quarta-feira, 29 de maio de 2019

O PARQUE DOS RATOS


O PARQUE DOS RATOS
Larissa Oliveira – Bento Ribeiro – Rio de Janeiro - RJ
        
Nunca subestime aquelas disciplinas e leituras de Filosofia, na Universidade. Sério! Elas rendem boas reflexões!

No início do século XX alguns experimentos simples com ratos estabeleceram teorias sobre a dependência química. Um rato era colocado em uma gaiola com duas garrafas; uma delas era de água pura e a outra era água misturada com algum tipo de droga - heroína, por exemplo. Quase todos os ratos escolhiam a garrafa com drogas e acabavam morrendo bem rápido de overdose. Parece um resultado óbvio, certo?!

Porém, um psicólogo chamado Bruce Alexander notou um detalhe importante nesses testes: os ratos tinham uma vida horrível naquela gaiola. E seria razoável aquela escolha.

Então ele resolveu repetir o experimento, só que, desta vez, ao invés de colocar os ratos sozinhos e ociosos ele construiu um verdadeiro parque de diversões para os bichinhos. Era uma gaiola bem maior, colorida, com brinquedos, aromas e galerias habitadas por vários ratinhos brancos. As duas mesmas garrafas foram postas lá e imagine qual foi o resultado?! Praticamente nenhum rato escolheu a garrafa com drogas. E se porventura acontecesse de algum tomar, ele não se viciava e a mortalidade por overdose foi 0 (zero!).

 
O mais interessante é que na época (meados da década de 70) alguns soldados americanos estavam retornando da guerra do Vietnã e muitos deles haviam consumido drogas em excesso naquele ambiente hostil... O governo estava preocupado com o número de soldados viciados e com os transtornos que isso poderia causar. Porém, surpreendentemente, a maioria esmagadora dos soldados simplesmente parou de consumir a droga quando retornou para a convivência familiar e a sua vida normal. Sem nem ao menos precisar de reabilitação ou passar por crises de abstinência!

“Para a Psicologia, o vício é um mecanismo de fuga emocional em que o indivíduo obtém prazer e foge de sua dor. Existem infinitos tipos de vícios, que são prejudiciais em diferentes proporções. O que separa o vício de um hábito comum é justamente o prejuízo que este comportamento causa na vida da pessoa.” 1

Aí surge uma nova teoria... E se os vícios forem resultado das gaiolas que vivemos e das conexões que não fazemos?

Em época de modernidade líquida o maior desafio é olhar nossa gaiola por outro ângulo. Fazer uma profunda reflexão sobre nossas dores e quais as reais conexões que estamos fazendo, pois são elas que nos ajudarão a romper vícios e viver uma vida mais plena e abundante.

Cuide daquilo que fere você; tenha perto de si pessoas queridas, quando possível; frequente ambientes que lhe deixem feliz e nada de ociosidade eterna, viu!? Ajude outros também.

Vou lhe dar mais um conselho... Uma das conexões mais incríveis que você pode fazer é a conexão com o sobrenatural, com aquilo que está além do nosso entendimento e onde só a fé é capaz de chegar.

“Ó SENHOR Deus, o teu amor chega até o céu, e a tua fidelidade vai até as nuvens.
A tua justiça é firme como as grandes montanhas, e os teus julgamentos são profundos como o mar. Ó SENHOR Deus, tu cuidas das pessoas e dos animais.
Como é precioso o teu amor! Na sombra das tuas asas, encontramos proteção.
Ficamos satisfeitos com a comida que nos dás com fartura; tu nos deixas beber do rio da tua bondade.
Tu és a fonte da vida, e, por causa da tua luz, nós vemos a luz.”
Salmo 36: 5 a 9

Um forte abraço!

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Referências/Fontes:

            1Sociedade Brasileira De Inteligência Emocional – Disponível em: http://www.sbie.com.br/blog/entenda-o-que-e-vicio-segundo-psicologia/ - Acessado aos 26.05.2019.

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