quarta-feira, 4 de outubro de 2017

UM MALUCO NO PEDAÇO


UM MALUCO NO PEDAÇO
João Octávio Barbosa – Bento Ribeiro City – RJ


Você é da geração que passava o começo das tardes vendo as séries do SBT? Ali, entre a hora do almoço e o eterno “Chaves”, a emissora do Silvio Santos, antes de começar a preencher a grade de horários com 45 novelas latinas por dia, costumava passar séries americanas de humor. Uma das que mais duraram foi a estrelada por Will Smith: “Fresh Prince of Bel-Air”, ou, como divulgada aqui no Brasil, “Um maluco no pedaço”.

Apesar de ter sido feita entre 1990 e 1996 nos EUA, só chegou a nosso país em 2000. Com frequência diária, e por alguns anos, foi criando aquela sensação gostosa de fazer com que nós até decorássemos os capítulos, tipo o próprio “Chaves” que falei anteriormente.


Na série, Will Smith, que ainda era um rapper de pouca fama quando o programa estreou, optou por usar o seu real nome para dar vida a um personagem que, não por coincidência, também tinha muito da sua própria personalidade. Saindo de uma cidade suburbana, com pobreza, ele vai morar na casa dos bem-sucedidos tios, em Los Angeles, antro do luxo americano.

Ali, com seus três primos, ele vai se adaptando a uma nova realidade, ao mesmo tempo em que vai influenciando a família com seu jeito diferente. Vou falar mais sobre isso mais tarde.

Entre uma maioria de capítulos voltados apenas para a comédia, a série também aborda assuntos sérios como o racismo e o abandono paterno. O programa enfrentou seus próprios problemas internos, como na ocasião em que a personagem Vivian, tia de Will, foi substituída quando a primeira atriz que a interpretava discutiu com a estrela do show.


Entre tantas coisas interessantes, o cerne do programa sempre foi a questão do “Patinho Feio” que envolvia a presença do Will naquela casa. Embora tenha sido uma tremenda oportunidade para ele, também foi um aprendizado para todo o resto da família, pois ele veio trazer um “tempero” diferente e divertido para uma casa de mauricinhos frios e “metidinhos”.

Vocês são o sal da terra; e se o sal for sem gosto, para que ele serve? Para nada mais presta senão para se jogar fora.        
Mateus 5:13 (tradução livre)
         
Num mundo de muita gente egoísta e maldosa, nós temos uma obrigação moral de ser diferentes e levar amor aos meios contaminados pela frieza. Jesus declarou isso há quase 2000 anos e eu concordo com Ele até hoje.

SPOILER FINAL. A série foi encerrada há mais de 20 anos, com Will Smith passando a fazer sucesso nas telonas do cinema. Os demais atores e atrizes da série nunca fizeram nada de igual magnitude no showbiz. Mas a lição permanece para nós, atualmente.

Donde quer que saiamos e para onde quer que formos, que sejamos sal nos lugares sombrios e sem gosto. Que não nos conformemos em nos misturar com as coisas erradas, mas, sim, tenhamos a capacidade de fazer a diferença para o bem.



Não peço que concordem, espero que reflitam!

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