HARRY E MEGHAN – FEITOS UM PARA O OUTRO (OU NÃO?)

HARRY E MEGHAN – FEITOS UM PARA O OUTRO (OU NÃO?)

Denize Vicente – Rio de Janeiro/RJ

Não faltaram memes. Não faltaram lágrimas nem risos e sorrisos. Não faltaram elogios, muito menos críticas e venenos. Não falou nem aquela coisa da “problematização”... Ninguém ficou indiferente ao casamento do Príncipe Henry de Gales com a atriz norte-americana Meghan Markle.

O horário do casamento foi ingrato, pra mim. Sábado é o dia em que eu deixo de lado os assuntos particulares e me envolvo em atividades diferentes daquelas mais triviais. Sábado é justamente o dia em que não dá pra cuidar do meu trabalho, processo, testemunhas, sentença, Justiça... não dá pra pensar nos estudos, em comprinhas, tv, nem em festas de casamento... São pelo menos vinte e quatro horas (que começam na hora em que o sol se põe, na sexta-feira, e vão até o outro pôr do sol, no sábado) em que tenho outros trabalhos e estudos pra fazer. É o dia de dar aula pro meu grupo de adolescentes favorito (com lições para a vida), dia de ir aos asilos, orfanatos, levar comidinha pra quem tem fome, dia de encher de atenção a família, visitar pessoas que estão doentes, ter contato com a Natureza...

A semana é tão corrida desde o primeiro dia, que muitas vezes só nos resta o sétimo pra descansar de tudo e fazer com mais dedicação e exclusividade aquilo que precisa ser feito todos os dias. O sábado termina sendo o dia mais legal e o mais curto de todos!

O certo é que, dentro desse conceito de exclusividade, não dava mesmo pra me dividir entre as doces atividades do sétimo dia da semana e o belo casamento real, de modo que eu programei a gravação, pra ver tudinho no sábado à noite, com pipoca. Aproveitei pra gravar alguns filmes sobre a Meghan, sobre o casal e sobre a Princesa Diana; e, admito, eu maratonei a realeza, no último fim de semana.

O mais louco de tudo isso, e você há de concordar comigo, é que não importa quão sorridente estivessem os noivos, esbanjando felicidade... em algum lugar do mundo, talvez ali bem pertinho deles, havia alguém botando defeito. O vestido era simples demais, a maquiagem podia ser melhor, a roupa do William era muito mais bonita, o Coral multirracial quase não tinha caucasianos, Kate repetiu pela terceira vez o mesmo vestido, Meghan é birracial, mas alisa os cabelos, é feminista, mas vai largar a carreira, esse casamento não vai dar certo...

Assim é a vida. Não importa o quanto você esteja feliz com o que está vivendo. Não importam as suas lutas nem as suas conquistas. Não faz diferença se a roupa que você veste é verde ou azul, não importam as lágrimas que você derrama, se a comida que você faz é saborosa ou se é coisa de principiante, se você gosta de caminhar ou de andar de bike, se curte acordar cedo ou se gosta de dormir onze horas. Sempre haverá alguém, às vezes aí bem pertinho de você, pra julgar e botar defeito. Gente que quer afligir, amaldiçoar, em vez de promover a paz e o bem-estar.

Sabe Davi, o Rei de Israel? Também passou por coisas assim... (II Samuel 16:5-6)

Ana, mãe de Samuel, também passou perrengue na mão dessa gente: Penina era dessas que representava muito bem as víboras, eu diria. (I Samuel 1:1-7)

Vou lhe dizer uma coisa: muitas vezes seus esforços serão vistos com indiferença, sua felicidade será questionada e colocada em xeque, suas dores serão motivo de risos, suas boas intenções serão desmerecidas. Mantenha-se firme. Não se deixe abater. Vivemos em tempos de “haters”. Não se impressione. Saiba viver de um jeito saudável, a despeito do que falam sobre você.

Alejandro Bullón costuma dizer: “Você é a coisa mais linda de Deus!”. E é isso mesmo. Não importa o que digam e o quanto vejam defeito em tudo o que você faz. E quando a sensação de não ser amado quiser invadir sua mente, lembre-se: “(...) em todo o Universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus” (Romanos 8:38-39).

Não dê ouvidos. Dê sorrisos.

Considere-se, sempre, alguém abençoado!