O TEMPO NÃO PARA
Airton Sousa –
Direto de Paciência – Rio de Janeiro
Dia desses dias
passei por uma experiência um tanto constrangedora, ou engraçada, dependendo do
ponto de vista.
Estava eu no trem,
encostado na porta, todo moderno, com fones no ouvido e ligado no celular,
quando uma jovem me ofereceu o lugar, nos bancos destinados a idosos.
- Tio, senta aqui!
O lugar é seu.
Mas eu fiquei
indignado! Recusei o lugar e quase perguntei se ela estava me chamando de
velho. Pensando melhor, não perguntei.
Lembrei que no ano
passado, eu fui a São Paulo e entrei na fila da bilheteria do metrô, e uma
pessoa cheia de boas intenções me informou:
- Tio, aqui em São
Paulo, quem tem mais de 60 anos não paga passagem.
Totalmente
resignado.
A moça da padaria,
perguntou outro dia a minha idade e quando respondi, ela me disse que não
parecia que eu tinha aquela idade. Tai! Uma pessoa me achou mais novo do que eu
sou.
Hoje estava aqui
pensando: do que adianta aparentar ter uma idade que não temos? O tempo chega
uma hora ou outra para todo mundo, não é mesmo?
Procurando em meus
guardados e escritos encontrei algo muito interessante sobre o relógio da vida:
Faça de conta que
uma vida de 70 anos foi concentrada num dia, das sete da manhã às onze da noite,
e veja como é eloquente a fugacidade do tempo. Se hoje você tiver:
15 anos, são 10h25
20 anos, são 11h34
25 anos, são 12h42
30 anos, são 13h51
35 anos, são 15h
40 anos, são 16h08
45 anos, são 17h16
50 anos, são 18h25
55 anos, são 19h34
60 anos, são 20h42
65 anos, são 21h51
70 anos, são 23h
O que você acha?
Ficou sério? E veja como a coisa é muito mais séria se você lembrar que o ser
humano dorme em média 8 horas por dia. Quer dizer que alguém que viver 75 anos,
terá passado 25 anos dormindo. (Mais
Semelhantes a Jesus – Alejandro Bullón, CPB, p. 130)
Você se lembra
daqueles relógios de ampulhetas? Eu tinha um daqueles e gostava de ficar vendo
a areia cair sem retornar. Havia um momento em que a parte superior ficava
completamente vazia; apesar de demorar muito, acontecia, e aí, era só virar de
ponta cabeça e a areia voltava a cair, dando a ilusão de que a vida continuava.
A Bíblia nos ensina
que devemos apresentar a Deus todos os momentos que envolvem nossa vida.
Alegria, sonhos, desejos, nossas vitórias e derrotas.
O tempo vai passar,
mas se tudo estiver em suas mãos não precisamos ter medo do futuro.
“Ainda que me
abandonem pai e mãe, o Senhor me acolherá.” (Salmo 27:10).
Nossos dias são
feitos de provas e livramentos. Mesmo quando estamos no nosso limite, mesmo que
nos sintamos abandonados por tudo e por todos e acharmos que vamos ter que
seguir nosso caminho sozinhos. É nessa hora que percebemos as providências
divinas.
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