NEM A MORTE, NEM A VIDA
Jackson
Valoni – Angra dos Reis/RJ
Eu
gritava de medo. A cada descida íngreme da montanha-russa que minha esposa me
fez ir (pela segunda vez) eu berrava apavorado. O nome daquela montanha-russa é
Mako, e o marketing em cima dela é que ela é a "mais rápida, mais alta e
mais longa montanha russa de Orlando".
O
brinquedo simula o ataque de um tubarão (Mako); no caso, o carrinho da
montanha-russa é o próprio tubarão e a gente acompanha o trajeto dele... A
velocidade chega a 118km/h, e a altura, 61m.
Eu
queria registrar alguma coisa das minhas férias aqui, por escrito. Queria
registrar que paguei pra ir num brinquedo que achei que fosse morrer. Queria
registrar também que estou na dúvida sobre o que é mais loucura: andar na Mako
ou ser levado pelo meu pai nos parques de diversão itinerantes do Rio de
Janeiro (com brinquedos nivelados com pedaços de madeira, nível zero de
segurança).
Meu
pai e mamãe iam no Tivoli Park com a gente, quando a gente era criança, mas
mamãe ia sozinha pra montanha-russa porque meu pai tem medo. Sou parecido com
meu pai. O brinquedo que mais gostei de ir durante minhas férias foi o
carrossel.
Não
sabia que minha esposa era tão radical. Não sabia que algum dia iria babar de
tanto medo - imagine-se ser suspenso por 102 metros, depois virar o corpo
inteiro em direção ao chão, e depois despencar? Eu babei, falei fino,
lacrimejei, perdi o prazer pela vida, e por um momento pensei que aquela torre
de mais de cem metros fosse dar defeito justamente na minha vez. Mas eu
despenquei, e foi ótimo. No momento, pedi pra ir de novo, mas fomos a um barco
Viking que gira 360° logo depois.
A
sensação do perigo e da morte. Percebi que esse é o grande atrativo dos
brinquedos radicais. Adrenalina vicia. Ficar perto do perigo causa uma energia
mórbida que nos deixa em êxtase. E, ironicamente, a impressão da morte é o que
muitas pessoas buscam para se sentir mais vivas. O problema é que nem toda
atração do tipo passa por manutenções mecânicas ou ensaios, periodicamente.
Nem
toda adrenalina se encontra em parque de diversão. O pecado e suas
consequências atuam nesse ponto. Não há como saber o que é certo ou errado
(pecado) se não houver alguma lei. O limiar entre a vida e a morte, essa
adrenalina viciante, é a grande guerra que cada pessoa do planeta participa em
seu interior.
Cumprindo
o que Deus deseja, a vida será garantida. Mas a lei de Deus (Seus mandamentos),
por si só, não pode nos levar à vida plena que Jesus está preparando lá no Céu
- pra onde levará os justos quando Ele voltar. A lei apenas nos mostra qual é o
caminho a ser seguido neste mundo tão perverso e violento. Jesus é o caminho.
"Se me amardes, guardareis os meus mandamentos". João 14:15
O
ser humano está condenado à morte. É a lei do pecado, é o preço a ser pago. Há
uma esperança diante dessa aparente tragédia: Jesus, na cruz, pagou o preço
requerido pelo pecado quando se entregou em sacrifício. Romanos 8:3,4
A
morte de Jesus só confirma o caráter amável de Deus, e elimina toda forma de
condenação e repreensão para aqueles que desejam se entregar a Deus, permitindo
que Ele possa controlar sua vida. Romanos 8:1,2
"Porque
estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados,
nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a
profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que
está em Cristo Jesus nosso Senhor." Romanos 8:38, 39
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