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quinta-feira, 19 de abril de 2018

EM BUSCA DE UM MILAGREIRO


EM BUSCA DE UM MILAGREIRO
Eduardo Dudu Santos – Rio de Janeiro/RJ

Nossa vida é assim... Sempre surgem aquelas situações que nos fazem pensar que só um milagre resolveria; há outras em que somos levados a pensar que nem mesmo um milagre daria jeito.

Ouvimos e lemos muitas histórias sobre milagres do passado e do presente e, com certeza, continuaremos a ouvi-las até o final dos tempos, mas, esta semana, revisitei uma história de milagre bastante interessante: a cura de Naamã (II Reis 5). Fiquei meditando sobre ela...

Naamã era leproso, e essa era uma doença incurável, à época. Uma certeza ele tinha: não teria muito tempo de vida. A lepra era uma doença cruel que apodrecia os tecidos das pessoas ainda em vida. Quando ele soube da existência de alguém que poderia ajudar, se lançou ao encalço do profeta como sua última esperança.

Mas, ao encontrar-se com Eliseu, ele se frustra de tal forma que expressa o seguinte: “Eu estava certo de que ele sairia para receber-me, invocaria em pé o nome do Senhor, o seu Deus, moveria a mão sobre o lugar afetado e me curaria da lepra.” (II Reis 5:11). Ele estava desapontado por não ter sido recebido como de costume, por não ter visto manifestações miraculosas e por ter ouvido instruções desagradáveis aos seus ouvidos e simples demais.

Nessa hora, costumamos parar e reprovar a loucura de Naamã, que teria ido embora sem alcançar seu objetivo, seu milagre, apenas porque não via o “mover das mãos”, mas nos esquecemos de nós mesmos, que consideramos “os rios Abana e Farpar” (II Reis 5:12) mais desejáveis do que as instruções que nos são dadas.


Quando chegamos nesse ponto da frustração, Deus sempre dá um jeito de nos fazer ouvir o conselho razoável dos companheiros de Naamã: “Se o profeta mandasse o senhor fazer alguma coisa difícil, por acaso, o senhor não faria? Por que é que o senhor não pode ir se lavar, como ele disse, e ficar curado?”. Apenas precisamos parar e ouvir.

sábado, 28 de maio de 2016

IMPREVISÍVEL


IMPREVISÍVEL
Por Jackson Valoni

Um gambá veio visitar o quintal da minha casa. Até pouco tempo atrás, eu pensava que todos os gambás eram como no desenho dos Looney Tunes - que era bonitão, preto e branco.




As pessoas só se frustram com aquelas coisas sobre as quais criaram expectativas. Gosto muito de uma frase da propaganda da Sul América Seguros: “A vida é imprevisível, e isso é muito bom.”.

São as imprevisibilidades e suas prováveis frustrações que devem motivar as pessoas a superar suas ilusões, juntar forças, serem fortes.

Já fiz tantas besteiras na minha vida... Talvez, se não fosse pelas minhas más ações, ou pelas notícias ruins que já recebi até hoje, não teria forças pra seguir adiante.

Mas esse é o ponto. Tem gente que recupera as forças com a família, no horóscopo, no Psicólogo, em Deus, no cônjuge. Os desafios da vida não podem ser, simplesmente, camuflados com terapias, nem substituídos por outras atividades que ocupem a mente. Desafios não enfrentados transformam-se em traumas, e traumas distanciam as pessoas da real felicidade.

“A vida é imprevisível, e isso é muito bom”... Deus oferece os meios perfeitos para que possamos saber como agir, não só no cotidiano, mas também nas situações mais originais da nossa vida. 



Se as coisas não saem conforme o esperado, que essas experiências possam ser mais um motivo para nos reencontrarmos com Deus, que pode prover soluções tão criativas quanto as situações inusitadas que encontramos pela vida.

"Ah! Senhor, estejam, pois, atentos os teus ouvidos à oração do teu servo e à dos teus servos que se agradam de temer o Teu nome; concede que seja bem sucedido hoje o Teu servo e dá-lhe mercê perante este homem." Neemias 1:11

As nossas energias têm que ser recuperadas, principalmente,  pelo meio inefável, mais sublime e eficaz que existe: Deus!  A fortaleza da minha vida. A quem irei temer? Salmo 27:1

Assim iremos progredir.


domingo, 28 de fevereiro de 2016

O QUE QUEREMOS? E O QUE ELE QUER?


