quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

OBRIGADO POR FUMAR

OBRIGADO POR FUMAR
João Octávio Barbosa – Bento Ribeiro City – RJ


Qual o seu filme preferido? O meu é este: “Obrigado por fumar” - e vou explicar o porquê neste texto. Essa produção de 2006 é protagonizada por Aaron Eckhart (“Duas Caras”, em “Batman, Cavaleiro das Trevas”). Seu personagem, Nick Naylor, é um habilidoso relações públicas que trabalha com argumentos insuperáveis para defender a imagem das grandes indústrias do cigarro.

No meio do caminho, ele tem que dar atenção a seu filho, enfrentar a oposição de um senador oportunista e da opinião pública antitabagista, além também de lidar com um romance nada proveitoso com uma jornalista sem ética. Ah, diga-se de passagem, isso tudo sem fumar um único cigarro, porque... ele não fuma.

Ressalte-se, e em letras maiúsculas: NEM EU FUMO. NEM VOCÊ DEVE. NEM NINGUÉM. Trata-se de um vício nocivo ao extremo, que não traz nenhuma vantagem para o ser humano, e causa doenças seriíssimas.


Então o que esse filme tem de tão bom? É a manipulação do discurso. E nesse caso específico a manipulação é bastante negativa, porque tenta defender o veneno do cigarro. Mas a verdade é que toda pessoa “precisa” manipular as informações. Todas as pessoas gostariam de ter o poder de convencer os outros.

Há alguns anos passou uma matéria no Jornal Nacional: uma indústria do tabaco americana foi acusada de causar grandes prejuízos à saúde pública dos EUA. Imagine quantas pessoas sem recursos financeiros tiveram seu tratamento contra vários cânceres bancados pelo governo por causa do cigarro! Contra essa acusação o argumento foi: “Não causamos prejuízo financeiro ao serviço de saúde. Nossos consumidores fumantes morrem cedo, e por não ficarem mais idosos, economizam para o sistema de saúde não precisando de tratamento quanto a doenças típicas do fim da vida, como artrose, artrite, Alzheimer, etc.”.

E esse é o meu ponto hoje. Essa história é a concretização de realidade da obra de ficção “Obrigado por fumar”, porque a mágica do filme é exatamente isso: Nick, usando todos os argumentos possíveis e imagináveis, flertando com a desonestidade intelectual (vulgo “cara de pau”) o tempo todo para defender o indefensável e mesmo assim sendo cirurgicamente preciso, de um modo que a gente simplesmente não pode concluir que ele está errado!

Porque por mais que eu seja um crente de carteirinha, sem possuir muitos vícios, como o cigarro, como eu posso negar a lógica matemática? Como aquela indústria, da matéria do Jornal Nacional, chegou aos números dela eu não sei; mas se a conta está certa, ela está certa! Politicamente incorreta, rompendo os valores da vida, causando uma má publicidade, denegrindo a imagem do mundo. Tudo isso à parte, ela está certa. Foi acusada de causar prejuízo financeiro, mostrou que causa lucro. O argumento “vida e saúde” não foi tema da acusação, então não precisava ser tema da resposta.


Em certo momento do filme, Nick é sequestrado por ativistas antitabaco. Para envenená-lo com nicotina, eles colam adesivos desses que quem quer parar de fumar usa, os quais contêm um pouco de nicotina, para o vício ser aplacado pouco a pouco até acabar. Botam muito mais adesivos do que o recomendado para uso. Altamente intoxicado, ele quase morre. Ao sair do hospital, é perguntado sobre o óbvio: “Você tem algo a dizer a favor da indústria do tabaco após quase morrer por causa dos seus venenos?”.

Nick afirma: “Sim. O cigarro não me fez nenhum mal (no filme, o seu personagem não fuma), mas olhem como esses adesivos quase me mataram! Eles são muito perigosos!”.

Vocês entendem o que eu quero dizer? Não há nada mais poderoso no filme do que a verdade. Mas nem a mais pura verdade pode ser imune à manipulação. E isso é tão ruim quanto pode ser bom.

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida”.

Certa vez Jesus disse SER a verdade. A verdade é uma pessoa, a Santa pessoa de Jesus. Ok, mas isso é filosofia de difícil compreensão. Qual é a verdade que eu devo seguir no meu dia a dia? Veja esta conversa de Jesus com Pilatos:

Jesus respondeu: (...) Vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade? (Jesus se cala).        
João 18:37-38

Jesus não argumentou naquele momento.

SPOILER FINAL. Nick sabia que a sua rede de informações manipuladas e argumentos sorrateiros formavam um jogo perigoso sobre a verdade. Enganado pela jornalista com quem teve um caso, ficou em maus lençóis, foi abandonado à própria sorte pelos seus “amigos”, mas triunfou mais uma vez pelo seu poder de convencimento intelectual. Sua frase “Eu tenho dignidade” é o clímax do filme. Que cara...


Eu sou o Nick Naylor deste texto feito para você. Mas o meu objetivo é usar meus conhecimentos sobre a Verdade e usá-los com todo o meu poder de argumentação para você concordar comigo sobre o que é certo e o que não é.

A minha verdade é Jesus. Eu poderia dizer que ele é viciante também, mas não negativamente como no caso do cigarro. Ele traz cura; não doença. Vida e não morte.

Mais um ano começa daqui a pouco. Eu não tenho duas horas de filmagens Hollywoodianas para convencer você de que Jesus é a verdade que você deve seguir. Mas fora esses minutos que você passou lendo isso, eu tenho a Bíblia. Um livro bem grande cheio de argumentos sobre o amor, a paciência, a dedicação que Deus tem por você. Eu recomendo a leitura, e ofereço a minha ajuda, a nossa ajuda aqui no blog, ou na nossa página no Facebook - https://www.facebook.com/entaoserve.

Essa é a verdade. Você me prova que não!?


Não peço que concordem, espero que reflitam! (Mas, se concordarem, não foi à toa!)
Feliz 2018!

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