OTIMISMO
Jackson Valoni - Angra dos Reis - RJ
Vi um papelão servindo de cobertor pra uma
pessoa deitada no chão ao lado de uma loja fechada. Eu estava cansado pela
correria do dia até que vi aquela imagem. Logo depois, veio à memória a
situação de um grande amigo: ele, o irmão e os pais, depois de terem sido despejados
de onde viviam, estão agora em um pequeno cômodo, sem muito conforto...
Quando penso nos meus problemas, olho à
minha volta. Não que isso me faça contar vantagem, mas aprendo a ser mais grato
a Deus por, simplesmente, tudo.
Liguei pra esse meu amigo e perguntei o que
ele e a família mais precisam no momento. Ele, que sempre me surpreende em suas
respostas, não me causou reação diferente no que disse daquela vez. Com uma animada
voz, disse que é otimista e que já fazia planos com a casinha que estão
construindo em um terreno próximo àquele cômodo; que em poucos meses eles vão
sair dessa.
É essa esperança que eu quero pra mim. Crer
na vitória quando os problemas parecem ser gigantes.
Quanto ao rapaz debaixo do papelão, passei
por ele de carro. Meus olhos esbarraram naquele corpo inerte e eu me senti
envergonhado por pedir forças a Deus pra enfrentar os meus problemas, tão
minúsculos perto das dificuldades de tanta gente!
Aquele homem, mesmo calado e sem saber que
eu o via, me fez refletir sobre a cruz, quando Cristo mostrou ao mundo que,
mesmo na morte, existe vida para aquele que crer nEle. E meu amigo me fez
relembrar que todos os problemas têm solução.
“Que
ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros.
Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha: Ele tinha a
natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. Pelo contrário, Ele abriu
mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual
aos seres humanos. E, vivendo a vida comum de um ser humano, Ele foi humilde e
obedeceu a Deus até a morte – morte de cruz.” Filipenses 2:4-8
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