EM BUSCA DE UM MILAGREIRO
Eduardo Dudu Santos – Rio de Janeiro/RJ
Nossa vida é assim... Sempre surgem aquelas situações que nos fazem
pensar que só um milagre resolveria; há outras em que somos levados a pensar
que nem mesmo um milagre daria jeito.
Ouvimos e lemos muitas histórias sobre milagres do passado e do presente
e, com certeza, continuaremos a ouvi-las até o final dos tempos, mas, esta
semana, revisitei uma história de milagre bastante interessante: a cura de
Naamã (II Reis 5).
Fiquei meditando sobre ela...
Naamã era leproso, e essa era uma doença incurável, à época. Uma certeza
ele tinha: não teria muito tempo de vida. A lepra era uma doença cruel que
apodrecia os tecidos das pessoas ainda em vida. Quando ele soube da existência
de alguém que poderia ajudar, se lançou ao encalço do profeta como sua última esperança.
Mas, ao encontrar-se com Eliseu, ele
se frustra de tal forma que expressa o seguinte: “Eu estava certo de que ele sairia para receber-me, invocaria em pé o
nome do Senhor, o seu Deus, moveria a mão sobre o lugar afetado e me curaria da
lepra.” (II Reis
5:11). Ele estava desapontado
por não ter sido recebido como de costume, por não ter visto manifestações
miraculosas e por ter ouvido instruções desagradáveis aos seus ouvidos e
simples demais.
Nessa hora, costumamos parar e reprovar a loucura de Naamã, que teria
ido embora sem alcançar seu objetivo, seu milagre, apenas porque não via o
“mover das mãos”, mas nos esquecemos de
nós mesmos, que consideramos “os rios Abana e Farpar” (II Reis 5:12) mais
desejáveis do que as instruções que nos são dadas.
Quando chegamos nesse ponto da frustração, Deus sempre dá um jeito de nos fazer ouvir o conselho razoável dos
companheiros de Naamã: “Se o profeta
mandasse o senhor fazer alguma coisa difícil, por acaso, o senhor não faria?
Por que é que o senhor não pode ir se lavar, como ele disse, e ficar curado?”.
Apenas precisamos parar e ouvir.
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