quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

PURA VAIDADE




PURA VAIDADE
Larissa Oliveira – Bento Ribeiro – Rio de Janeiro - RJ              

Lendo o Salmo 39, parei no versículo cinco e me demorei uns minutos a mais. Pensei na conclusão que chegava Davi sobre a vida e que mais tarde seu filho Salomão chegaria também:

“… Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade”

Logo em seguida, vendo as notícias do dia me deparo com aquelas situações que a gente custa a acreditar e acaba chegando à mesma conclusão que Davi...

Semana passada aconteceu o Dia do Consumo (29 de novembro), a famosa BlackFriday. E tirando aqueles engalfinhamentos típicos da data, aconteceram outras tragédias sociais. Duas grandes redes de Fast Food decidiram entrar numa luta épica. O combate era para atrair o maior número de clientes possíveis ávidos por promoções inacreditáveis de sanduíches. Até aí tudo na normalidade do mercado.

O problema foi que a propaganda foi melhor que a prática. Li relatos de funcionários que foram humilhados, xingados, oprimidos por clientes e por superiores. Funcionários, pessoas como eu e você que estão ali lutando diariamente por sua dignidade, que trabalharam exaustivamente para atender um mercado altamente exigente pela gula, pelo bolso e pela vantagem.

Não há problema em aproveitar grandes promoções. O problema está quando as coisas ocupam o lugar das pessoas. O problema está quando não consigo distinguir as prioridades das frivolidades. O problema está quando humilho alguém para que meu sanduíche seja feito mais rápido. O problema está quando oprimo colaboradores e os levo à exaustão para cumprir as metas da empresa.

Davi continua no verso seis:

“Na verdade, todo homem anda numa vã aparência; na verdade, em vão se inquietam; amontoam riquezas, e não sabem quem as levará.”

Vaidade é a “qualidade do que é vão, vazio, firmado sobre aparência ilusória”.


Todos os dias a vida nos bate na cara para darmos valor ao que realmente importa. Não nos acharmos melhor nem pior que ninguém, reconhecer nossas diferenças e saber identificar sentimentos e ações vazias que são fruto de pura vaidade.

“Antes que o nosso prazo de vida chamado NADA se esgote, antes que seja tarde demais, que o nosso ‘grito por socorro’ alcance os ouvidos misericordiosos de Deus. Reconhecer que somos seres finitos nos faz olhar na direção do Único que é eterno e declarar: ‘Tu és a minha esperança’. Entregue a sua vida nas mãos dAquele que é a própria VIDA (vide João 14:6) e, ainda que ela finde aqui, logo será transformada de ‘nada’ em tudo, de ‘alguns palmos’ em dias incontáveis.” 1

Um forte abraço!


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