UM MALUCO NO PEDAÇO
João
Octávio Barbosa – Bento Ribeiro City – RJ
Você
é da geração que passava o começo das tardes vendo as séries do SBT? Ali, entre
a hora do almoço e o eterno “Chaves”, a emissora do Silvio Santos, antes de
começar a preencher a grade de horários com 45 novelas latinas por dia,
costumava passar séries americanas de humor. Uma das que mais duraram foi a
estrelada por Will Smith: “Fresh Prince of Bel-Air”, ou, como divulgada aqui no
Brasil, “Um maluco no pedaço”.
Apesar
de ter sido feita entre 1990 e 1996 nos EUA, só chegou a nosso país em 2000.
Com frequência diária, e por alguns anos, foi criando aquela sensação gostosa
de fazer com que nós até decorássemos os capítulos, tipo o próprio “Chaves” que
falei anteriormente.
Na
série, Will Smith, que ainda era um rapper de pouca fama quando o programa
estreou, optou por usar o seu real nome para dar vida a um personagem que, não
por coincidência, também tinha muito da sua própria personalidade. Saindo de
uma cidade suburbana, com pobreza, ele vai morar na casa dos bem-sucedidos
tios, em Los Angeles, antro do luxo americano.
Ali,
com seus três primos, ele vai se adaptando a uma nova realidade, ao mesmo tempo
em que vai influenciando a família com seu jeito diferente. Vou falar mais
sobre isso mais tarde.
Entre
uma maioria de capítulos voltados apenas para a comédia, a série também aborda
assuntos sérios como o racismo e o abandono paterno. O programa enfrentou seus
próprios problemas internos, como na ocasião em que a personagem Vivian, tia de
Will, foi substituída quando a primeira atriz que a interpretava discutiu com a
estrela do show.
Entre
tantas coisas interessantes, o cerne do programa sempre foi a questão do
“Patinho Feio” que envolvia a presença do Will naquela casa. Embora tenha sido
uma tremenda oportunidade para ele, também foi um aprendizado para todo o resto
da família, pois ele veio trazer um “tempero” diferente e divertido para uma casa
de mauricinhos frios e “metidinhos”.
Vocês
são o sal da terra; e se o sal for sem gosto, para que ele serve? Para nada mais
presta senão para se jogar fora.
Mateus 5:13 (tradução
livre)
Num
mundo de muita gente egoísta e maldosa, nós temos uma obrigação moral de ser
diferentes e levar amor aos meios contaminados pela frieza. Jesus declarou isso
há quase 2000 anos e eu concordo com Ele até hoje.
SPOILER FINAL. A
série foi encerrada há mais de 20 anos, com Will Smith passando a fazer sucesso
nas telonas do cinema. Os demais atores e atrizes da série nunca fizeram nada
de igual magnitude no showbiz. Mas a lição permanece para nós, atualmente.
Donde
quer que saiamos e para onde quer que formos, que sejamos sal nos lugares
sombrios e sem gosto. Que não nos conformemos em nos misturar com as coisas
erradas, mas, sim, tenhamos a capacidade de fazer a diferença para o bem.
Não
peço que concordem, espero que reflitam!
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