quinta-feira, 9 de abril de 2020

QUARENTENADOS, MAS AGREGADOS.
CHEGOU A PÁSCOA.

QUARENTENADOS, MAS AGREGADOS.
CHEGOU A PÁSCOA.
Eduardo Santos – Rio de Janeiro – RJ

Quarentena, isolamento social, pandemia. São palavras que se tornaram muito mais frequentes no vocabulário quotidiano recentemente. Faz muito tempo desde a última vez em que o mundo se viu em situação tão calamitosa, na qual todos os países foram afetados de forma tão impactante. Tem sido difícil não ouvir as pessoas preocupadas com todos os desdobramentos dessa crise que vivemos. Confesso que, por vezes, me sinto tão sobrecarregado de informações, sejam elas verdadeiras ou não, que preciso me desligar das mídias sociais um pouco.

O que temos visto são pessoas assombradas com os fatos, preocupadas com o que pode vir a acontecer com elas e até fazendo estudos retrospectivos. Esta semana recebi um desses, que salientava como, a cada 100 anos, especificamente na segunda década de cada século, a Terra era assolada por uma catástrofe da ordem da saúde. A intenção, aqui, não é endossar ou refutar o fato, este não é o foco. Na realidade, gostaria de direcionar nossos olhos para outra questão.

Não sei qual é o seu posicionamento em relação à Bíblia, mas peço licença, até mesmo se, por acaso, esse não é o tipo de livro que chama sua atenção. Gostaria de compartilhar um relato histórico com implicações proféticas e que mudam completamente o momento em que vivemos. Espero que isso mude não só o significado dessa pandemia para nós, mas nossa forma de pensar também.

Há bastante tempo, na história do êxodo hebreu até à Terra prometida, as pessoas se depararam com um local hostil no qual abundavam serpentes e escorpiões (como é relatado em Deuteronômio 8:15). Por conta disso, muitos deles foram picados pelas serpentes e iniciou-se um processo de morte em grande escala. Deus, ao ser consultado, ordena que uma serpente de bronze deveria ser confeccionada e levantada, e quem olhasse para aquele artefato viveria.

Nesse momento, de forma didática, Deus interage com seu povo. A serpente em si não tinha poder curativo, mas a maneira como o indivíduo se relacionava com ela, ou seja, a fé. Nos tempos antigos, os povos dominantes tinham o costume de confeccionar artefatos vinculados às pragas e assolações que os incomodavam e apresentar, diante das deidades em troca de libertação, uma espécie de oferta (como pode ser visto em I Samuel 6:8). Muito provavelmente esse foi o motivo da indicação da serpente - seria claro para os Israelitas o que estava acontecendo ali.

Séculos mais tarde, o próprio Cristo disse ser necessário que a profecia feita pela figuração da serpente fosse cumprida (João 3:14). Mas do que Ele seria oferta por livramento? Há dois textos bíblicos que deixam isso bem claro: “Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido. Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.” (Isaías 53:4,5) e “Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:21).

 
A despeito da necessidade do distanciamento físico, estamos prestes a viver um dos eventos mais gregários no mundo ocidental, talvez até já influenciando o mundo oriental também: a Páscoa; mas não falo do evento comercial, apesar de ele agrupar famílias, muitas vezes. Penso no momento em que um Ser divino escolheu substituir-nos na condenação do pecado por muito nos amar. A ponto de se fazer pecado para sermos chamados de filhos de Deus. A condição de filhos independe do tempo, posição social ou localização geográfica. Ela alcança a todos que COM FÉ olharem para a cruz.



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