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domingo, 11 de setembro de 2016

“TETELESTAI”

“TETELESTAI”
Por Eduardo Santos

Não achei que passaria por uma situação que tornasse essa expressão tão significativa para mim. A primeira vez que a ouvi, como realmente é, foi este ano; então, não se sinta acanhado por não saber seu significado. “Tetelestai” é uma palavra grega utilizada por Cristo na cena de sua crucificação, quando estava prestes a expirar. Foram Suas últimas palavras (João 19:30). Era uma palavra usada em transações comerciais e significava que o débito estava pago.1


 
Passei muitos dias me dedicando com afinco à minha monografia, conhecida por muitos como “TCC”. Tive muitos problemas comuns a esse trabalho e outros que preferia não ter enfrentado, mas nem tudo acontece da forma que desejamos. Só Deus sabe, efetivamente, quantas vezes pensei em “chutar o balde” - umas duas ou três vezes por dia, talvez. Mas, enfim, o trabalho foi encerrado, e graças a Deus. A sensação de término, de cumprimento das responsabilidades, é indescritível – mesmo sabendo que escrevo este texto antes da apresentação. Talvez, depois da apresentação, eu me sinta ainda mais aliviado do peso.


Uma coisa que ouvi muitas vezes enquanto passava pelos meus momentos de estresse era: “Vale a pena encarar essa situação? No final, o sofrimento vai compensar? Se for, aguenta mais um pouco que ele acaba!”. 
Isso costumava me tranquilizar, pois eu sabia que valia a pena; afinal, esse trabalho era um símbolo da conclusão de um curso no qual lutei para conseguir ingressar, e era sobre um assunto que eu gostava, e ainda gosto, muito.


Os relatos bíblicos contam que Jesus passou por um momento angustiante antes de Sua entrega como sacrifício em nosso lugar. O estado emocional de Cristo estava tão alterado que Ele passou pela experiência de suar sangue. Ele chega a pedir ao Pai que passasse dEle aquela tarefa, se fosse possível, mas encerra Sua oração dizendo as palavras: “Que seja feita a Tua vontade”.

Quando Cristo afirma na cruz que havia pago o preço, estava dizendo que suportara algo por um propósito maior. Que existia algo que O motivava a dar prosseguimento em circunstâncias desfavoráveis. Pra ser mais exato, você e eu somos o motivo de Ele ter suportado até o fim. O valor imputado a cada um de nós é dimensionado pela Sua aceitação de suportar a pior angústia, a situação mais indesejável, algo que nunca havia experimentado: estar separado do Pai por causa da imensidão de pecados que Ele carregou sobre si.


Eu aguardo com imensa ansiedade o dia no qual poderei fitar os olhos de Cristo e agradecer por não ter desistido de mim, por ter estimado meu preço além do custo que precisava pagar para me ter de volta. Outro desejo é encontrar você nesse mesmo dia, para juntos sermos levados às mansões celestiais. Mas isso depende de você... E então? Topa o encontro?

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Referência:

1.    Tetelestai - Dicionário Bíblico. Disponível em: <http://www.bibliaonline.net/dicionario/> - acessado em 10.08.2016.

sábado, 31 de outubro de 2015

ZÉ-NINGUÉM


ZÉ-NINGUÉM
(Por Jackson Valoni)

Lembro-me do meu primeiro dia de aula na faculdade. Os alunos arrumaram as cadeiras em formato de círculo e os professores se juntaram a nós. O coordenador do curso pediu para que os alunos se apresentassem e dissessem o porquê de terem escolhido o curso de Direito.

Eu me lembro muito bem daquilo. Alguns colegas tinham parentes trabalhando na área jurídica, juízes, serventuários... Outros disseram que sempre gostaram da carreira, diziam que o teste vocacional havia apontado para aquilo. Minha vez estava chegando... nunca tinha me perguntado o porquê de estudar Direito. Queria ser jornalista, publicitário, contar piada, sei lá... Minha vez. Respondi: "Pra fazer concurso público e ganhar dinheiro".

Eu imagino como Jesus chamou os 12 discípulos. Eram uns zés-ninguém em sua maioria. Pescadores, cobradores de impostos, talvez mal soubessem escrever ou se expressar. Jesus chamou Pedro para ser Seu discípulo como se fosse uma intimação: "Não tenha medo! De agora em diante você será pescador de homens." (Lucas 5:10)

Os discípulos tiveram medo, são humanos. Mas pescaram muitas pessoas. Ganharam muitas pessoas pra Jesus!

Eu acredito que Deus está ao lado dos Seus filhos. Acredito que Deus está cuidando de mim, mesmo que, à primeira vista, eu não tenha vocação nenhuma pra estudar Direito; mas tenho certeza de que não entrei nesse curso por acaso.

