sábado, 23 de janeiro de 2016

FIM

EM FEVEREIRO A GENTE VOLTA
COM TEXTOS INÉDITOS E OUTRAS NOVIDADES!!
Até lá, continue com a gente,
refletindo sobre coisas que podem mudar o rumo da sua vida em 2016.
FIM
(Por Jackson Valoni)
Gosto de ir à Paraty. A cidade é diferente, original, excêntrica, maluca e charmosa. Gosto de Paraty pelos carrinhos de doce espalhados pelas ruas de pedra pavimentadas por escravos no século XVIII. Paraty é legal porque quase toda semana tem algum festival de música, teatro, fotografia, gastronomia. A cidade é, praticamente, dedicada a entreter seus moradores e visitantes.
Quando chega a noite, as luzes amarelas pintam as paredes da arquitetura histórica, como se pudéssemos voltar uns 200 anos no tempo.
Paraty têm indígenas que vendem seus artesanatos. Vi um pequeno “indiozinho”, no colo de sua mãe, com uma pulseira em cada punho, feita manualmente, com o símbolo do Corinthians.
Paraty é um local sem padrão de beleza, por isso me sinto tão bem quando vou por lá. Fico de chinelo, short e camiseta, barbudo e despenteado. Pelo menos há um lugar em que estou na moda.
Enfim, me sinto em casa quando vou a Paraty; é divertido e acolhedor.  O povo é simples, a igreja da Matriz embeleza a praça central, os passeios de barco são inesquecíveis e a música fica por toda parte. É uma cidade de poesia.
Infelizmente, na maioria das vezes em que vou a Paraty não é pra aproveitar nada do que eu falei. Como moro na divisa entre Angra dos Reis e Paraty, vou pra lá, muitas vezes, pra pagar conta, assistir audiências pra compor horas de estágio na faculdade, e pra resolver outros problemas burocráticos chatos. A propósito, quis escrever este texto de hoje enquanto ia para o Fórum da cidade. Nessas horas eu penso “de que adianta ficar num lugar tão legal, se não tenho como aproveitar?”.
Paraty é impotente, por si só, para entreter as pessoas.
É o meu frequente paradoxo pessoal. O lugar é lindo e me oferece coisas maravilhosas, mas ir só pra cumprir compromisso é muito chato.

Qual é a finalidade do doce, senão adoçar o paladar? Qual a finalidade de uma cidade senão servir aos seus habitantes? Né? Qual a finalidade do fórum senão tratar de questões relacionadas com a justiça?
Qual é o fim da justiça senão a paz?
“Fim” não é término; é finalidade, objetivo. “Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.” E quantas vezes ouvimos falar que quando Jesus morreu passamos a viver no tempo da graça, e que por isso as leis não valem de mais nada?
Acompanhe comigo:
“Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado, não havendo lei.” (Romanos 5:13)
“Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça; para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor.”
(Romanos 5:20,21)
Seria complicado se nossa salvação dependesse da nossa estrita obediência às leis. Mas é confortante saber que a graça de Deus nos permite ser salvos do pecado. Temos, porém, consciência do pecado porque as leis nos mostram o que é certo e o que é errado. (Romanos 3:20)
A lei é um indicador de justiça, mas é impotente para tornar justas as pessoas.
“Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus. Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” (Romanos 10:3,4)
Graça e lei não se anulam. Fico triste quando dizem que Jesus pôs fim a leis eternas quando Ele morreu na Cruz.
Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas, não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo, até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.” (Mateus 5:17, 18)
Tudo se encaminha para o fim, e não há nenhuma confusão semântica se eu disser que o princípio e o fim estão de mãos dadas. Sim, agora falo sobre o final mesmo. A lei pela lei seria puro legalismo. Tampouco a graça nos tira da responsabilidade de evitar o pecado.
O fim da vida é chegar à Eternidade, pela graça concedida por Cristo Jesus, mediante a fé nEle.
Igreja da Matriz – Paraty/RJ
Está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim.” (Apocalipse 21:6)
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Referências:
http://www.adventistas.org/pt/escolasabatina/2014/05/19/licao-7-cristo-o-fim-da-lei/
http://verdadeemfoco.com.br/estudo.php?id=39

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