Airton Sousa –
Direto de Paciência - Rio
Até hoje sinto
aquela sensação de desespero e tristeza que senti quando recebi a notícia pelo
celular: “O nosso José Carlos faleceu.”.
Não era possível...
Uma pessoa que até ontem estava por aí, dando alegria e servindo a todos, de
repente, por conta de um infarto, morre assim de uma hora para outra. O
desespero que tomou conta de todos foi grande. Os médicos informaram que ele
morreu sentado, enquanto conversava. Foi um ataque fulminante que pegou todo
mundo de surpresa. Os amigos apareceram rápido para nos confortar. Minha irmã
Bete, a viúva, estava inconsolável; meus sobrinhos, desesperados. Que dia
triste! Para nossa família foi uma sensação muito diferente de tudo o que já
havíamos experimentado... Somos uma família enorme, mas não temos histórico de
doença e mortes na família. Nenhum de nós havia, até então, passado um único
dia dentro de um hospital. Foi a primeira vez que nos deparamos com a morte.
Mas tudo muda
quando temos esperança. O caixão deixa de ser apenas uma caixa onde escondemos
os corpos e passa ser um lugar onde o corpo é mantido até que Deus o chame de
volta para a vida. A cerimônia fúnebre é cheia de esperança. Os hinos que
cantamos e as palavras ditas pelos amigos, mesmo emocionados, indicam que
cremos que a morte é passageira e que haverá a ressurreição.
Mas deixa eu te explicar
isso.
Embora muitos
acreditem e digam que “nosso querido está com o Senhor, vivendo na alegria
eterna, e lá de cima ele está cuidando de nós...”, isso não é verdade.
A Bíblia ensina que
a morte é um sono. Ficamos inconscientes: “Os mortos não sabem coisa alguma” (Eclesiastes 9:5). Nossos
pensamentos cessam: “Sai-lhes o espírito e eles tornam ao pó. Nesse mesmo dia
perecem todos os seus planos.” (Salmos 146:4). Não
podemos louvar a Deus: “Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem à
região do silêncio.” (Salmo
115:17).
Os mortos sendo
bons ou maus vão ao túmulo. “Este é um ensino bíblico. A falsa crença de que os
mortos estão conscientes tem levado muitos crentes sinceros a aceitarem ensinos
incorretos.” (Nisto Cremos, página 114)
Mas a história não
termina na morte. Embora o salário do pecado seja a morte, Ele prometeu a vida
eterna em Romanos 6:23: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito
de Deus e a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”.
Por intermédio de
Jesus Cristo, Deus tornou possível a redenção, a vida eterna do homem. “Pelo
que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim
também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.” (Romanos 5:12)
Algum dia este
mundo tremerá novamente. Num piscar de olhos a Terra vai tremer. Corpos
empurrarão a terra e romperão a superfície do mar. E nós ouviremos a voz do pai
chamando seus filhinhos. Todos pelo nome. Será um dia glorioso.
“E quando este
corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se
revestir de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada
foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó
morte, o teu aguilhão?” (I Coríntios 15:54-55).
Eu agradeço a Deus
pela promessa da ressurreição. Nós não tememos a morte, pois cremos que quando
Cristo aparecer para buscar a todos, até nossos queridos que já morreram, todos
ouvirão a voz de Jesus. Os justos mortos e vivos serão glorificados e levados
com Ele.
Que grande dia será
esse! Que esperança maravilhosa! Que conforto para Camila, Carina e Mateus verem
novamente seu pai e abraçá-lo, dizendo: Nunca mais iremos nos separar!
“E Deus enxugará dos
seus olhos toda lágrima...”
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