UM CRIME, 65 MIL MORTOS
Por
João Octávio Barbosa
Tragédias.
Hoje
é dia de lembrar os 20 anos da morte dos “Mamonas Assassinas”. Nesta semana,
mais alguns casos de violência desnecessária foram noticiados. O Estado
Islâmico, por exemplo, é a nova vertente do mal em escala global. É triste ver
que esse nome, “Estado Islâmico”, acabou “pegando” na mídia. Primeiro porque
não é nada islâmico - religião de paz e amor -; e, segundo, porque nem é Estado,
realmente; pretende ser. Ocupa hoje um bom pedaço da Síria, ainda devastada
pelas rebeliões da “Primavera Árabe”, de anos atrás.
Você
sabe como começou a “Primavera Árabe”? Os primeiros protestos, ocorridos na
Tunísia em 2010, foram uma reação popular à atitude de Mohamed Bouazizi, o qual
ateou fogo ao próprio corpo, suicidando-se como forma de manifestação contra a
corrupção policial e maus-tratos que sofrera. A morte de um único homem serviu
de estopim de levantes que derrubaram os ditadores da Tunísia, Iêmen, Egito e
Líbia, e repercutiram até no Bataclan de Paris.
A
história do #PerfisSemCurtidas de hoje fala de um casal vítima de um crime
horrendo, e de como isso gerou um genocídio. Se possível, leia Juízes, do
capítulo 19 até o 21, numa Bíblia na sua casa ou na internet.
Sempre
foi uma história marcante para mim, principalmente por acontecer no meio do
povo de Israel. Contextualizando, era uma época sem liderança política no país,
pois Israel não tinha reis nem juízes. Havia a ilusão de que o país era
governado diretamente por Deus, mas, na prática, as leis divinas haviam sido esquecidas.
O
trecho bíblico conta que certo homem tinha uma “concubina”. Já começa errado
porque trazendo esse termo “concubina” para os tempos atuais o mais próximo
dele é “amante”. Que relação esse homem tinha com ela para não a assumir como
esposa? Enfim, em viagem pelas cidades de Israel, ele decide pernoitar em
Gibeá, esperando receber lá a acolhida que todo israelense tinha quando em
viagem (acolher um visitante era visto como obrigação e orgulho).
Eis
que surge um homem velho, compadecido deles, que os leva para sua casa. Ao cair
da noite, a maldade da cidade surge, e os seus habitantes, descendentes de
Benjamim, tão israelitas quanto suas vítimas, cercam a casa no intuito de
abusar do visitante. E fica pior.
A
“solução” que o velho morador dá para a turba de estupradores é oferecer a sua
filha virgem e a concubina do visitante em lugar do próprio, para os mesmos
abusos pretendidos! Nem medo nem desespero servem de desculpa para o velho da
cidade nem para o visitante que nada fez a respeito.
Ao
fim, o velho expulsa de casa a concubina do visitante, permitindo que seja violentada
até o romper da manhã. Nem após isso o visitante mostra alguma compaixão.
Abandona-a na porta da casa em que está hospedado, sem prestar nenhum socorro,
até que ela morre. Que machismo, e que crueldade! Atitudes assim fazem com que
muitas pessoas, erroneamente, acreditem que o sexo feminino é inferiorizado
pela Bíblia. Reitero que essa história, cheia de vilões, uma vítima e nenhum
mocinho, aconteceu dentro de Israel, entre o “povo de Deus”.
E
o que era um único crime se transforma numa guerra civil. Esse homem que a
Bíblia não revela o nome recorre a todas as outras tribos de Israel, com
pensamento de vingança. Elas se reúnem com o intuito de atacar apenas os homens
de Gibeá. Mas aí vemos um novo defeito de caráter enraizado no povo: o
patriotismo cego. A população de todas as demais cidades de Benjamim toma as
dores de Gibeá, e decide defender uma cidade de estupradores e assassinos. Isso
lhes pareceu mais correto do que praticar o bem e não deixar impune o mal! Em
três dias de guerra foram 65 mil mortos e a quase aniquilação de uma das doze
tribos de Israel, como vemos nos últimos versículos do livro de Juízes.
Essa
história tem traços de um grande épico. É uma demonstração clara de que o que
começa errado termina errado. Uma série de equívocos pequenos que se acumulam em
uma bola de neve com características genocidas. Precisamos ter cuidado com
pequenos defeitos, com “pecadinhos”, que se não combatidos só tendem a crescer
e trazer destruição.
Por
mais difícil que o mundo possa fazer parecer, praticar o bem é sempre o melhor.
Porque nunca se sabe o que um “pequeno” ato de maldade, de desprezo, de falta
de amor pode causar. Reveja suas atitudes e pensamentos. Bote mais Deus na sua
vida.
Não
peço que concordem, espero que reflitam!
Desafio do JOBS: Que
discípulo pediu a Jesus: “Mostre-me Deus”?
Resposta semana que vem.
Resposta semana que vem.
Resposta semana passada:
Benjamim (Juízes 21:6).
É aquela história, um palito de fósforo pode fazer um grande estrago. Concordando e refletindo.
ResponderExcluirMais uma tragédia confirmada esta semana: a morte de um rapaz de 25 anos, que sumiu de casa e foi encontrado sem vida, no mar... O que levou a isso??? Tambem esta semana eu li um texto que dizia: "Cada ato da vida, por pequeno que seja, tem sua influência para o bem ou para o mal." Singelas palavras. Verdadeiras.
ResponderExcluirPrecisamos cuidar disso!!