A
FLOR DA HONESTIDADE
Larissa Oliveira – Bento Ribeiro
"Conta a lenda que há muitos anos, na
China, um príncipe ia ser coroado imperador. Mas, de acordo com a lei, ele
tinha de se casar. Sabendo disso, o rapaz lançou uma disputa entre todas as
jovens moças do reino que se tinham apresentado.
– Vou dar a cada uma de vocês uma
semente. Aquela que, dentro de seis meses, trouxer a mais bela flor será minha esposa.
O tempo passou e uma das jovens, a mais
humilde delas, apesar de não ter tantas habilidades na arte da jardinagem,
cuidava de sua sementinha com muita paciência e ternura, pois sabia que, se a
beleza da flor surgisse na mesma extensão do seu amor, ela não precisaria ficar
preocupada com o seu resultado.
Os três primeiros meses se passaram e
nada germinou. Ao expirar o prazo determinado, ela nada tinha conseguido, pois
a flor não brotou. Consciente do seu esforço e dedicação, compareceu ao palácio
na data e hora combinadas. Ela era a única cujo vaso de flores estava vazio.
Todas as restantes pretendentes
levaram, cada qual, uma flor mais bela que a outra.
O príncipe observou cada uma das
pretendentes com muito cuidado e atenção, e anunciou que a jovem que trazia o
vaso vazio era a escolhida. Ela seria a sua futura esposa.
Ninguém compreendeu o porquê de ele ter
escolhido justamente aquela que nada havia cultivado! Então, calmamente, ele
esclareceu:
– Esta foi a única que cultivou a flor
que a fez digna de se tornar uma imperatriz, a flor da honestidade; pois todas as sementes que entreguei eram
estéreis.”
Você
já reparou que todo ato de honestidade que cai na mídia ou na rede ganha grande
repercussão e as pessoas são postas num estado de heroínas? É legal por um
lado, mas por outro é meio assustador.
Honestidade
tem a ver com valores adquiridos, moral, dignidade. Ser honesto é respeitar
aquilo que é sagrado dentro de você.
Quando
digo que determinadas repercussões me assustam é porque penso que existe uma
inversão de valores que rebaixa a própria dignidade, fazendo da desonestidade
algo normal e até aceitável.
Algumas
vezes uso a ilustração da “flor da honestidade” para trabalhar valores em sala
de aula, pois vejo uma grande ação para transformar determinados valores em
demasiadas bobagens.
Certa
vez, eu conversava com uma pessoa que vorazmente ofendia políticos e suas
falcatruas. Até aí, compreensível. Em determinado ponto da conversa ela
comentou da quantidade de condicionadores de ar que tinha em sua residência e
como conseguia pagar tão pouco por aquele conforto. Em resumo, a justificativa
era que o Brasil a “obrigava” a ter determinadas atitudes.
Somos
seres humanos e cometemos deslizes mesmo, mas nada, absolutamente nada, pode justificar
um ato desses que é absolutamente responsabilidade individual.
A
honestidade nos mantém em contato com aquilo que temos e somos de melhor, nos
mantém com a consciência tranquila e em conformidade com aquilo que Deus espera
de nós. Existem bênçãos especiais para aqueles que, com humildade e verdade
seguem esses ensinamentos.
“A luz brilha na escuridão para aqueles
que são corretos,
para aqueles que são bondosos,
misericordiosos e honestos.
Feliz aquele que tem pena dos outros e
empresta generosamente
e que dirige seus negócios com
honestidade!
Quem é correto nunca fracassará
e será lembrado para sempre.”
Salmo 112:4, 5 e 6
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