COMO EVITAR
O EMBATE
Denize
Vicente – Recife – PE
Por cerca de
nove meses, um tempo atrás na minha vida, eu precisei conviver com algumas
pessoas bastante hostis. Meu dia, no trabalho, era um total desgaste. Precisei
desenvolver algumas aptidões, como falar baixo, apenas olhar, engolir seco, não
discutir, jamais bater boca. É um exercício. E depois que você aprende, vê o
quanto é importante, o quanto é fundamental.
Dia desses,
por aí, li um texto sobre "Como não discutir". Leia-se: "Como
não contender", ou "Descubra como não se deve discutir", ou
"Aprenda a discutir" - porque
"discussão", na verdade, tem um sentido muito bonito: o de debater,
questionar, defender ou impugnar um tema, um assunto, e, portanto, alguma coisa
bastante legal. Estamos falando de como evitar o embate, a contenda, o combate,
estamos falando de como evitar uma peleja. Como discutir/como não discutir,
nesse sentido.
Segue o
texto:
“1. São necessários dois para discutir. Se não respondermos de volta, não haverá discussão. Simplesmente diga: 'Prefiro não conversar sobre isto agora' e, se necessário, repita essa frase com suavidade mais uma vez. Programe, então, um tempo para falar sobre o assunto no futuro.
2. As discussões se agravam com o volume da voz dos discutidores. O Rei Salomão já nos ensinou em seu livro Mishlei (Provérbios 15:1): 'Uma resposta gentil dispersa a raiva'. Quanto mais violentamente o outro discute, mais serena nossa resposta deve ser. Logo veremos o tom de voz dele/dela diminuir em resposta.
3. Não haverá discussão se concordarmos. Não é nenhum sinal de fraqueza usar as seguintes frases: 'Este é um bom ponto', 'Eu não havia pensado sobre isto' ou 'Você tem toda a razão'! Focalizemos onde podemos concordar, não onde diferenciar.
4. Admitamos quando estivermos errados. Ninguém está sempre totalmente certo. Encontre algo pelo que se desculpar, pelo que se responsabilizar. A outra pessoa se sentirá melhor e poderá até admitir e assumir alguns erros de sua parte.
5. Não acuse ou ataque. Não diga: 'Você disse isto!' ou 'Você fez aquilo!' Façamos perguntas, não declarações. E façamo-las com sinceridade, com a intenção de achar a verdade, e não como uma espada afiada, pronta a cortar a cabeça do oponente.
6. Lembremo-nos de nossa meta! No caso do casamento, queremos harmonia, paz, uma boa atmosfera e amor. Argumentações geram tensão e ansiedade, nunca paz e tranqüilidade. Diga a si mesmo: 'Eu amo minha esposa, amo meus filhos e amo meu dinheiro (divórcios custam montes de dinheiro!)'
7. Não seja tolo em demonstrar falta de respeito ao seu amado(a) e a si mesmo, dizendo coisas que causam mágoas, coisas sem sentido ou sem validade. Você escolheu esta pessoa para ser seu cônjuge. Esta é a pessoa, acima de qualquer outra, que possui as qualidades para ser o seu escolhido/escolhida ente os bilhões de seres humanos pelo planeta.
8. Transforme a disputa em um debate. Não defenda uma posição e sim exponha uma idéia ou problema que precisa ser esclarecido. Pessoas de boa fé, que raciocinam juntas, podem chegar a um denominador comum. Ouça com a mente aberta. Seja um juiz, não um advogado!
9. Pergunte a si mesmo: 'Será que esta discussão realmente vale a pena?' No final, tudo aquilo sobre o que estamos discutindo talvez seja algo trivial. Pode ser que a forma de comunicação que estamos utilizando é que esteja gerando a angústia, a raiva e as demais razões pelas quais estamos discutindo ao invés de debater.
10. O Rabino Issachar Frand, de Baltimore (EUA), em uma de suas palestras sobre este tema, salientou um ponto muito importante para refletirmos: Quando uma pessoa envolvida numa discussão, principalmente sobre assuntos financeiros, grita 'Isto é uma questão de princípios!', muitas vezes o que ela quer dizer é: 'Isto é uma questão de dinheiro!'. Não deixemos que o dinheiro se intrometa e destrua amizades, casamentos e nossos relacionamentos.".
Boas dicas, não?
Pensando
bem, numa época em que tudo é embate, neste nosso Brasil, estude maneiras de debater
ideias de um jeito gentil, educado e sábio.
Pense bem.
Fale bem.
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