CHAVES
João
Octávio Barbosa – Bento Ribeiro City – RJ
Para
tudo, que hoje é dia de falar de Chaves! Após todas as milhares de horas que eu
e você passamos em frente a uma televisão assistindo Chaves, será que ainda
podem descobrir coisas novas sobre isso? Vamos descobrir agora.
O
programa passa no SBT desde 1984. Em algumas épocas, passava-se mais de um
episódio por dia. Isso é mais do que suficiente para que muitos de nós saibamos
de cor diversas cenas.
Se
eu falar aqui do choro do Quico, do piripaque do Chaves, dos olhares que Dona
Florinda e o Professor Girafales trocavam, e do vestido azul da Bruxa do 71,
você não ouve, vê, e se lembra de cada uma dessas coisas como se estivessem na
sua TV agora?
Quem
pode se esquecer do Chaves lendo uma carta de forma toda errada?! Do Seu
Barriga entrando e levando uma pancada?! Do Seu Madruga fugindo do dono da
vila?! Da Chiquinha escrevendo um bilhete no dia de São Valentim?!
Quantos
episódios marcantes, não? A chegada da maravilhosa máquina de lavar. O cinema
onde era melhor ter ido ver o filme do Pelé. O terreno onde se aprendeu a jogar
futebol americano. A visita do ator Hector Bonilha. O concurso de Miss Universo
na televisão. Quem é culpado: o gato ou o Quico? Ou o Chaves? E Acapulco?
Quantos de nós não choramos com aquela triste canção em Acapulco, num pôr do sol
solitário na praia...?
Chaves
sempre nos ensinou sobre a pureza e a inocência de uma criança. Sobre como
podemos ser bons, e evitar a maldade. Afinal de contas, é esse sentimento
bonito que só as criancinhas têm que tanto nos fascina, e que perdemos sem
perceber. Se há um Céu, um paraíso para os que fecham com o certo, esse Céu é
das criancinhas. E eu não sou o primeiro a dizer isso.
Jesus
disse-lhes: Deixai vir as crianças a mim, e não os impeçais; porque deles é o
reino de Deus, o Céu. (tradução livre)
Marcos 10:14
SPOLIER FINAL.
Bem, não tem muito como dar spoiler de Chaves. Alguns dos meus amigos conhecem
capítulos inteiros da série e eu também. O que talvez as piadas infantis do
programa podem ter impedido que nós percebêssemos é a profundidade do caráter
das pessoas daquela vila.
Certa
vez Chaves foi acusado de ser um ladrão, ladrão, ladrãozinho. Não era verdade.
Isso foi descoberto e perguntaram para ele o que ele desejava para o verdadeiro
gatuno, o senhor Furtado.
Não,
ele não disse “bandido bom é bandido morto”. E tem gente que enche a boca para
falar isso hoje em dia, mesmo que um tempo atrás, quando era criança, tenha
tido a oportunidade de ouvir Roberto Bolaños afirmar por seu personagem Chaves:
“Eu quero que o ladrão se arrependa, devolva as coisas que roubou e seja
bonzinho.”.
Jesus
disse que a gente devia ser que nem o Chaves. Se a gente erra, que seja sem
querer querendo. Se for para julgar, que seja sempre eu, sempre eu, tudo eu,
porque julgando o outro a gente se machuca, mas no autojulgamento a gente
cresce.
Inocência,
pureza, bondade. Se você é jovem ainda, amanhã velho será. Ao menos que o
coração sustente a inocência, a pureza e a bondade que nunca morrerão, serão
eternas, sustentadas no Reino de Deus, o Céu, pelas mãos de Jesus.
Não
peço que concordem, espero que reflitam!
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