crime espiritual” muito comum nos tempos atuais.
A espiritualidade “tá fundo, tá raso”. Ele foi alertado por Deus sobre o que
estava fazendo errado, por intermédio de um profeta que, por pregar a verdade,
recebeu ordem de prisão. Mas a mão do rei que apontou para esse profeta foi
imediatamente imobilizada por punição divina. E a quem o rei recorre em busca
de cura? A Deus! Que Deus? O Deus que ele decidiu ignorar e desautorizar
perante o seu reino. Como assim?
E
isso acontece de novo mais para frente, quando seu filho fica doente e ele não
pensa em outro nome para socorrê-lo além do profeta de Deus, que lhe contara,
muitos anos antes, quando ele era um cristão sincero, que ele um dia seria rei.
Jeroboão exemplifica o cristão interessado em milagres, em bênçãos instantâneas,
sem nenhum tipo de compromisso com Deus e, pior ainda: sem nenhuma sinceridade
em seu arrependimento. De que vale ser cristão assim?
Jeroboão
é um exemplo extremamente negativo de tudo o que uma pessoa pode fazer para se
“desgraçar totalmente” (I Reis 13:34) aos olhos de Deus. Jeroboão nos ensina
com sua espiritualidade superficial. Sempre que tinha necessidade de um
milagre, recorria a Deus, abandonando-o logo em seguida, quando era atendido.
Não podemos ser assim.
Herói
fraco. Deus é forte.
Não
peço que concordem, espero que reflitam!
PS:
Não tem spoiler. Nem vi o filme;
estava brincando.
Desafio do JOBS: Que
neto de Saul ficou impedido de andar com 5 anos?
Resposta semana que vem.
Resposta semana que vem.
Resposta da semana
passada: Jeroboão (I Reis 12:20-13:10).
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