HISTÓRIA DE MÃE
Airton Sousa – Direto de Paciência – Rio de
Janeiro
Hoje eu preciso contar uma história de mãe.
E logo vocês vão entender o motivo...
Em 18 de fevereiro de 2016 minha mãe morava
do outro lado da linha do trem, (aqui no Rio, no subúrbio, é assim que a cidade
se divide ). Atravessei a passarela azul na hora do almoço; era o início do
Projeto “Dez dias de oração”.
A família da minha irmã Bete estava toda
reunida, e nós iniciamos o Projeto juntos. Decidimos orar durante 10 dias por
milagres reais: pela saúde da minha mãe e pela nossa saúde espiritual... Devia
ser uma e pouca da tarde.
Coloquei diante de Deus o meu dilema
profissional da época: estava desempregado e pensando em voltar a morar em São
Paulo. Minha irmã orou e, no final, minha mãe confirmou nossa oração, citando:
“Eu te peço que abençoes os meus descendentes para que eles continuem a ter
sempre a tua proteção. Tu, ó Senhor, os tens abençoado, e que tua benção esteja
com eles para sempre.” (I Crônicas 17:27).
Ainda nem bem havíamos chegado ao oitavo
dia de oração - eram dez, lembra? - e as respostas começaram a pipocar!
Recebi alguns telefonemas de pessoas com quem há muito tempo eu não falava, me
chamando, pedindo curriculum, e dois convites para trabalhar em São
Paulo. Muito curioso, isso, pois durante um ano e seis meses não recebi nenhuma
proposta de emprego e, de repente, elas começam a acontecer em plena crise
econômica e política no país. Coincidências?
Eu recebi dois convites para trabalhar e
morar em São Paulo, e um deles era irresistível... mas, minha mãe orava para
que o meu emprego fosse no Rio. Bem, era um pedido específico dela, de gente
que sabe com Quem está falando, gente que tem intimidade para falar com Deus.
Foi dela a ideia de pedir que fosse no Rio.
E foi dela o apelo final para que eu retornasse à igreja por meio do batismo:
“Filho, está na hora de molhar os pés...” - não é assim que diz a música? “Para
atravessar o mar coloque o pé na água.”
Na sexta feira, nono dia de oração,
encontrei minha mãe na igreja, à noite:
- Mãe, o convite chegou HOJE. Hoje à tarde
chegou o convite para trabalhar aqui no Rio de Janeiro; fazendo o que eu gosto,
com um salário igual àquele de São Paulo.
Ela deu um grito, na porta da igreja, que
atraiu os olhares do pequeno grupo ali reunido: “Glória a Deus!”.
Eu não sei explicar, mas eu fico mais
emocionado quando olho para minha mãe e vejo nos olhos dela essa fé imensa, sem
duvidar em nenhum momento.
“Você só precisa crer, meu filho...”
Ela gosta desta canção: “Para chegar ao
outro lado você precisa acreditar. Deus quer abrir o mar para você. Mas, antes,
você precisa crer.”.
Ah, hoje é um dia muito especial aqui em
casa. Minha mãe faz aniversário e nós todos estamos muito felizes, gratos a
Deus pela vida dela.
É… para chegar ao outro lado é preciso
atravessar, digo, acreditar!
Minha homenagem aos 78 anos da minha mãe,
hoje.
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