Quando Deus chama você pra fazer alguma coisa, confie! Ter medo e ficar preocupado é inevitável.

"O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre." (Lucas 6:40)

Que Deus seja nosso mestre, e que possamos confiar nos planos dEle para a nossa vida. O cristão deve se espelhar no seu maior professor: Jesus! Deus está no controle, sempre!

quarta-feira, 22 de abril de 2015

O MELHOR ALVEJANTE DO MUNDO


O MELHOR ALVEJANTE DO MUNDO
(Por Eduardo Santos)

Um dia desses estava repassando na cabeça uns momentos legais que vivi dentro da faculdade, coisa de quem começa a sentir falta de algo que está próximo do fim, e me lembrei de uma aula experimental na qual falamos sobre corantes. O tema da aula não era, especificamente, sobre corantes, mas sobre estabilidade e métodos de remoção deles. Achei aquele tema interessante, pois teria uma aplicação vasta na minha vida pessoal. Afinal, já bati o "record" de roupas manchadas que não conseguia recuperar.

Há algum tempo, creio que uma das sugestões para resolver problemas com manchas seria um bom molho em água sanitária (solução aquosa de hipoclorito de sódio), mas esse artifício caiu em desuso, ou passou a ser menos usado, para dar lugar aos novos e potentes alvejantes, com a proposta de utilizarem o poder do O2 (oxiespuma ou qualquer outro nome referente ao oxigênio) e de serem mais ecológicos por não produzir gás cloro.

Aprendi bastante coisa naquele dia de aula. A principal foi que o grande responsável pelo branqueamento não é o oxigênio; ele acaba levando a fama de uma substância bem menos conhecida: o percarbonato de sódio (2Na2CO3.3H2O2). Opa... tomou um susto com essa mistura de letras e números? Não se desespere! Talvez fique um pouco mais fácil de identificar alguma coisa conhecida, nem que seja uma pequena parte, se eu disser seu outro nome, veja se isso ajuda: peróxido de carbonato de sódio. Ajudou?

Na verdade, quem realiza o branqueamento são espécies muito reativas produzidas pelo H22 - a água oxigenada presente no percarbonato de sódio que contém o oxigênio em sua composição. Talvez essa confusão seja apenas uma tentativa de simplificar algo não tão simples que deu origem a esta história. Assim como àquela dos shampoos sem sal, mas isso ‘daria pano pra manga’, fica para outro dia!

Não sei se você ainda se lembra, mas, alguns dias atrás, eu contei que minha cor favorita era o vermelho. Curiosamente, essa sempre foi a que mais me deu trabalho para remover. Simplesmente, porque ela não sai; se transforma em outra. Pensando em coisas que “grudam” e “não desgrudam” não importando o esforço que façamos, me lembrei de uma frase de Paulo que diz o seguinte: “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.” (Romanos 7:19-20).

A associação veio quase que instantaneamente, pois logo me lembrei de um texto bíblico que fala assim: “Vinde então, e argui-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.” (Isaías 1:18). Engraçado, entre mim e o profeta Isaías existem alguns milênios de diferença, mas temos o mesmo problema com corantes vermelhos.

Há umas três semanas, tentei tirar uma mancha dessa cor com o auxílio de um dos alvejantes que temos à venda. Não deu muito certo; passei a ter uma mancha rosa ao invés de vermelha. Tendo ou não problemas com corantes avermelhados, todos nós lutamos com o pecado que habita em nós e lutaremos até que Cristo volte para erradicá-lo. Mas continuar manchado enquanto isso não acontece é escolha nossa, pois o alvejante infalível Ele mesmo oferece. E faz questão de reforçar em várias partes da Bíblia que está disposto a aplicá-lo em nossa vida, afinal, “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” (I João 1:9).

Como última reflexão, deixo este texto que fala sobre o nível de esquecimento de Deus em relação aos nossos pecados após uma confissão sincera de nossa parte e seu perdão: “Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniquidade, e que passa por cima da rebelião do restante da sua herança? Ele não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na sua benignidade. Tornará a apiedar-se de nós; sujeitará as nossas iniquidades, e tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar.” (Miqueias 7:18-20).

Eu, na minha curiosidade, fui procurar o ponto mais profundo no oceano que o ser humano, em sua parca capacidade, foi capaz de alcançar e descobri que o local se chama “Trincheira de Mariana”, localizada a 11 km da superfície. Essa metáfora foi utilizada só para nos fazer entender que para Deus nossos pecados deixam de existir após seu perdão. É, literalmente, receber uma folha em branco e recomeçar do zero. Apesar de ser inconcebível para nós, esse perdão é real e todo nosso, basta pedirmos!