VOCÊ TEM MEDO DE QUÊ?
Pamela Moreira – Angra dos Reis – RJ
No mês passado, eu e meu marido estávamos de
férias e viajamos. Nessa viagem, fomos a vários parques de diversão. Fomos em
brinquedos tranquilos, como carrossel (ele
fez questão), e em algumas montanhas russas bem radicais. Teve apenas um
brinquedo que eu pensei duas vezes antes de ir.
Esse brinquedo tem 102 metros de altura
(equivalente a um prédio de 26 andares). Ao chegar ao topo, a cadeira inclina em
direção ao chão um pouco antes da queda. É uma sensação muito ruim! Mas ao
cair, cerca de 96Km/h, o interessante é que dá uma sensação muito boa. Uma
vontade de quero mais.
A Ciência explica isso. Quando estamos em
situações de risco, em posição de medo, liberamos um hormônio, a adrenalina.
Ficamos em estado de alerta, o coração bate forte, a circulação sanguínea no
abdômen diminui, o estômago se contrai, dá o famoso frio na barriga.
Passado esse momento, a dopamina, uma
substância química, traz a sensação de prazer; é a mesma que nos dá sensação de
prazer quando comemos algo delicioso.
Um psicólogo da área citou alguns prós e
contra na prática de esportes radicais:
*Prós: controle emocional (controle de
ansiedade) – pois vive situações que pedem calma, aumento de autoestima;
sensação de eu consegui, eu posso; o que seria medo vira desafio.
*Contra: avaliação pobre dos riscos
(autoconfiança); falsa percepção de controle – as pessoas pensam que estão
enganando a morte, acham que o sucesso depende só delas.
Existem muitos medos.
De altura, de envelhecer, de ser infeliz, de não conseguir alcançar seus
objetivos. Dentre os 10 medos mais comuns da humanidade está o medo de morrer.
É bom ter medo? Diria que em certos momentos sim. Vimos
que isso deixa você mais alerta, pois quando perdemos o medo ficamos confiantes
demais, perdendo percepção dos perigos.
A Bíblia menciona dois tipos de medo. Um benéfico, a ser
encorajado, e o outro a ser deixado de lado.
O primeiro seria o temor do Senhor. Que não é, necessariamente,
medo. Trata mais de reverência ao poder e glória de Deus, um respeito. Tanto a sabedoria
quanto o conhecimento começam com o temor do Senhor. (Salmo 111:10 e Provérbio
1:7)
“O temor do Senhor é fonte de vida para
evitar os laços da morte”. Provérbios 14:27
O segundo exemplo e o espírito de medo, o
qual devemos deixar de lado.
“Porque Deus não nos deu o espírito de
covardia (temor/medo), mas de poder, de amor e de moderação” II Timóteo 1:7
Deus sabe que em certos
momentos teremos medo; Ele nos conhece. Sabe que as aflições do mundo podem nos
amedrontar e por isso nos encoraja a confiar nEle, em Seu amor e cuidado.
“Não temas, porque eu sou contigo; não te
assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento
com a destra da minha justiça.” Isaías 41:10
Não temer depende da nossa habilidade de depositar
nossa confiança e fé em Deus.
Sabe, as pessoas têm medo de andar de avião,
mas não de dirigir - que é estatisticamente mais perigoso. Às vezes focamos
tanto em alguns medos em relação à nossa vida, ou melhor, em relação à nossa
sobrevivência neste mundo caótico, que nos esquecemos de confiar na esperança
que Deus nos dá – a Salvação. Não usufruir dela deveria ser nosso maior temor.
No Oriente Médio, depois de atravessar o
deserto, o pastor encaminha suas ovelhas para águas tranquilas. As ovelhas têm
medo de qualquer coisa, talvez por não ter elementos naturais de defesa: garras,
veneno, dentes afiados... Elas têm medo até do próprio reflexo na água ou do barulho
de correntezas. Por isso, o pastor as leva para águas tranquilas, senão elas
poderiam até morrer de sede, por medo.
Nós, muitas vezes, somos como as ovelhas:
temos medo. Medo até mesmo de conhecer Deus, de usufruir do amor dEle e de
confiar plenamente. Mas devemos confiar no bom Pastor que cuida e guia nossa
vida.
“O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.
Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas.
Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.”
Salmos 23:1-3
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