domingo, 13 de agosto de 2017

DIFÍCIL DE ENTENDER, FÁCIL DE ACEITAR


DIFÍCIL DE ENTENDER, FÁCIL DE ACEITAR
Pamela Henriques Moreira – Angra dos Reis/RJ

Tenho a grande impressão de que o Metrô do Rio de Janeiro me traz inspiração para escrever – deveria utilizá-lo mais vezes. Talvez pela diversidade de pessoas contidas em um espaço pequeno e fechado, pelas conversas a respeito de vários assuntos que você ouve mesmo sem querer ser enxerido, pelas pessoas que sem querer você acaba observando sem querer encarar. Tudo serve!

Certo dia, um vendedor ambulante entrou e ofereceu o seu produto, que era cerca de 8 vezes mais barato do que em outros pontos de venda. Você que lê este texto agora e costuma pegar o Metrô, ônibus ou outros meios de transporte, deve estar acostumado com ofertas parecidas. O cara tinha um “slogan” maneiro e eu até ri de canto de boca, achei interessante:

“Não é vergonha comprar barato. A oportunidade pode ser uma só”.

Bem, se minha memória não falha, foi isso o que ele disse, se não, foi algo bem parecido. Eu entendo tal abordagem; há pessoas que desconfiam de ofertas assim, que ficam com um pé atrás – senão os dois.


Não tem como não me lembrar do meu pai. Ele tinha uma particularidade quando se tratava de dar presentes lá em casa. Juro que não entendo até hoje! Quando queríamos algo específico, ele dizia que daria, mas teríamos que levar também o que ele gostou. Minha mãe se dava superbem; queria uma coisa e levava mais para casa. Uma vez, ele cismou que ela deveria levar, além do sapato que ela havia gostado, também outro bem esquisito - tanto que o chamávamos de vaso sanitário ou bidê (é verdade! O sapato tinha um salto bem estranho que se assemelhava com a base de um bidê).

São situações como essas que causam estranheza. Certas ofertas que não entendemos. Assim como é difícil mensurar, entender, muitas vezes, o amor de um pai por um filho.


Ainda não sou mãe e às vezes me pego bem crítica a certas atitudes que ainda não vivencio, sabendo que cada um tem uma experiência única. Mas é de se admirar a abnegação, o sacrifício que os pais fazem por seus filhos.

Afirmo, têm coisas que não entendemos, simplesmente aceitamos. Coisas assim, como nosso Pai Eterno dar Seu Filho para morrer na cruz para nos salvar (João 3:16); Jesus ser sacrificado por filhos ingratos, birrentos. Aceito o sacrifício de Cristo, mesmo que não o entenda. Assim como sempre aceitei os presentes de meu pai, mesmo que não entendesse sua lógica.

Hoje é Dia dos Pais! Meu pai hoje descansa e fica a esperança de vê-lo novamente na volta de Jesus. Minha homenagem, hoje, além de ser para todos os papais dedicados a seus filhos, vai para meu querido sogro; que me adotou como uma filha, é muito dedicado, abnegado e, o mais importante, um homem de fé, que nunca deixou de apresentar Aquele que é Pai de todos nós.

Parabéns a todos os pais! Que não seja só hoje o reconhecimento da dedicação que é diária.

... Eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém! Mateus 28:20


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