sexta-feira, 5 de outubro de 2018

ELEIÇÕES 2018 E O MUNDO PERFEITO

ELEIÇÕES 2018 E O MUNDO PERFEITO
Denize Vicente – Rio de Janeiro – RJ

Passei alguns dias fora da minha cidade. Conversando com o motorista que me levava de um ponto a outro, ali pelo Centro, ele me perguntou como estava o Rio de Janeiro, em relação às eleições. Eu disse a ele que poderia responder por mim e expressei a minha opinião, já que ele havia perguntado.

Há algum tempo ando afastada das redes sociais porque elas se tornaram bastante antissociais. O espaço fantástico para a liberdade de expressão e troca de ideias vem sendo usado para compartilhamento de notícias falsas (“fake news”) e desfazimento de amizades, com muito “sangue nos olhos”. Pessoas hostilizando e sendo hostilizadas no Facebook, no Twitter, no WhatsApp, discutindo por partidos políticos e por pessoas, enquanto a discussão das ideias ficou de lado.

 
Mas a minha pior constatação, nos últimos tempos, é que a vida das redes sociais está tomando conta das ruas e as agressões e troca de insultos entre amigos agora estão presentes também nos encontros de fim de semana, nos almoços de família, e até em reuniões de igrejas...

O rapaz que me fez a pergunta reagiu de uma forma surpreendente quando no meio da conversa eu lhe disse que investimento em Educação é importante e que eu me interesso por um candidato que se preocupe com isso. Ele me disse assim: “Ninguém quer Educação. A gente não precisa de Educação...”. E enquanto ele ria, eu me entristecia.

A viagem terminou alguns minutos depois e eu saí do carro muito triste. Saí pensando em Monteiro Lobato – “Um país se faz com homens e livros.” –, que defendia que um país precisa de homens letrados para ser efetivamente um país. Também me lembrei de Salomão – cujo nome, de origem hebraica, Shelomon, que vem de Shalom, significa “paz” ou “pacificador”. Salomão valorizou a instrução, a sabedoria e a educação em seus livros, que foram escritos “para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem as palavras de inteligência; para se instruir em sábio procedimento, em retidão, justiça e equidade; e para se dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso.” (Provérbios 1:2-4).

Nesta sexta, eu queria humildemente pedir a você que cuidasse das suas palavras. Muitas vezes pode ser atribuído àquilo que você escreve ou diz um significado diferente daquele que você desejou imprimir... Pense nisso.

Cuide também dos seus amigos. Não troque amigos por uma vitória em uma discussão. Não perca amigos por conta da política (nem do futebol nem da religião). Jesus Cristo, um modelo de vida, sempre se preocupou com as pessoas e com o sentimento delas. Ele jamais disse as Suas verdades sem antes pensar na melhor maneira de dizê-las; Ele sempre se preocupou em alcançar a mente e o coração das pessoas, sem jamais afetá-las em sua dignidade; Ele nunca feriu o coração de alguém para mostrar que estava certo.

“Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus...” (Mateus 22:21). Simples assim. Sem ataques a César nem aos opositores de César, tampouco aos simpatizantes de César ou aos seus inimigos políticos. E sabe o que aconteceu quando Ele disse isso? Sabe como ficaram aqueles que estavam loucos por uma discussão? “Ao ouvirem isso, eles ficaram admirados; e, deixando-o, retiraram-se.” (Mateus 22:22).

Reconheça e respeite os governos e as autoridades. E acredite que o mundo perfeito não é pra agora. Nosso papel, como cidadãos, é lutar por um mundo melhor. “Disse Jesus: ‘O meu Reino não é deste mundo. Se fosse, os meus servos lutariam para impedir que os judeus me prendessem. Mas agora o meu Reino não é daqui’.”.

Pense nisso.
Paz!



4 comentários:

  1. Muito bom , esses detalhes nos distância da Grande massa eleitoreira e nos coloca no pinaculo central da realidade.
    "Sabemos demais e conhecemos de menos".

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  2. Também penso da mesma forma, ou seja, que o que precisamos de fato é de "educação".

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  3. Sim precisamos de educação ... Embora tenhamos nossas opiniões , deve haver espaço entre elas e as outras opiniões ....

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  4. No fundo, no fundo, todos nós (ou a maioria, pelo menos), desejamos o melhor. E, sim, isso tem a ver com educação.

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