A VOLTA
Airton Sousa –
Direto de Paciência - Rio
Aconteceu algo
muito importante no dia 25 de março de 2016. Naquele dia, além de ter parado de
fumar, também foi “o dia da minha volta”.
Mas antes que eu
fale realmente sobre isso, preciso de falar de outras voltas.
Eu morei em São Paulo na temporada de 1986 até 2014. Foi uma longa temporada.
Minha mãe, meus
irmãos e meus sobrinhos ficaram por aqui e foram crescendo e nascendo outros
sobrinhos também e ficando por aqui.
Eu sempre vinha ao
Rio ver esse povo todo que eu amo. Vinha de 15 em 15 dias, vinha uma vez por
mês, vinha no Natal...
Era sempre aquele alvoroço todas as vezes quando eu vinha ao Rio ver meus irmãos e sobrinhos.
À medida que o
ônibus se aproximava do Terminal Rodoviário de Campo Grande meu coração
começava a disparar. Eu pensava em quem seria o primeiro a me ver. João Victor
sempre me via chegando e saía correndo, avisava que eu estava vindo e voltava
para me abraçar.
Depois, vinha o
Thiaguinho. Ele era gordinho, vinha correndo e pulava em cima de mim, e quase
que a gente caía no chão...
Um pegava minha
mala, outro me abraçava, outros falavam meu nome... um ligava para a casa do
outro para dizer que eu havia chegado. Era sempre muita festa.
Voltar é sempre
bom. Ter alguém à espera é melhor ainda.
Deixe-me contar uma
coisa: tinha uma música, do Fagner, que sempre me emocionava... Era a parte da
letra que dizia assim:
“De uma coisa fique
certa, amor, A casa vai estar sempre aberta, amor, O meu olhar vai dar uma festa,
amor, Na hora que você chegar...”.
Sabe, no dia 25 de
março de 2016 eu voltei para o meu primeiro amor. Voltei para Deus. Voltei para
a igreja da qual eu fazia parte.
“Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender.” Lucas 15:7
Essa foi a volta
mais feliz da minha vida.
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