OS
QUE CHORAM
Larissa Oliveira – Bento Ribeiro - Rio
de Janeiro - RJ
“Pois a tristeza que é usada por Deus
produz o arrependimento que leva à
salvação [...]”
II Coríntios 7:10
Em
um jantar de Páscoa (Mateus 26), Jesus se reuniu com Seus discípulos e fez
algumas predições bem específicas. Uma delas deixou Pedro um tanto quanto
perturbado.
Jesus
disse que naquela mesma noite Pedro O negaria três vezes, e tudo isso antes que
o galo cantasse. Logo após essas palavras, Pedro disse: “Eu nunca vou dizer que
não O conheço, mesmo que eu tenha de morrer com o Senhor!”.
Eu
fico pensando no que poderia estar passando na mente e no coração de Pedro
quando ouviu as palavras de Jesus, e depois, quando disse que nunca faria tal
coisa. Creio que Pedro achou que isso era algo impossível de acontecer. Eles
eram tão amigos! Ele não hesitou quando Cristo o chamou para ser pescador de almas. Ele andou sobre as
águas e se lembrava do olhar do seu amigo Jesus. Ele sempre estava disponível
para qualquer reunião ou convocação de Jesus. Negá-lO... Impossível!
Jesus
foi preso ainda naquela noite. Levado por soldados parecia um prisioneiro
comum. Não parecia Aquele homem aclamado, que fazia milagres e acalentava a
alma com Suas sábias palavras. Não parecia um homem capaz de usar Seu poder
para se livrar das correntes que O prendiam e O arrastavam. Estaria Pedro
enganado sobre o Messias? Ou será que Pedro ainda não tinha entendido a missão
de Jesus, naqueles três anos e meio de convívio? A verdade é que Pedro teve
medo. E assim como Cristo disse, ele O nega por três vezes e logo após o galo
canta.
O
texto bíblico de Lucas 22 relata que no momento em que o galo cantou os olhares
de Jesus e Pedro se encontraram e Pedro lembrou das palavras preditas por Ele
horas antes, naquele jantar: “Hoje, antes que o galo cante, você dirá três
vezes que não me conhece.”. E logo após Pedro saiu dali e chorou amargamente.
Quando
Jesus proferiu a segunda bem-aventurança: Bem-aventurados
os que choram, porque eles serão consolados (Mateus 5:4), Ele não estava se referindo, no caso, àquela tristeza
particular, causada por motivos pessoais. Ele estava se referindo a uma
tristeza pelo pecado cometido. Essa bem-aventurança está intimamente ligada à primeira.
Humildade para reconhecer e lamentar pelas más obras e sentimentos que ferem a
Deus a ponto de sentir uma profunda tristeza - que leva ao arrependimento e à mudança
de comportamento. “Não vivam como vivem
as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma
completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus,
isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.” Romanos 12:2
Sempre
que releio a negação de Pedro e aqueles entreolhares com Jesus penso que uma
espada transpassou o coração de Pedro. E que nenhuma história ilustra tão bem
Mateus 5:4.
O
consolo de Pedro vem, quando já ressuscitado, Jesus o pergunta por três vezes
se ele O amava (João 21). E por três vezes Pedro teve a oportunidade de dizer: “Sim,
Senhor. Tu sabes que te amo!”.
Pedro
se tornou um dos maiores apóstolos de Cristo nesta Terra, espalhando a mensagem
de arrependimento, salvação e felicidade eterna.
Felizes
são os que choram, pois esses terão a oportunidade de ser consolados por Jesus.
Próxima bem-aventurança:
Bem
aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.
Mateus 5:5
Um
forte abraço!
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