segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

QUÃO LONGE ELE JÁ FOI?


QUÃO LONGE ELE JÁ FOI?
Eduardo Santos – Bietigheim-Bissingen - Alemanha

Recentemente, eu me peguei lendo o livro de Jonas e refletindo um pouco sobre seu conteúdo. Não faz muito tempo a última vez em que fiz isso e confesso que cada vez mais me empolgo em voltar a ler esse livro. Um livro pequeno. Uma série de uma única temporada. Com apenas quatro episódios. Desde pequeno sua história me fascina, mesmo que os motivos já não sejam os mesmos.
O personagem Jonas é um participante curioso na narrativa; existem poucos detalhes sobre sua pessoa. Tendo sido citado apenas 3 vezes em todo o cânon, o relato mais extenso sobre o profeta encontra-se no livro que leva seu nome. Talvez, seja um bom momento para fazer aquela pausa e se inteirar da história... Não deve levar mais do que 10 minutos. A história desse profeta me traz um ensinamento muito profundo, e eu espero que seja tão enriquecedora para você quanto é para mim. 


Jonas é o típico ser humano dramático até os ossos, mas, ao mesmo tempo, bastante sincero ao evidenciar aquilo que passa em seu íntimo. Muito mais do que uma mensagem de advertência ele tinha para levar. Sua missão também seria para ele uma grande experiência, algo que ele precisava aprender. Na primeira vez em que se fala seu nome, na Bíblia, ele aparece como sendo o portador de uma profecia que veio a se concretizar. E nada mais é dito sobre ele até sua narrativa indo a Nínive.

Jonas recebe o peso de comunicar ao maior e mais cruel império da época que, caso não se arrependesse, seria alvo da justiça divina. Mas, propositadamente, ele viaja na direção oposta ao seu destino na tentativa de “fugir da presença de Deus“. E é assim que começa sua experiência fantástica. Se você ainda não fez sua pausa para a leitura, eis aqui uma nova chance. 

Acho que o que mais me causa impacto nesse livro é o silêncio de Jonas diante da pergunta de Deus e a didática divina para conduzi-lo até o entendimento. Alguns detalhes me levam a crer que o profeta parou no processo de conhecer o Deus a quem servia. E, como diz meu pai, quando a gente para de nadar contra a correnteza, a água leva a gente. Isso acontece também com os relacionamentos, quando não mantemos contato, os laços se tornam tão distantes que as pessoas se tornam basicamente uns “conhecidos”.

Jonas precisava salvar, mas precisava também ser salvo. Ele precisava entender que o amor de Deus é tão profundo que não importa o que o ser humano já fez, mas a decisão que ele toma para seu futuro. Deus usou uma cidade tão grande que eram necessários 3 dias para se atravessar, com 120.000 pessoas para ensinar para um profeta qual a verdadeira essência divina. Eu fico pensando quão distante Deus pode ir ou o quanto Ele pode fazer só para nos ensinar o quanto nos ama...

Tire um tempo para pensar o quanto Deus o ama e quantas vezes Ele já separou um tempo para mostrar especificamente esse amor por você.




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