O
PORÃO DA MINHA ALMA
Larissa Oliveira – Bento Ribeiro – Rio de
Janeiro - RJ
Bem
aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.
Mateus 5:8
A
sexta bem-aventurança do Sermão do Monte revela uma sequência importantíssima
na experiência de quem decide dar uma chance pra Jesus. É uma consequência de
uma vida que reconhece que nosso coração precisa estar em harmonia com o que
aparentamos e dizemos.
Em
Provérbios 4:23 está escrito: “Sobre tudo
o que se deve guardar, guarda o teu coração,
porque dele procedem as fontes da vida.”.
Em
outra tradução encontramos o significado do coração:
“Tenha cuidado com o que você pensa,
pois a sua vida é dirigida pelos seus pensamentos. Nunca fale mentiras, nem
diga palavras perversas. Olhe firme para a frente, com toda a confiança; não
abaixe a cabeça, envergonhado. Pense bem no que você vai fazer, e todos os seus
planos darão certo.” - Provérbios 4:23 a 26 (NTLH).
A
nossa mente controla nossa vida. Toda ação é precedida de um pensamento. O que
vemos, ouvimos, ou seja, aquilo que
nos nutre, é o que nos forma.
Por
isso Davi pediu um coração puro, no Salmo 51 (verso 10). Ele sabia que teria
felicidade se tivesse um coração (mente) carregado das ideias e ideais divinos
a seu respeito. Você se lembra da primeira bem-aventurança? Esse é um desejo
espiritual e é necessário entender que ter um coração puro não é ter uma vida
sem falhas. Ter um coração puro é se permitir ser melhor a cada dia. É dar
acesso a Jesus a sua mente e estar atento às Suas instruções. Nós somos
transformados à medida que, genuinamente, contemplamos o caráter dos seres
celestiais. Não se engane, pois esse é um exercícios que dura a vida inteira,
mas esses são os que verão a Deus... Isso é ser puro de coração.
Compartilho
com você um texto para reflexão e aqui já me despeço com um forte abraço!
“Nas minhas orações noturnas, quando
tento contabilizar os pecados do dia, nove em dez vezes pequei contra a
caridade: pelo acabrunhamento, pela irritação, pelo escárnio, pelo desdém ou
pelo destempero. A desculpa que surge de imediato em minha mente é que a
provocação foi súbita e inesperada demais; fui pego com a guarda baixa, não
tive tempo para me prevenir. Isso até pode servir como atenuante para aqueles
atos particulares, que seriam muitíssimo piores se cometidos de forma
deliberada e premeditada. Por outro lado, será que o que um homem faz quando é
pego com a guarda baixa não é o melhor sinal de que tipo de homem ele é na
realidade? Não é a verdade que sempre se evidencia quando o homem não tem tempo
de vestir seu disfarce? Se existem ratos no porão, a melhor maneira de
apanhá-los é entrando no local de sopetão. A entrada repentina não cria os
ratos, apenas os impede de se esconder. Da mesma forma, a rapidez da provocação
não faz de mim um homem mal-humorado; simplesmente mostra o quão mal-humorado
eu efetivamente sou. O porão está sempre cheio de ratos, mas, se chegamos
fazendo barulho, eles têm tempo de buscar um esconderijo antes de acendermos a luz.
Pelo jeito, os ratos do ressentimento e da vingança moram no porão da minha
alma."
C. S. Lewis, Cristianismo Puro e
Simples.
Próxima
bem-aventurança: Bem-aventurados os
pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus. Mateus 5:9
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