terça-feira, 23 de janeiro de 2018

A HISTÓRIA DE UM VELHO CHATO

EM FEVEREIRO A GENTE VOLTA COM TEXTOS INÉDITOS E OUTRAS NOVIDADES!
Até lá, continue com a gente, refletindo sobre coisas
que podem mudar o rumo da sua vida em 2018. 

A HISTÓRIA DE UM VELHO CHATO
Airton Sousa - Rio de Janeiro/RJ

Nunca tive problema nenhum com o pessoal do TI nos lugares em que trabalhei. Sempre que reclamava de algum problema no meu PC, ligava pra eles, eles me mandavam verificar se a tomada do computador estava ligada, eu verificava (às vezes não estava mesmo) e diante de uma resposta positiva diziam “liga e desliga o computador” (eu ligava e desligava; às vezes não). Essa rotina se repetiu por muitos anos desde que inventaram o CPD – agora TI, ou sei lá como chamam hoje.

Num dia em que eu estava visivelmente irritado, falei com o rapaz da tecnologia que eles sempre mandavam a gente ligar e desligar o computador, e continuei falando e falando e o garoto lá, olhando pra minha cara. Quando terminei, ele disse: “Ô velho chato!”. Pronto! A partir daí, o pessoal começou a me chamar de “véio chato”...
Que sina, né, meus amigos?

Não liguei, levei na brincadeira e até adotei esse apelido como nome do meu time no game do SPORTV - “Cartola”. Outro dia, a Claucia, minha amiga da igreja adventista de Paciência, contou que quando era mais nova o apelido dela era “Girafa” e que na época sofria muito com isso, mas que hoje em dia convive muito bem com o apelido que virou sua marca registrada e é até o nome do seu projeto pessoal: “Girafa Produções”.

Meu personagem de hoje não tem apelido nem nome. É a história de um homem, rejeitado, provavelmente; um homem cheio de defeitos e paraplégico, e que precisa muito se encontrar com Jesus. Trata-se de um “João Ninguém”. No Facebook ele seria, como costuma dizer o João, meu colega que escreve aqui no blog às quartas, um “perfil sem curtidas”. Opa! Estou lendo agora, em São Marcos 2, que ele tem quatro amigos. Quatro amigos pode não ser muito, mas já é alguma coisa. Pois foram esses quatro - que também não valiam muita coisa - que o levaram até o local onde Jesus estava pregando naquele dia.

O local estava superlotado, bombando; tentaram passar pelas pessoas... mas quem abriria passagem para um João Ninguém, sem curtidas e sem seguidores? E já que não dava para entrar pela porta principal, subiram no telhado, fizeram um buraco no teto e desceram o João, amarrado em cordas até os pés de Jesus.


As pessoas olham para o alto, olham para Jesus, veem o homem descendo e pensam: - “Mas que marmota é essa?”.
Jesus olha para o homem sem nome e diz: - “Meu filho, os teus pecados estão perdoados!”.

Aí, surgem os hipócritas, os perfeitos, os famosinhos... ah! sempre eles... e murmuram entre si: “Como é que pode ele ir assim perdoando pecados...?”. E Jesus Cristo pergunta: “O que é mais fácil? Perdoar ou curar? Fala aí, eu posso fazer os dois. Tanto posso perdoar quanto posso curar. Querem pagar pra ver?”.

E Ele seguiu dizendo: - “Então, filho...”. Opa! Agora o negócio ficou louco demais. Agora João era filho de Deus. Não era mais um preá, ou pedra, ou bobão, tampouco o “véio chato”. Agora ele era filho do Deus. “Meu filho! Teus pecados estão perdoados.”. Eu gosto muito disso! Você consegue sentir a mesma emoção que eu sinto agora quando estou escrevendo isso?

(Marquinhos, coloca a música de apelo que o negócio é forte!)

Meu filho teus pecados estão perdoados. Levanta agora e anda!


E se ele tivesse parado para analisar, para decidir, o que vinha primeiro: sua fé ou a movimentação de seus músculos? Não havia tempo para nada disso! Eu gostaria de sugerir que quando você está na presença do Doador da vida e Ele diz: ‘Levanta-te, toma tua cama e anda’, você faz exatamente isso! Você não para para dialogar ou debater.” Você dá um pulo, você se levanta.

“Por que Jesus fez isso? Por que Ele curava as pessoas? Porque Ele queria que todos soubessem que Ele tem poder na Terra para perdoar pecados. Jesus fez dos pecadores Seus melhores amigos na Terra, e Ele ainda tem a mesma aceitação e perdão e poder hoje. (...) Quão gratos podemos ser hoje, porque ainda podemos ir à presença de Jesus, e porque Ele prometeu aceitar-nos, perdoar-nos e purificar-nos.”
(“Como Jesus tratava as pessoas“ – Venden, Morris - Editora Casa, pp. 33 e 34 – disponível em http://www.nossasletrasealgomais.com/2012/05/como-jesus-tratava-as-pessoas.html - acessado em 11.04.2016.)

Essa é a história de um velho chato que se orgulhava de ter mais de 700 amigos no Facebook, não sei quantos seguidores no Twitter e no Instagram e milhares de conhecidos, que um dia se encontrou com Jesus Cristo e ouviu:

- Véio chato! Teus pecados estão perdoados! Levanta e anda!

_______________________

Obs.: Escrevo este texto três dias antes do meu batismo na Igreja Adventista do 7º dia de Paciência. Agora ficou mais fácil de entender o texto... rsrs


Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que você acha?