O QUE QUEREMOS? E O QUE ELE QUER?
Por Pamela Henriques Moreira

Quem nunca recebeu de presente algo inesperado, ou melhor, não recebeu o que esperava? Eu me lembrei de quando era bem novinha; era Natal e eu desejava muito ganhar a casa da Barbie, artigo de luxo, casinha com todas as funcionalidades que uma criança "precisava". Fiquei feliz quando vi que aquela caixa grande era para mim. Qual foi minha desilusão quando, ao abrir aquela caixa de presente, vi um cachorro branco de pelúcia!

Muitas vezes nos sentimos desiludidos, justamente porque criamos uma ilusão. Almejamos algo, criamos expectativas... e na hora, nada. Gosto muito da palavra “esperança”; diferente da expectativa, que é contar com algo que ainda não aconteceu, esperança é crer na possibilidade, mesmo que tudo indique o contrário. Não há desilusão.

Eu quero muitas coisas na minha vida, na área pessoal, profissional e espiritual. Algumas dependem de mim, outras dependem de fatores externos. Não temos 100% de controle sobre os acontecimentos.

"Tudo posso nAquele que me fortalece." (Filipenses 4:13)

Tudo? Nem tudo o que eu quero eu posso, nem tudo que eu posso eu devo; e nem tudo o que eu posso eu faço. Sim, Deus estará conosco em momentos difíceis. Paulo, ao escrever o texto, não estava relatando realizações ou conquistas, mas falando como Deus o fortaleceu diante das adversidades. Quis dizer que podemos ser humildes aceitando ajuda quando precisarmos; podemos nos contentar e alegrar no Senhor apesar das dificuldades.

Eu quero, você quer, mas... e Deus?

"O Senhor já nos mostrou o que é bom, ele já disse o que exige de nós. O que ele quer é que façamos o que é direito, que amemos uns aos outros com dedicação e que vivamos em humilde obediência ao nosso Deus." (Miqueias 6:8)

Deus não pede muito de nós. Ele quer que O amemos de todo coração e que amemos nosso próximo. (Mateus 22:37-39 e Êxodo 20:1-17).

Obedecê-lO não depende de nosso entendimento intelectual, mas de nosso desejo de cumprir Seus mandamentos, crendo na certeza de que Ele quer o nosso bem e que nunca nos dará fardos pesados.

Tudo posso naquele que me fortalece? Sim, desde que Deus permita.

Eu ganhei um cachorro de pelúcia. Talvez não tenha ficado tão feliz na hora, mas dormi quase a noite toda agarrada naquele bicho fofinho, até saber que meu pai o tirou de mim para que eu dormisse melhor. Quase me esqueci de contar: na mesma noite, ganhei uma Barbie de brinde.

Podemos não entender os propósitos de Deus em nossa vida enquanto estamos desapontados ou frustrados. Às vezes, parece que uma eternidade passou e você ainda não conseguiu sair do buraco, mas Ele quer o nosso melhor e também espera nossa entrega. Eu não ganhei o que queria, provavelmente porque era o melhor que meus pais podiam dar naquele momento, mas, como criança, eu soube apreciar o que ganhei.

Que possamos nos sentir fortalecidos por Deus, mesmo que pareça que levamos uma rasteira da vida; e que sigamos conforme Sua vontade.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

NEM TUDO QUE RELUZ É OURO

NEM TUDO QUE RELUZ É OURO
(Por Denize Vicente)

Quantas vezes durante este ano você esteve do lado certo, se viu fazendo a coisa certa, do jeito certo, ao mesmo tempo em que viu gente se colocando do lado errado, fazendo a coisa errada e do jeito mais errado possível? Triste, porque percebeu que aqueles que fizeram tudo errado estavam se dando bem, e que tudo estava dando errado pra você que tinha feito as coisas direitinho, você olha pro céu e pergunta: - Como assim, Deus? Como assim? Não estou entendendo nada!

