quarta-feira, 29 de novembro de 2017

CHAVES


CHAVES
João Octávio Barbosa – Bento Ribeiro City – RJ


Para tudo, que hoje é dia de falar de Chaves! Após todas as milhares de horas que eu e você passamos em frente a uma televisão assistindo Chaves, será que ainda podem descobrir coisas novas sobre isso? Vamos descobrir agora.

O programa passa no SBT desde 1984. Em algumas épocas, passava-se mais de um episódio por dia. Isso é mais do que suficiente para que muitos de nós saibamos de cor diversas cenas.

Se eu falar aqui do choro do Quico, do piripaque do Chaves, dos olhares que Dona Florinda e o Professor Girafales trocavam, e do vestido azul da Bruxa do 71, você não ouve, vê, e se lembra de cada uma dessas coisas como se estivessem na sua TV agora?


Quem pode se esquecer do Chaves lendo uma carta de forma toda errada?! Do Seu Barriga entrando e levando uma pancada?! Do Seu Madruga fugindo do dono da vila?! Da Chiquinha escrevendo um bilhete no dia de São Valentim?!

Quantos episódios marcantes, não? A chegada da maravilhosa máquina de lavar. O cinema onde era melhor ter ido ver o filme do Pelé. O terreno onde se aprendeu a jogar futebol americano. A visita do ator Hector Bonilha. O concurso de Miss Universo na televisão. Quem é culpado: o gato ou o Quico? Ou o Chaves? E Acapulco? Quantos de nós não choramos com aquela triste canção em Acapulco, num pôr do sol solitário na praia...?


Chaves sempre nos ensinou sobre a pureza e a inocência de uma criança. Sobre como podemos ser bons, e evitar a maldade. Afinal de contas, é esse sentimento bonito que só as criancinhas têm que tanto nos fascina, e que perdemos sem perceber. Se há um Céu, um paraíso para os que fecham com o certo, esse Céu é das criancinhas. E eu não sou o primeiro a dizer isso.

Jesus disse-lhes: Deixai vir as crianças a mim, e não os impeçais; porque deles é o reino de Deus, o Céu. (tradução livre)
Marcos 10:14

SPOLIER FINAL. Bem, não tem muito como dar spoiler de Chaves. Alguns dos meus amigos conhecem capítulos inteiros da série e eu também. O que talvez as piadas infantis do programa podem ter impedido que nós percebêssemos é a profundidade do caráter das pessoas daquela vila.

Certa vez Chaves foi acusado de ser um ladrão, ladrão, ladrãozinho. Não era verdade. Isso foi descoberto e perguntaram para ele o que ele desejava para o verdadeiro gatuno, o senhor Furtado.

Não, ele não disse “bandido bom é bandido morto”. E tem gente que enche a boca para falar isso hoje em dia, mesmo que um tempo atrás, quando era criança, tenha tido a oportunidade de ouvir Roberto Bolaños afirmar por seu personagem Chaves: “Eu quero que o ladrão se arrependa, devolva as coisas que roubou e seja bonzinho.”.


Jesus disse que a gente devia ser que nem o Chaves. Se a gente erra, que seja sem querer querendo. Se for para julgar, que seja sempre eu, sempre eu, tudo eu, porque julgando o outro a gente se machuca, mas no autojulgamento a gente cresce.

Inocência, pureza, bondade. Se você é jovem ainda, amanhã velho será. Ao menos que o coração sustente a inocência, a pureza e a bondade que nunca morrerão, serão eternas, sustentadas no Reino de Deus, o Céu, pelas mãos de Jesus.



Não peço que concordem, espero que reflitam! 

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