DESLOCANDO
O EQUILÍBRIO!
Por Eduardo Santos
“2016, ano que promete!” Foi o que pensei no final de
2015. Mas, antes disso, o tempo é marcado por dores de cabeça, ansiedade,
preocupações, úlceras no estômago, “brainstorming”, vista cansada, desespero e
outras coisas, ou seja, monografia! É uma fase crítica, comum a todos os
formandos, mas a gente sempre pensa que vai ser diferente no caso da gente. Só
que, geralmente, não é!
Confesso que existe um lado positivo em tudo isso.
Talvez o mais interessante pra mim seja perceber que meu aprendizado tem
transcendido os limites da vida acadêmica.
Explicando de forma bem resumida e simplificada, pra não fazer ninguém dormir, o trabalho é uma proposta alternativa de tratamento de resíduos (coisa de química verde) e, pra isso, é necessário montar um modelo de simulação do resíduo.
Até então, nada de muito complicado, mas o ponto-chave é que esse modelo é uma solução supersaturada.
Eis aí o vilão da história, quero dizer, a vilã.
Explicando de forma bem resumida e simplificada, pra não fazer ninguém dormir, o trabalho é uma proposta alternativa de tratamento de resíduos (coisa de química verde) e, pra isso, é necessário montar um modelo de simulação do resíduo.
Até então, nada de muito complicado, mas o ponto-chave é que esse modelo é uma solução supersaturada.
Eis aí o vilão da história, quero dizer, a vilã.
O X da questão é que toda solução supersaturada é incrivelmente instável, assim como os seres humanos. Mas não quero adiantar as coisas! Voltemos para a solução que está mais pra complicação do que pra qualquer outra coisa.
Cada substância possui um limite de solubilidade em um
dado solvente com temperatura e pressão fixadas. Por exemplo, o limite do sal
de cozinha (NaCl) em água a 25°C e pressão atmosférica é 35g/L, se não me
engano. Às soluções que alcançam o limite, damos o nome de saturadas, às que
ultrapassam, supersaturadas.
Como disse, as supersaturadas são bem instáveis, beeem
instáveis! - de modo que uma leve movimentação pode iniciar um processo de
precipitação, deposição de sólido ao fundo do recipiente. Isso ocorre para que
a condição de equilíbrio seja respeitada.
Talvez precise esclarecer um pouquinho mais o meu dilema: trabalhar além do equilíbrio implica vencer as leis naturais... Para esse caso, o equilíbrio representa o momento no qual a velocidade de dissolução é idêntica à velocidade de precipitação. Seria como dizer que há duas forças competindo entre si. De repente, isso é o mais interessante.
Digo “interessante” por causa da condição humana! Esse
tema já foi abordado por muitas pessoas e costuma ser ilustrado por meio de
diversas metáforas. Alguns chamam de “Yin yang”; outros, de “dois lobos que
lutam entre si”; há, ainda, aquela que fala da “natureza carnal” e a “natureza
espiritual”; e, a que mais ilustra a realidade, em minha opinião, é a que Paulo
faz uso em Romanos 6, quando fala sobre “o velho homem”.
Não há uma menção explícita, mas, se fala em “velho
homem”, existe um “novo”. E eles se encontram em constante combate dentro da
mente de cada pessoa. Algo que é bem ilustrado pelos desenhos animados quando
aparecem as influências da consciência no ombro das personagens.
Gosto dessa metáfora pois ela é a única que evoca a
consciência humana sobre seus atos e não, simplesmente, impulsos naturais.
Apesar de não discordar da existência de inclinações, digo que, por sermos
seres pensantes, temos a capacidade de escolha. E cada escolha que fazemos nos
coloca mais próximos do velho homem (nascido do pecado) ou do novo homem
(nascido de Cristo).
Infelizmente, nesse caso, não há possibilidade de equilíbrio. Existe apenas a predominância do velho ou do novo, sendo que, naturalmente, permitimos que o velho homem tome conta.
Assim, voltamos ao meu problema na monografia: Como
vencer as leis naturais? Ou, quimicamente falando, como deslocar o equilíbrio?
Como dizem por aí, "pra tudo tem um jeito!".
E a Bíblia ensina de muitas formas, como, por exemplo:
· "Portanto nós
também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas,
deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos
com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e
consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando
a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus." (Hebreus 12:1 e 2);
· "Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja
alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás
ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo
prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." (Filipenses 3:13);
e
· "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não
mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela
fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim."
(Gálatas 2:20).
Remar contra a maré nunca é fácil - minhas horas
dentro do laboratório que o digam -, mas não é impossível! Só é necessário
saber como fazer, e pra isso tem conselho de sobra na Bíblia. Somos humanos e
com muitas falhas, e as leis naturais parecem gostar de nos lembrar disso, mas,
como Químico, eu lhe digo que podemos deslocar esse equilíbrio para onde
quisermos.
Basta usarmos as formas corretas; ou melhor, o Auxílio
correto!
Bem legal.
ResponderExcluirTiraria mais proveito se entendesse de química.