sexta-feira, 26 de junho de 2020

É DIVERTIDO FAZER O IMPOSSÍVEL


É DIVERTIDO FAZER O IMPOSSÍVEL
Denize Vicente – Em casa – Rio de Janeiro – RJ

Walt Disney dizia que é divertido fazer o impossível.

Há muitos modos de ver uma situação, encarar um fato, perceber a realidade.

Dar de cara com a dificuldade e dizer que não é possível mudar é o modo mais fácil de viver. O menos divertido, também. O mais sem graça.

Há diversos modos de viver a vida. Resignar-se quando se pode tentar de novo não é o melhor deles. Desistir quando se sente fraco nem de longe é o mais indicado. Tem o jeito fácil, o difícil e o jeito impossível.


Há certo risco em viver. Existe a dor, a morte, a violência, há o desprezo e a indiferença... Mas existe o amor, como força motriz. Amor à vida, amor ao próximo, amor pelo novo, pelo recomeço. Não sei se você percebe onde eu quero chegar, mas existem dificuldades que servem de estorvo para a felicidade da gente ou podem ser um acesso para a vitória. Depende de nós; do nosso modo de enxergar as coisas e reagir a elas.

Se você viver dizendo que as coisas vão ficar ruins, tem uma enorme chance de se tornar um profeta. Deveríamos assumir toda a responsabilidade por nossas convicções, nossos atos e nossas reações. Se não podemos controlar o mundo, o comportamento das outras pessoas, o que elas dizem e fazem, temos, por outro lado e em nossas mãos, o controle das nossas próprias atitudes. Catástrofe ou vantagem. Depende do modo como se vê. Depende, ainda mais, da nossa reação. Não é nada proveitoso encarar-se apenas como vítima, se é possível reagir. E quando é impossível, aí, como diria Walt Disney, é divertido.

Embora o sol nunca se apague, algumas vezes ele está escondido atrás das nuvens. Outras horas está do outro lado do mundo. Mas sempre vai estar lá, não duvide. Há um tempo para o dia, outro para a noite. Há um tempo certo para cada coisa. Ms sempre é tempo de procurar ser feliz e viver o melhor que se pode, como dizia Salomão, o homem mais sábio do mundo.

“Tudo neste mundo tem o seu tempo;
cada coisa tem a sua ocasião.
Há tempo de nascer e tempo de morrer;
tempo de plantar e tempo de arrancar;
tempo de matar e tempo de curar;
tempo de derrubar e tempo de construir.
Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar;
tempo de chorar e tempo de dançar;
tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las;
tempo de abraçar e tempo de afastar.
Há tempo de procurar e tempo de perder;
tempo de economizar e tempo de desperdiçar;
tempo de rasgar e tempo de remendar;
tempo de ficar calado e tempo de falar.
Há tempo de amar e tempo de odiar;
tempo de guerra e tempo de paz.
(...)
Então entendi que nesta vida tudo o que a pessoa pode fazer é procurar ser feliz e viver o melhor que puder.”

Viver o melhor que se pode é também viver com respeito ao outro e cuidar não apenas de si mesmo. Não se esqueça disso.



quarta-feira, 24 de junho de 2020

MISERICÓRIDA = COMPAIXÃO E GRAÇA


MISERICÓRIDA = COMPAIXÃO E GRAÇA
Larissa Oliveira – Bento Ribeiro – Rio de Janeiro - RJ            

Em determinada ocasião um doutor da lei, ou seja, um estudioso das escrituras sagradas, perguntou para Jesus o que poderia fazer para herdar a vida eterna. Porém, não perguntou isso por desconhecimento, já que era um doutor da lei; o texto bíblico relata que ele estava testando a Jesus. (Lucas 10:25).

Jesus o responde com outra pergunta: “Que está escrito na lei? Como lês?” (Lucas 10:26).

E o doutor responde o texto muito bem decorado: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.” (Lucas 10:27).

− Exato! Disse Jesus. − Faça isso e você viverá. (Lucas 10:28).

Não satisfeito, e por saber de sua incapacidade em cumprir a lei, o doutor tenta se justificar fazendo uma nova pergunta: “[...] E quem é o meu próximo?” (Lucas 10:29).

Nesse momento Jesus conta uma das parábolas mais conhecidas da bíblia. Parábola que ensina sobre amor e misericórdia e que está descrita em Lucas 10:30 a 35.

Quando um viajante foi assaltado e quase morto no caminho de Jerusalém a Jericó a imagem do sacerdote no trajeto deveria trazer esperança. A imagem de um levita no trajeto também deveria trazer esperança. Pois eram pessoas altamente religiosas e respeitadas na sociedade judaica. Mas os dois se desviaram do caminho e se esquivaram de qualquer responsabilidade; não tiveram o mínimo de compaixão.

Um homem de Samaria, um povo que por razões antigas mantinha severas rivalidades com os judeus e que no contexto da visão judaica deveria representar a desesperança pra aquele pobre viajante, também aparece no trajeto. Com a falha do sacerdote e do levita em cumprir os requisitos fundamentais da Lei de Deus, foi exatamente o samaritano quem cumpriu. Demonstrando compaixão e misericórdia por aquele ser humano.


A misericórdia é um profundo sentimento de empatia. É uma característica do próprio Deus que Ele deseja imprimir em nós.

“O Senhor é clemente e cheio de compaixão, tardio em irar-se e grande em misericórdia. O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias são sobre todas as suas obras.”
Salmo 145:8-9.

