FELIZ DIA DOS PAIS
Airton Sousa –
Direto de Paciência – Rio de Janeiro - RJ
Uma das mais lindas histórias da Bíblia é a
história do “filho pródigo”, já contada e recontada neste blog e que você
provavelmente deve conhecer. Está relatada no capítulo 15 do livro de Lucas, a
partir do verso
11.
Nessa minha releitura cheguei à conclusão
de que essa narrativa não deveria ser chamada de “história do filho pródigo”,
e, sim, “a história do pai bondoso”.
O filho sai de casa, torra todo o dinheiro
que recebeu de herança. Fica duro. Os amigos desaparecem. Ele passa
necessidades. Consegue um emprego para cuidar de porcos. Mas sente tanta fome
que tem até vontade de comer da lavagem que é oferecida aos porcos.
Começa a se lembrar da casa do pai. Lá até
os trabalhadores são tratados com fartura e conforto. Enquanto ele, como filho,
está ali cuidando de porcos.
“Quantos empregados de meu pai têm comida
de sobra, e eu aqui, morrendo de fome!”
“Porque meu pai é bom...
Meu pai é bom o tempo todo.”
Então ele decide: “Vou me levantar e voltar para a casa do meu pai. E quando chegar lá vou
pedir perdão e pedir para ser tratado como um dos empregados, até pagar toda
minha dívida.”.
E aí ele entra no caminho e volta para
casa. Daquele jeito. Fedendo a porco. Sujo, com farelos pela roupa.
Maltrapilho. Entra na estrada.
Mas o que ele não sabia é que todo esse
tempo, desde que saiu de casa, seu pai se colocava no portão e ficava vigiando
a estrada. Certo de que um dia seu filho voltaria.
Todos os dias, todas as tardes, o pai
espera no portão. Até que um dia aconteceu...
O pai avista um vulto de longe e, certo de que
é seu filho, corre pela estrada afora, ao seu encontro.
Ele voltou!
O garoto coberto de lama. E o pai chora e grita. E o rapaz tenta fazer o discurso e não consegue. Quando começa a falar, o pai o interrompe e o abraça, e o beija mais uma vez. E o pai diz aos empregados:
“Vamos começar a festejar porque este meu
filho estava morto e viveu de novo; estava perdido e foi achado.” (Lucas
15:23-24).
Não existe história mais linda que essa. O
próprio Jesus Cristo contou.
“Tudo está perdoado. Tudo esquecido! Os
dias de fome e de convívio com os porcos estão no passado. Com um toque de
mestre Jesus leva a história ao clímax final: uma festa é preparada para
celebrar o retorno do filho. Nenhuma palavra de recriminação moralista. Nenhuma
exigência de prestação de contas. Nenhuma condição imposta. Nenhum tempo de
prova. Nenhum período de disciplina para observação! Nenhuma ‘quarentena’ ou
penitência é exigida.” (O incomparável Jesus Cristo, pág. 78 – Editora
UNASP).
Algum dia todos têm a chance de voltar e
reviver e recomeçar... não importa quão longe você foi.
O Pai espera.
Porque o Pai é bom o tempo
todo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O que você acha?