sexta-feira, 7 de julho de 2017

A ARTE DE VIVER DA FÉ


A ARTE DE VIVER DA FÉ
Denize Vicente - Cidade Maravilhosa/RJ

Sabe a história daquela pobre senhorinha que morava numa casinha bem simples com sua netinha que estava doente, bem doente?

Pois é. Sem dinheiro pra pagar uma consulta médica e vendo que apesar de seus muitos cuidados a menininha só piorava, a vovó decidiu, com muita dor no coração, deixar a menina sozinha, em casa, enquanto ia a pé até a cidade mais próxima, em busca de ajuda no único hospital público da região.



Chegando lá, foi informada de que os médicos não poderiam ir até a sua casa; ela teria que levar a menina para ser examinada.

Desesperada, porque sabia que sua neta não conseguiria nem se levantar da cama, voltou pra casa. No caminho, passou em frente a uma igreja e resolveu entrar. 

 
Algumas senhoras estavam ajoelhadas fazendo suas orações. Ela também se ajoelhou. Ouviu as orações daquelas mulheres, e quando teve oportunidade aproveitou - também levantou sua voz e disse:

- “Olá, Deus, sou eu, a Maria. Olha, a minha neta está muito doente. Eu gostaria que o Senhor fosse lá curá-la. Por favor. Anote aí, Deus, o endereço.”

As mulheres da igreja estranharam o jeito daquela oração, mas continuaram ouvindo.


- “É muito fácil; é só o Senhor seguir o caminho das pedras e, quando passar o rio com a ponte, o Senhor entra na segunda estradinha de barro. Passa a vendinha. A minha casa é o último barraquinho daquela ruazinha.”

As senhoras que estavam ouvindo se esforçaram pra não rir...

Ela continuou: - “Olha Deus, a porta tá trancada, mas a chave fica embaixo do tapetinho vermelho na entrada. Por favor, Senhor, cure a minha netinha. Obrigado.”.

E quando todas achavam que havia acabado, ela complementou: - “Ah! Senhor, por favor, não se esqueça de colocar a chave de novo embaixo do tapetinho vermelho, senão eu não consigo entrar em casa. Muito obrigada, obrigada mesmo.”.

Depois que a Dona Maria foi embora, as outras senhoras soltaram o riso e ficaram comentando como é triste descobrir que as pessoas não sabem nem orar.

Mas, Dona Maria, ao chegar a sua humilde residência não pôde se conter de tanta alegria, ao ver a menina sentada no chão, brincando com suas bonecas.

- “Menina, você já está de pé?!”

E a menina, olhando carinhosamente para a avó, disse: - “Um médico esteve aqui, vovó. Deu-me um beijo na testa e disse que eu ia ficar boa. E eu fiquei boa. Ele era tão bonito, vó! Sua roupa era tão branquinha que parecia até que brilhava. Ah, ele mandou lhe dizer que foi fácil achar a nossa casa e que ele ia deixar a chave debaixo do tapetinho vermelho, do jeitinho que você pediu.".



Bem, essa história é um conto, uma parábola, ou aconteceu de verdade?
Não sei lhe dizer. Mas, falando sério, não faz muita diferença pra mim, porque a lição que eu aprendi com ela é a mesma: a fé salva.

Eu poderia terminar o post de hoje exatamente aqui, mas eu seria um pouco irresponsável se não lhe dissesse que não é fé em qualquer um nem em qualquer coisa...

Tem uma música do Paralamas que diz assim: “A arte de viver da fé / Só não se sabe fé em que”. Quando você não sabe em que ou em quem deve colocar a sua fé... só com muita arte, mesmo! E a arte é bela, é necessária e essencial; só que não salva. Sabe a fé que faz grandes coisas, a fé que age, a fé que faz diferença? Não adianta ter apenas “fé na vida, fé no homem, fé no que virá”... É preciso mais. Acertar o alvo. Mirar no certo. Ter fé no Deus que tudo pode. Eu creio num Deus que tá de olho em tudo, de ouvido aberto e mãos estendidas; que nem sempre me dá o que eu quero, mas sempre tem o que eu espero, isto é, o que é melhor pra mim. Pode ser assim com você também e com todos os que nós amamos.

"A fé é a certeza de que vamos receber as coisas que esperamos e a prova de que existem coisas que não podemos ver."

“... antes de vocês pedirem, o Pai de vocês já sabe o que vocês precisam.”

Heróis da Fé (clique AQUI se quiser conhecê-los)

4 comentários:

  1. Maravilha!Amei tudo inclusive o nome da avozinha. Parabéns... abraço forte.

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  2. Ah se tivéssemos fé do tamanho de um grão de mostarda ...

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    1. Pois é... moveríamos montanhas. Acho até que moveríamos o mundo!

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