terça-feira, 23 de abril de 2019

A VOLTA


A VOLTA
Airton Sousa – Direto de Paciência - Rio

Aconteceu algo muito importante no dia 25 de março de 2016. Naquele dia, além de ter parado de fumar, também foi “o dia da minha volta”.

Mas antes que eu fale realmente sobre isso, preciso de falar de outras voltas.

Eu morei em São Paulo na temporada de 1986 até 2014. Foi uma longa temporada.

Minha mãe, meus irmãos e meus sobrinhos ficaram por aqui e foram crescendo e nascendo outros sobrinhos também e ficando por aqui.

Eu sempre vinha ao Rio ver esse povo todo que eu amo. Vinha de 15 em 15 dias, vinha uma vez por mês, vinha no Natal...

Era sempre aquele alvoroço todas as vezes quando eu vinha ao Rio ver meus irmãos e sobrinhos.

À medida que o ônibus se aproximava do Terminal Rodoviário de Campo Grande meu coração começava a disparar. Eu pensava em quem seria o primeiro a me ver. João Victor sempre me via chegando e saía correndo, avisava que eu estava vindo e voltava para me abraçar.

Depois, vinha o Thiaguinho. Ele era gordinho, vinha correndo e pulava em cima de mim, e quase que a gente caía no chão...

Um pegava minha mala, outro me abraçava, outros falavam meu nome... um ligava para a casa do outro para dizer que eu havia chegado. Era sempre muita festa.
Voltar é sempre bom. Ter alguém à espera é melhor ainda.

Deixe-me contar uma coisa: tinha uma música, do Fagner, que sempre me emocionava... Era a parte da letra que dizia assim: 

“De uma coisa fique certa, amor, A casa vai estar sempre aberta, amor, O meu olhar vai dar uma festa, amor, Na hora que você chegar...”.

Sabe, no dia 25 de março de 2016 eu voltei para o meu primeiro amor. Voltei para Deus. Voltei para a igreja da qual eu fazia parte.
Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender. Lucas 15:7

Essa foi a volta mais feliz da minha vida.

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