Tentado a sentir amargura, sem encontrar resposta para cada “por quê?”, o homem, muitas vezes, é tomado pela raiva, ou pela depressão, por sentimentos de inveja e desgosto... mesmo as pessoas mais sinceras e justas agem com revolta ou insensatez.

Eu estava lendo a letra de uma das doze músicas compostas por Asafe, um músico da antiguidade. A certa altura ele diz mais ou menos assim:

Quando o meu coração estava amargurado
e no íntimo eu sentia inveja,
agi como insensato e ignorante;
minha atitude para contigo era a de um animal irracional...”

Ele ‘tava falando isso pra Deus.
Conhecer a história que envolve a composição de u’a música é sempre muito interessante. Eu, pelo menos, gosto muito. As músicas passam a ter um sentido mais forte e começam a ter maior significado, pra mim...

Pois bem.
Asafe viveu um momento de crise existencial, por assim dizer, numa fase da sua vida. Exatamente porque estava se deparando com aquela triste realidade: os maus tendo sucesso, os arrogantes prosperando. E ele, nada! Então, teve inveja. Ficou sem norte, tonto, irritado, revoltado com a falsa impressão de que seu cuidado em ser justo e correto não lhe rendia absolutamente nada.

Quantas vezes na sua vida você viveu a mesma experiência? Quantas vezes, neste último ano, olhou pro lado e viu alguém todo errado prosperar e se dar bem, enquanto você, sendo honesto, não arruma emprego, não tem a saúde que desejaria ter, sofre, e parece que é castigado todas as manhãs? Qual foi a última vez que você sentiu a espécie de inveja e aflição que Asafe sentiu?

“(...) quase perdi a confiança em Deus porque fiquei com inveja deles.

Asafe. Essa música traz a expressão da sua amargura. A dor de alguém que pergunta sem encontrar resposta: “Que tipo de Deus é esse incapaz de ouvir a voz dos Seus próprios filhos chamando?”.

E no meio dessa crise toda ele sai pra pensar. Vai meditar. A música que compôs é um relato, digamos, do tempo em que ele ficou meditando... A letra completa você encontra na Bíblia (Salmos 73).

Nos versos 16 e 17 ele diz assim:
“Então eu me esforcei
para entender essas coisas,
mas isso era difícil demais para mim.
Porém, quando fui ao teu Templo, entendi
o que acontecerá no fim com os maus”.

Em outra versão:
“Quando tentei entender tudo isso,
achei muito difícil para mim,
até que entrei no santuário de Deus,
e então compreendi o destino dos ímpios.”

O santuário, entendiam os israelitas, e Asafe era um levita, não era, exclusivamente, o templo construído, aquele espaço físico. Templo significava a própria presença de Deus, e eu acho que foi nesse sentido que Asafe “entrou no santuário”. As coisas começaram a fazer sentido pra ele quando ficou a sós com Deus. Ele e o seu Deus. Pronto. De repente, a mente foi ficando clara para que percebesse que “nem tudo que reluz é ouro”.


Às vezes, ou melhor, muitas vezes, pra compreender certas coisas é preciso que a gente saia do meio do burburinho, do fogo cruzado, do ambiente em que a gente vive. Pra falar com Deus sem interferências, e ouvi-lo. Não se trata de ficar sozinho “para ouvir a sua voz interior”, não é mera introspecção, autoavaliação, reflexão filosófica, porque, como ele disse: “em só refletir para compreender isso, achei mui pesada a tarefa para mim...”. O lance é “entrar no santuário”.

É aí, então, que ele se toca de que tinha sido levado pela falsa impressão de que aquele brilho na vida dos ímpios era ouro. Asafe entende que, “na verdade, Deus é bom (...), ele é bom para aqueles que têm um coração puro”. Esses são os primeiros versos da música, mas se você não conhecesse a história toda, não saberia o quanto o cara sofreu pra ter essa certeza e escrever isso logo de cara.

Então, fica combinado assim: na próxima vez em que você for tomado por sentimentos de amargura e não compreender as coisas que estão acontecendo, “entre no santuário”; e só saia de lá quando tiver suas respostas. E, de repente, quem sabe... a letra da sua próxima música!