quinta-feira, 2 de julho de 2020

O PORÃO DA MINHA ALMA



O PORÃO DA MINHA ALMA
Larissa Oliveira – Bento Ribeiro – Rio de Janeiro - RJ            

          Bem aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.
Mateus 5:8

A sexta bem-aventurança do Sermão do Monte revela uma sequência importantíssima na experiência de quem decide dar uma chance pra Jesus. É uma consequência de uma vida que reconhece que nosso coração precisa estar em harmonia com o que aparentamos e dizemos.

Em Provérbios 4:23 está escrito: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.”.

Em outra tradução encontramos o significado do coração:

“Tenha cuidado com o que você pensa, pois a sua vida é dirigida pelos seus pensamentos. Nunca fale mentiras, nem diga palavras perversas. Olhe firme para a frente, com toda a confiança; não abaixe a cabeça, envergonhado. Pense bem no que você vai fazer, e todos os seus planos darão certo.” - Provérbios 4:23 a 26 (NTLH).

A nossa mente controla nossa vida. Toda ação é precedida de um pensamento. O que vemos, ouvimos, ou seja, aquilo que nos nutre, é o que nos forma.

Por isso Davi pediu um coração puro, no Salmo 51 (verso 10). Ele sabia que teria felicidade se tivesse um coração (mente) carregado das ideias e ideais divinos a seu respeito. Você se lembra da primeira bem-aventurança? Esse é um desejo espiritual e é necessário entender que ter um coração puro não é ter uma vida sem falhas. Ter um coração puro é se permitir ser melhor a cada dia. É dar acesso a Jesus a sua mente e estar atento às Suas instruções. Nós somos transformados à medida que, genuinamente, contemplamos o caráter dos seres celestiais. Não se engane, pois esse é um exercícios que dura a vida inteira, mas esses são os que verão a Deus... Isso é ser puro de coração.

Compartilho com você um texto para reflexão e aqui já me despeço com um forte abraço!

“Nas minhas orações noturnas, quando tento contabilizar os pecados do dia, nove em dez vezes pequei contra a caridade: pelo acabrunhamento, pela irritação, pelo escárnio, pelo desdém ou pelo destempero. A desculpa que surge de imediato em minha mente é que a provocação foi súbita e inesperada demais; fui pego com a guarda baixa, não tive tempo para me prevenir. Isso até pode servir como atenuante para aqueles atos particulares, que seriam muitíssimo piores se cometidos de forma deliberada e premeditada. Por outro lado, será que o que um homem faz quando é pego com a guarda baixa não é o melhor sinal de que tipo de homem ele é na realidade? Não é a verdade que sempre se evidencia quando o homem não tem tempo de vestir seu disfarce? Se existem ratos no porão, a melhor maneira de apanhá-los é entrando no local de sopetão. A entrada repentina não cria os ratos, apenas os impede de se esconder. Da mesma forma, a rapidez da provocação não faz de mim um homem mal-humorado; simplesmente mostra o quão mal-humorado eu efetivamente sou. O porão está sempre cheio de ratos, mas, se chegamos fazendo barulho, eles têm tempo de buscar um esconderijo antes de acendermos a luz. Pelo jeito, os ratos do ressentimento e da vingança moram no porão da minha alma."
C. S. Lewis, Cristianismo Puro e Simples.
         
Próxima bem-aventurança: Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus. Mateus 5:9

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