Jesus termina a parábola perguntando ao doutor da lei quem foi o próximo do homem ferido. E ele respondeu: “O que usou de misericórdia para com ele.” E Jesus completa: “Vai, e faze da mesma maneira.” (Lucas 10:37).

          Bem aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. Mateus 5:7

Jesus estava falando da essência da sua Lei. As boas obras serão consequências de um coração que entendeu o que é ser humano. De um coração que entendeu e entende que Deus é tão misericordioso conosco e que a vontade dele é que possamos compartilhar essa misericórdia que nos alcançou. Ler Mateus 18:23 a 33.

Próxima bem aventurança: Bem aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus. Mateus 5:8
         
Um forte abraço!

terça-feira, 23 de junho de 2020

PIPA AVOADA


PIPA AVOADA
Airton Sousa – Direto de Paciência – Rio de Janeiro - RJ

Aqui no bairro só se fala em pipas. A minha rua parece um grande festival de pipas. Há pessoas em cima das casas soltando pipas e há crianças correndo para lá e para cá atrás de pipas avoadas e tem até marmanjo no meio da molecada. E tem até pipa perdida, aquelas que vêm voando e caindo na sua direção.

Soltar pipa é uma arte. Não tem como explicar uma paixão que começa na infância e se prolonga pela vida. Todo mundo tem uma boa história pra contar.

Nunca fui um bom soltador de pipas... mas eu dava minhas dibicadas e empinadas. Nos bons dias com muito vento acontecia de ter muita pipa avoada, e nesses dias a gente voltava pra casa com as mãos cheias. Geralmente as pipas estavam rasgadas, mas era só trocar o papel e elas ficavam novas para brincar no dia seguinte. A gente tirava a linha do carretel e enrolava em uma lata de óleo - ficava mais fácil na hora de "dar linha" com a pipa lá no alto.

 
Agora mesmo, enquanto vou criando este texto na mente, o João está aqui sentado no chão enrolando umas rabiolas. Amanhã será um grande dia!

Nunca mais soltei pipa, mas me lembro bem dessa fase e tenho saudades desse tempo em que a minha única preocupação era acordar, abrir a janela e ver se estava ventando para poder soltar pipa.

Hoje eu vi uma pipa avoada e fiquei acompanhando todo o processo. Outra pipa vem na direção da pipa perdida e faz tudo para aparar. 

No final a pipa "avoada" é salva por outra pipa que a traz segura até o chão. 

Sabe o que isso me lembra?

aparado
adjetivo
  1. 1.
segurado, recebido com (as mãos ou algum instrumento) [diz-se do que foi atirado ou caiu]; sustentado.

A graça de Deus é abundante. Superabundante como uma pipa que pega a outra por baixo e cruza pela linha e vira de ponta cabeça numa guerra contra o vento. A graça vem em sua busca. Ela apara pelas pontas, pelos bicos, pela rabiola. Ela envolve e salva. Suave.

A graça é a voz que convida a mudar, e assim nos dá o poder de sermos bem-sucedidos e cairmos em lugar seguro.

Uma vez que você é aparado pela graça, nunca mais será o mesmo.
Conhecer a graça de Deus é tudo que você precisa.
Sensacional, isso!


sexta-feira, 19 de junho de 2020

ANJOS OU DEMÔNIOS

ANJOS OU DEMÔNIOS
Denize Vicente – Em casa – Rio de Janeiro – RJ

Nesta quinta-feira o Brasil acordou junto com Fabrício José.

Os noticiários trouxeram codinomes usados em aplicativos de comunicação para identificar envolvidos na história, dentre eles, “Anjo” - também o nome da operação deflagrada pelo Ministério Público dos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Isso me fez pensar em como identificamos e reconhecemos pessoas e em como somos reconhecidos e identificados pelos outros; e, em última análise, em quem realmente somos.

Foi assim que me lembrei de um trecho de um livro de Andrew Salomon:

"Quando perguntaram a Santo Antônio no deserto como podia diferenciar entre anjos que vinham a ele humildemente e demônios que vinham sob rico disfarce, ele disse que podia perceber a diferença pelo modo como se sentia depois que iam embora. Quando um anjo nos deixa, nos sentimos fortalecidos por sua presença; quando um demônio nos deixa, sentimos o terror."

Pense bem. 

Não basta parecer. Precisamos ser.

Podemos ser resposta de Deus à oração de alguém; ou não. Podemos fortalecer aqueles com quem nos encontramos; ou podemos deixá-los sentindo o terror, como resultado da nossa presença...

Hoje pode ser aquele dia em que você vai exercer a sua influência sobre alguém. Todos os dias são. Pense bem em como vai usar essas oportunidades.

Seja luz, afague, respeite, abrace, ouça.

Nosso melhor exemplo: Jesus. As pessoas se sentiam fortalecidas depois de um encontro com Ele. Ele era amorável, respeitoso, incentivador, identificava os erros, mas trabalhava junto para que fosse corrigidos, sem desprezar as necessidades de cada um...

Nosso mundo, nossa vida e a vida dos outros podem ser bem melhores se fizermos o nosso melhor para que as pessoas saiam fortalecidas depois de um encontro conosco. 
E Deus se agradará de nós.

“Que as minhas palavras
e os meus pensamentos
sejam aceitáveis a ti, ó Senhor Deus,
minha rocha e meu defensor!”
Salmos 19:14

Bom dia e um Feliz Sábado!

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Fonte/Referência:

"O Demônio do Meio-dia - Uma anatomia da depressão", de Andrew Salomon, Editora Objetiva.