sexta-feira, 30 de novembro de 2018

ENTÃO, CORRA!

ENTÃO, CORRA!
Denize Vicente – Rio de Janeiro - RJ

Todo mundo gosta de ter um amigo que seja bom de papo. Aquele que se você senta com ele um instante sai sempre com uma novidade. Quem não gosta de ter um amigo que tenha viajado muito e sempre tenha experiências pra compartilhar? Aquele que tem as melhores sacadas, que nunca vê só o óbvio, e que sabe traduzir de um jeito claro os grandes enigmas da humanidade? E quem não gostaria de ser esse tipo de amigo?

Paulo era o cara.

Sabia falar, dominava a arte da argumentação, fazia o outro pensar. Amava seus amigos incondicionalmente e cuidava deles. Abraçava as causas nas quais acreditava, vivia com intensidade a sua fé e nāo apenas se comportava como alguém cheio de fé. Fazia o melhor, dava o seu melhor, e se preparava pra isso. Tinha foco e um único alvo e corria pra alcançá-lo. Era o amigo que todos querem e precisam ter. Era assim. Quando eu crescer quero ser que nem Paulo... e acho que ele ficaria bem feliz de me ver pelo menos tentando!

Uma vez ele explicou como é que se faz pra ter um final feliz. Explicou direitinho como é que se vence na vida. Como é que se encara um desafio...

“Numa corrida todos correm, porém só uma pessoa consegue o primeiro prêmio. Portanto, disputem sua corrida para ganhar. Para vencer a competição vocês precisam renunciar a muitas coisas que os impediriam de fazer o melhor que podem. Um atleta faz todo esse sacrifício só para ganhar uma faixa azul ou uma taça de prata, porém nós o fazemos por uma recompensa celestial que nunca perecerá. Portanto, eu corro direto para o alvo, com esse propósito em cada passo. Eu luto para ganhar. Não estou apenas esmurrando uma sombra ou correndo de brincadeira. Eu castigo meu corpo como um atleta faz tratando-o com dureza, treinando-o para fazer o que deve, e não aquilo que ele deseja. De outro modo, eu temo que, depois de ter inscrito os outros para a corrida, eu mesmo seja considerado incapaz, e me mandem ficar de lado.” (I Coríntios 9:24-27)


Se você pudesse se sentar hoje à tarde com Paulo ele ainda falaria muitas outras coisas, mas acho que no final ele voltaria a esse mesmo assunto, o de lutar pra ganhar, cuidar do seu corpo pra vencer a corrida. Disciplina. E abrir mão de coisas que no fundo só nos prejudicam. E acho mais. Acho que antes de se levantar ele ainda lembraria você de que a corrida é pra todos, embora só um consiga o primeiro lugar. E quem não se sacrifica perde o prêmio. Ele lembraria você de que a nossa vida é como uma corrida. Que vale a pena entrar pra vencer. Mas lembraria também que esse sacrifício todo, toda a dedicação, a devoção de fazer o melhor que se pode, quando se trata da corrida pelas coisas do alto, tem prêmio garantido pra todos que alcançarem a linha de chegada.  

Ele contaria pra você: “Fiz o melhor que pude na corrida, cheguei até o fim, conservei a fé. E agora está me esperando o prêmio da vitória, que é dado para quem vive uma vida correta, o prêmio que o Senhor, o justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos os que esperam, com amor, a sua vinda.” (I Timóteo 4:7-8)

E aí, na hora de se despedir, ele lhe daria um abraço e diria: 
“Então, corra!”.

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