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sábado, 12 de maio de 2018

MENINO OU MENINA?


MENINO OU MENINA?
Jackson Valoni – Angra dos Reis / RJ

No dia em que escrevo este texto minha esposa está com 18 semanas de gravidez. Semana passada coloquei minha mão na barriga dela e senti o neném se mexendo pela primeira vez. Ainda não sabemos se estamos esperando um homem ou uma mulher. 

Estou torcendo pra que seja menina, mesmo que a gente só tenha entrado num consenso para nome de homem.

Eu queria que todo exame do pré-natal fosse feito ultrassonografia, pra eu ver meu filho se remexendo na barriga da Pamela. No último exame ouvimos o coração do neném batendo a 150 bpm.

Estou ansioso. Não desejo apenas pegar meu neném no colo... Hoje mesmo vi um piano de cauda pra criança, numa vitrine de loja, e logo pensei que meu filho poderá tocar.  

Mês passado fui a um evento dedicado a apresentar produtos do universo de bebês e gestantes. As roupinhas mais bonitas que eu via para os nenéns, imaginava o meu próprio filho usando e tirando foto comigo.

De mês em mês nosso filho se aproxima. Ele já tem um berço, que conseguiu emprestado da prima Giovanna. Meu neném, ainda sem nome e sexo conhecido, nem nasceu e já está em vantagem se comparado ao menino Jesus, que a mãe teve que acomodar num monte de palha e, provavelmente, fedorento, já que aquele lugar servia para os animais se alimentarem.

vacas tailandesas comendo numa manjedoura

Jesus não teve regalia nos primeiros dias de vida. Maria não teve um pré-natal apropriado. José, o pai de Jesus, não recebia os maiores salários. A infância dele ainda foi marcada pela sua fuga com os pais para outro país, pra não ser morto.

Graças a Deus, meu filho está em melhores condições.

Com seis semanas de vida, os pais de Jesus fizeram o que farei com meu filho: apresentarei a Deus, e dedicarei meus esforços para vê-lo se desenvolver em estatura e graça. 

Sendo menina ou menino, quero logo ouvir aquele choro que revela a vida assim que o bebê nasce. A cada mês que passa, mais eu tento me convencer de que consigo ser um pai amoroso e responsável. Ainda bem que não estou sozinho nessa aventura sem fim.


Espero dar ao meu filho o que Jesus entrega a todo mundo que chama por Ele: amor incondicional.

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