quarta-feira, 30 de agosto de 2017

NÁUFRAGO


NÁUFRAGO
João Octávio Barbosa – Bento Ribeiro City – RJ

O filme “Náufrago” é um clássico do cinema, lançado no ano 2000. Narra a história de um empregado da FedEx que sofre um acidente aéreo e vai parar numa ilha desabitada no meio do Pacífico Sul. É incomum no cinema em Hollywood que durante a maior parte do filme só haja um personagem humano. O filme recebeu duas indicações ao Oscar, sendo uma na categoria de Melhor Ator (para Tom Hanks).¹


Eu lembro de ter visto esse filme no fim da minha infância e percebido esse detalhe citado no parágrafo anterior com bastante atenção: o filme é quase todo só Tom Hanks. Ou Chuck, nome de seu personagem.

No comecinho e no finzinho se passa a história do antes e depois da tragédia e confinamento de Chuck na ilha deserta, é claro, mas boa parte da história se trata de como, completamente sozinho, ele se virava para meramente sobreviver, enquanto via sua esperança indo por água abaixo.


Para não ficar tão sozinho ele adotou a bola Wilson (nome derivado da marca da bola) como amigo imaginário. Com o passar do tempo (e de sua sanidade) a bola até respondia e eles conversavam tipo “best friends”.

Após dominar a arte da sobrevivência mais básica (fazer fogo, comer, se aquecer etc.), Chuck passa a planejar uma fuga à la loca, num barquinho improvisado, sem rumo certo. Aliás, ele tinha uma única bússola emocional: sua amada noiva, que servia de luz no fim do túnel para que ele não desistisse de tudo (embora ele tenha pensado nisso algumas vezes).

A grande ironia do filme é o tempo. Antes do acidente aéreo que o destinou a viver no literal fim do mundo, Chuck era um alto funcionário do ramo de entregas, e profissionalmente treinado para valorizar cada segundo do tempo. Ele costumava ter muito pouco tempo para o que amava e cobrava sempre que todos fizessem seu dever em tempo recorde.


E então, ele se vê preso naquele local inóspito, onde o tempo não passa. Não importa. Não é contado por nada nem ninguém. Ele sentia que não tinha tempo para nada, mas tinha tudo. Agora tinha todo o tempo do mundo, e não servia para nada.

Este texto foi feito para um grupo especial.

Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração.

Eu queria falar hoje para aqueles que um dia seguiram os caminhos de Jesus, mas hoje preferem não seguir mais. Se não é o seu caso pode continuar lendo mesmo assim... Mas, se é, sim, o seu caso, redobre a atenção agora.

O tempo não é algo tão simples para que possamos brincar com ele. Todos os dias se tomam decisões de vida e morte espiritual, e hoje, (sim, hoje!) pode ser o dia de uma importante decisão para mudar sua vida para melhor.


SPOILER FINAL. Em virtude de seu desaparecimento no mar e a passagem de anos, ninguém mais esperava ver Chuck vivo. Todavia, ele venceu o desafio das ondas, foi achado e retornou para sua casa. Mas o tempo foi seu inimigo de novo. Sua noiva, se imaginando “viúva”, casou com outra pessoa. Sua esperança foi quebrada.

Volto a dizer: não temos o controle do tempo como gostaríamos. Vale a pena o risco? Vale a pena continuar arriscando sua vida, se afastando? Adiando uma volta que você sabe que é o caminho certo?

Não se resuma a uma vida isolada de Deus. Não se diminua a amizades “Wilson”. Não maneje o tempo como se fosse seu brinquedo, porque hoje é o dia que Jesus veio mais uma vez a você esperando o seu retorno.


Não peço que concordem, espero que reflitam!

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Referência:

¹ https://pt.wikipedia.org/wiki/Cast_Away - acessado em 08/08/2017


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