sábado, 9 de dezembro de 2017

NEM A MORTE, NEM A VIDA


NEM A MORTE, NEM A VIDA
Jackson Valoni – Angra dos Reis/RJ

Eu gritava de medo. A cada descida íngreme da montanha-russa que minha esposa me fez ir (pela segunda vez) eu berrava apavorado. O nome daquela montanha-russa é Mako, e o marketing em cima dela é que ela é a "mais rápida, mais alta e mais longa montanha russa de Orlando".

O brinquedo simula o ataque de um tubarão (Mako); no caso, o carrinho da montanha-russa é o próprio tubarão e a gente acompanha o trajeto dele... A velocidade chega a 118km/h, e a altura, 61m.

Eu queria registrar alguma coisa das minhas férias aqui, por escrito. Queria registrar que paguei pra ir num brinquedo que achei que fosse morrer. Queria registrar também que estou na dúvida sobre o que é mais loucura: andar na Mako ou ser levado pelo meu pai nos parques de diversão itinerantes do Rio de Janeiro (com brinquedos nivelados com pedaços de madeira, nível zero de segurança).

Meu pai e mamãe iam no Tivoli Park com a gente, quando a gente era criança, mas mamãe ia sozinha pra montanha-russa porque meu pai tem medo. Sou parecido com meu pai. O brinquedo que mais gostei de ir durante minhas férias foi o carrossel. 



Não sabia que minha esposa era tão radical. Não sabia que algum dia iria babar de tanto medo - imagine-se ser suspenso por 102 metros, depois virar o corpo inteiro em direção ao chão, e depois despencar? Eu babei, falei fino, lacrimejei, perdi o prazer pela vida, e por um momento pensei que aquela torre de mais de cem metros fosse dar defeito justamente na minha vez. Mas eu despenquei, e foi ótimo. No momento, pedi pra ir de novo, mas fomos a um barco Viking que gira 360° logo depois.

A sensação do perigo e da morte. Percebi que esse é o grande atrativo dos brinquedos radicais. Adrenalina vicia. Ficar perto do perigo causa uma energia mórbida que nos deixa em êxtase. E, ironicamente, a impressão da morte é o que muitas pessoas buscam para se sentir mais vivas. O problema é que nem toda atração do tipo passa por manutenções mecânicas ou ensaios, periodicamente.

Nem toda adrenalina se encontra em parque de diversão. O pecado e suas consequências atuam nesse ponto. Não há como saber o que é certo ou errado (pecado) se não houver alguma lei. O limiar entre a vida e a morte, essa adrenalina viciante, é a grande guerra que cada pessoa do planeta participa em seu interior.

Cumprindo o que Deus deseja, a vida será garantida. Mas a lei de Deus (Seus mandamentos), por si só, não pode nos levar à vida plena que Jesus está preparando lá no Céu - pra onde levará os justos quando Ele voltar. A lei apenas nos mostra qual é o caminho a ser seguido neste mundo tão perverso e violento. Jesus é o caminho. "Se me amardes, guardareis os meus mandamentos". João 14:15

O ser humano está condenado à morte. É a lei do pecado, é o preço a ser pago. Há uma esperança diante dessa aparente tragédia: Jesus, na cruz, pagou o preço requerido pelo pecado quando se entregou em sacrifício. Romanos 8:3,4

A morte de Jesus só confirma o caráter amável de Deus, e elimina toda forma de condenação e repreensão para aqueles que desejam se entregar a Deus, permitindo que Ele possa controlar sua vida. Romanos 8:1,2

"Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." Romanos 8:38, 39

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